CAPÍTULO 26

147 51 48
                                    

( Desculpe qualquer erro)

MARÍLIA MENDONÇA.

- Bem, há três anos atrás eu comecei a namorar a Gabriela. A gente se conheceu numa festa de amigos em comum e nos aproximamos, assim que vi ela naquele dia me apaixonei. Pelo menos achei que tinha me apaixonado, o encanto foi de primeira.

- E o que fez esse encanto acabar ? - a ruiva perguntou me encarando.

- A verdadeira Gabriela. - suspirei. - bem, os primeiros seis meses foram ótimos, Gabriela estava com problemas com os pais dela. Então levei ela para morar comigo no meu antigo apartamento, a gente quase não brigava, não tinha ciúmes ou qualquer coisa do tipo.

- E o que mudou ?

- Ela começou a ficar ciumenta, não queria deixar eu sair de casa. Brigava comigo para eu não andar com as minhas amigas, ou até com Luísa. - abaixei os olhos. - depois de um tempo isso parou, ela voltou a ser carinhosa, me acompanhava no banho, fazia meu jantar, levava água para mim na cama, mas...

- Mas o que ?

- Sempre que ela fazia isso eu apagava, acordava no dia seguinte dolorida, as vezes com algumas marcas no corpo. Uma vez questionei o que poderia ser, ela disse que provavelmente era alguma alergia, ou algo do tipo. Que o sono era cansaço por conta da faculdade, então não dei muita bola. Um dia Luísa viu uma das marcas e perguntou o que era, eu disse que era alguma alergia mas ela não se convenceu, ela sentiu que não era.

- É bem a cara dela isso. - Maiara fala ainda me encarando.

- Bem, isso parou e não voltou a acontecer por um ano e meio. Um pouco antes da gente terminar eu voltei a sentir as dores e as marcas voltaram, o sono continuou e Gabriela sempre dizia que era alguma reação alérgica. Um dia ela levou água para mim na cama, eu estava totalmente acordada no dia, não tinha ido para a faculdade. Depois de beber a água dela o sono veio com tudo, eu apaguei na cama. No mesmo dia tinha combinado com Luísa dela ir em minha casa, no dia seguinte eu acordei no hospital, tomando soro e fazendo vários exames.

- Por que lila ?

- Gabriela me dopava, colocava algum tipo de calmante na água que eu bebia. Esperava eu dormir e chamava alguns amigos depravados dela, ele... - tentei conter o nó em minha garganta. - eles faziam coisas comigo, ela me vendia, em troca de dinheiro.

- Meu Deus. - o rosto de espanto da ruiva me fez soltar um sorriso triste.

- Luísa foi até minha casa no dia e viu ela com os amigos dela no nosso quarto, eu fui parar no hospital junto com Gabriela. Luísa bateu nela até a polícia chegar, os vizinhos ouviram os gritos e os dois amigos dela correndo pelo corredor e chamaram socorro. - falei me sentindo mais leve por ter compartilhado isso com Maiara. - no julgamento ela pegou cinco anos de prisão, ela e os dois amigos, mas pelo o que parece ela foi solta antes.

- Eu... eu sinto muito lila. - senti Maiara me abraçar apertado. - não consigo imaginar a dor que você sentiu.

- Você consegue sim, somos vítimas da mesma coisa. Voce sofreu tanto quanto eu, então você sabe sim como eu me senti, a dor que senti.

- Eu sinto muito.

- Eu também, Mai. Eu também.

- Tudo bem, meninas? - ouvi minha mãe perguntar parada ao lado do meu pai.

- Sim, mamãe. - me separei da ruiva secando a lágrima que escorreu do meu rosto. - o quarto da Maya está pronto ?

- Sim, só falta a nova moradora dele ir fazer as honras. - minha mãe sorri para mim, peguei a mão de Maiara e fomos rumo ao quarto da nossa pequena.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: 2 days ago ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

too sweet/ mailila G!POnde histórias criam vida. Descubra agora