Capítulo 19.

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LING LING.

A neve cobre o chão, e mal tenho saído do quarto do imperador ômega, apenas se alimenta, pois preciso ficar recordando de sua gestação e o que o faz comer, mas também o faz chorar e se culpar. Yin parece sentir a falta do irmão e apenas adormece quando o coloco ao lado de JongHyun, lágrimas caem do meu rosto cada vez que vejo uma borboleta.

ㅡ Uma criança... Uma doce e inocente criança, tirada do mundo, por ganância, manchou a terra com seu sangue inocente, e uma terra manchada de sangue inocente não prosperou, até a dívida ser paga.

O general soube do ocorrido e logo chegará a cidade proibida, mas tratou de mandar cartas e mais cartas, em busca de consolar Jimin, e posso dizer que de certa forma funcionou, ele tem certo ânimo ao ler elas, já seu pai ômega também está a caminho, e isso faz com que meu coração sinta menos peso.

Jungkook se deu conta do que seus atos com Mei, se culpa por deixá-la por tanto tempo no palácio, e agora está sempre ao lado de Jimin, se apoiam um no outro para superar o luto, mas ainda assim é criticado por não estar em campo de batalha.

E para o príncipe, o pai de Taeyang que ainda não sabe de sua morte, por estar distante demais das linhas de comunicação... Que seu coração possa suportar!

Caminho por entre a neve, tentando afastar meus pensamentos tristes, posso dizer que minha verdadeira família, encontrei aqui, tenho em Jimin um irmão, alguém que faz por mim aquilo que nem os que têm meu sangue o fazem, e vê-lo triste, sem que eu possa fazer muito, me parte por completo.

ㅡ  Você contrasta com a neve branca, e consegue ser mais linda do que ela. ㅡ A voz do alfa, chama minha atenção, me fazendo virar, e me deparo com Eunwoo, irmão-alfa de Jimin.

Me curvo em respeito, sentindo seu olhar fuzilante em mim.

— Tenente Eunwoo…ㅡ  Tento falar calmamente, mas ele salta de onde está, me assusto, ele ri vindo em minha direção rapidamente.

ㅡ Não quero mais seguir formalidades consortes, Ling Ling, eu já não posso esquecer aquele beijo, já não a posso tirar da minha cabeça ao ponto… Ao ponto… 

Era verdade, em um dia em que bebi demais, tentando apaziguar meu coração, antes de encontrar Haneul, eu o beijei, nem ao menos sabia ser irmão de Jimin, foi uma tolice.

ㅡ Ao ponto. Sabe que sou uma consorte agora, esqueça o passado, deixe onde deve estar. ㅡ Eu o encarei.

Ele gargalha, se aproximando e soltando seu aroma... Romãs, ele cheira as mais doces, romãs.

ㅡ  Eu voltei do campo de batalha, fugindo dos meus irmãos… Todos concordam que o reinado de Jungkook está sendo ruim para o povo, o ocorrido com as consortes e todas as outras coisas… O povo não o ama, e nem o deseja como imperador, é Jimin quem mantém esse reinado em pé, junto ao nome do nosso pai, a combinação que mantém tudo a salvo, porém meus irmãos pretendem dar um golpe em Jeon e o tirar o trono dele o entregando a Taehyung, e consequentemente Jimin será entregue também como ômega do novo Imperador, mesmo que com a marca, e isso, você sabe que significa que uma tragédia ocorrerá.ㅡ  Sua face é fria, porém triste.

Em minha mente a imagem de Taehyung o príncipe centrado e completamente fiel à política, à democracia e suas crenças, não parece uma pessoa que concordaria com isso.

ㅡ O príncipe Taehyung, concorda com isso? E o general? ㅡ Perguntei, sentindo minha garganta queimar.

ㅡ Meu pai não tem ideia do que ocorre, nenhum dos dois, mas quanto aàTaehyung... Até mesmo ele entende que já não dá mais para manter essa guerra… Já não temos de onde buscar suprimentos, já não há homens para batalhar, sabe que se não for assim, tudo será tomado à força, ele quer o melhor para Jimin e para Jeon, se não for por ele, será por outro qualquer que perderemos.

Dragão vermelho. JJK+PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora