Hope e Imena, após resistirem por tanto tempo, finalmente cederam, o ar rarefeito, o gelo extremo e a prisão de alcatrão ao redor deles fizeram com que o corpo de Hope atingisse seu limite, Imena estava fraca, seus olhos fechados enquanto ela lutava para manter a consciência, Hope, vendo-a tão vulnerável, tentou se manter em pé, mas seu corpo já não respondia, ele caiu de joelhos, abraçando Imena pela última vez antes que ambos desmaiassem.
Aether -Finalmente, estava demorando demais.
Siphon, satisfeito com seu trabalho, deu um leve sorriso, Tempest dissipou a nevasca enquanto Phantom reaparecia ao lado deles.
Tempest -Foi mais difícil do que pensei, mas conseguimos.
Eles se aproximaram lentamente de Hope e Imena, prontos para completar o que haviam começado, mas, no fundo da mente de Hope, algo despertava.
1000 anos antes...
Uma casa simples, um quarto iluminado por uma luz suave, uma jovem mulher segurava um bebê recém-nascido nos braços, seu olhar era carinhoso, mas sua expressão estava carregada de tristeza.
Mãe de Hope -Ele será nossa esperança... por isso o chamarei de Hope.
O homem ao seu lado, o pai de Hope, assentiu silenciosamente, ele sabia que o nome carregava um fardo pesado, uma expectativa de que Hope seria a luz em tempos sombrios, o bebê chorava suavemente, sem entender o mundo ao qual acabara de chegar.
Os anos passaram, e Hope cresceu, agora um jovem, ele se encontrava em seu quarto, completamente deprimido, cercado por sujeira e desordem, o brilho de esperança que seus pais tinham para ele parecia uma piada cruel, ele não via propósito, não tinha direção, tudo era um vazio sem fim.
Em uma noite particularmente sombria, Hope estava deitado na cama, sem vontade de continuar, seus olhos pesados começavam a fechar, quando um sonho incomum o atingiu.
No sonho, ele viu uma garota, ela corria de algo, desesperada, com lágrimas escorrendo pelo rosto.
Imena -Eu não quero ficar aqui! Por favor, me ajude!
Hope, sem pensar, correu em sua direção, sua vontade de protegê-la emergindo de um lugar profundo dentro de si, ele a alcançou, envolvendo-a em seus braços enquanto sentia seu coração pulsar forte, a garota, ainda tremendo, olhou para ele.
Imena -Meu nome é Imena...
Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, o sonho desmoronou, e Hope acordou de repente, ofegante, algo dentro dele havia mudado, pela primeira vez em anos, ele sentia um propósito, mas aquilo não era suficiente, ele sabia que tinha que voltar ao sonho, ele precisava salvá-la.
Com uma determinação avassaladora, Hope fechou os olhos e, através de pura força de vontade, voltou ao sonho, ele a encontrou novamente, presa no mesmo pesadelo, assustada e sozinha, desta vez, ele fez algo impensável: ele estendeu a mão e, com uma força desconhecida, puxou Imena para o mundo real.
Imediatamente, uma figura imponente apareceu diante dele, era The Dream, a entidade que governava o reino dos sonhos.
The Dream -Você está violando as leis dos sonhos, mortal, o que está fazendo é contra o equilíbrio natural.
Hope não se importava, ele olhou para Imena, que agora chorava, pedindo por sua ajuda, algo despertou dentro dele, um poder que ele nunca havia sentido, sem dizer uma palavra, ele avançou em direção a The Dream.
The Dream tentou bloquear seu caminho, mas antes que pudesse reagir, seu corpo se desintegrou em nada, Hope caminhou sem hesitação, enquanto The Dream morria em sua presença, incapaz de detê-lo, o poder de Hope havia despertado completamente, tudo para proteger Imena.
De volta ao presente...
Hope abriu os olhos lentamente, ele viu Imena, mesmo desacordada, derramando uma única lágrima, aquilo foi o suficiente para despertar algo que ele não sentia há séculos: fúria, uma raiva que queimava seu interior, um ódio contra aqueles que ousavam colocar Imena em perigo.
Hope (baixinho) -Vocês... não deveriam ter feito isso.
Ele se levantou lentamente, cada movimento carregado com uma energia perigosa, o ar ao redor dele parecia vibrar, e os vilões sentiram isso imediatamente.
Aether -Ele ainda está de pé?!
Hope, agora em pé, com os olhos fixos nos quatro, murmurou algo baixo, quase inaudível.
Hope -Vocês nunca deveriam ter tocado nela.
Antes que qualquer um pudesse reagir, Siphon foi o primeiro a cair, seu corpo simplesmente desmoronou, sem explicação, um colapso interno, fulminante e sem aviso, logo depois, Aether foi envolvido por uma substância invisível e esmagado em segundos, Tempest tentou invocar outra nevasca, mas seu corpo congelou no lugar, sendo quebrado em pedaços logo em seguida, Phantom, apavorada, tentou se tornar intangível, mas desapareceu completamente, sua existência sendo apagada da realidade.
Hope, agora sozinho com Imena, olhou para ela com ternura, seu poder havia se manifestado por completo, e nada poderia tocá-la enquanto ele estivesse por perto.
Hope -Eu prometi... que nada te faria mal.
Ele se ajoelhou ao lado dela, acariciando seu rosto suavemente, a batalha havia terminado, e Hope, mais uma vez, havia cumprido sua promessa.
Fim do Capítulo 15 de E se eu tivesse poder? VI: Alternativo
VOCÊ ESTÁ LENDO
E se eu Tivesse Poder? VI: Alternative
AdventureEm 3077, em um mundo utópico, outrora um modelo de paz e harmonia, começa a experimentar um retorno inesperado da violência, a policial Elara, acostumada com uma rotina tranquila, se vê diante de uma série de incidentes inexplicáveis que desafiam a...