| Capítulo 5: Além da Barreira. |

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Elara adentrou no buraco que Hope havia aberto no chão, mergulhando em uma cidade antiga e esquecida, a sensação de estar fora dos Quadrados de Barreiras era desconcertante, o ar parecia mais denso, e o silêncio era perturbador, ela caminhava entr...

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Elara adentrou no buraco que Hope havia aberto no chão, mergulhando em uma cidade antiga e esquecida, a sensação de estar fora dos Quadrados de Barreiras era desconcertante, o ar parecia mais denso, e o silêncio era perturbador, ela caminhava entre os restos de edifícios corroídos pelo tempo, as ruas vazias e cobertas por uma camada de poeira ancestral, não havia sinais de vida, apenas as ruínas de uma civilização perdida, como se o tempo tivesse parado e tudo ali tivesse sido abandonado.

O ano era 3077, e Elara, assim como todos os outros humanos, estava acostumada a viver na segurança dos Quadrados, grandes áreas protegidas por tecnologias que mantinham a paz absoluta, fora dessas barreiras, porém, o mundo havia sido reclamado pela natureza, florestas e mares haviam engolido o que restava de antigas civilizações, deixando para trás vestígios de um passado que a maioria dos humanos sequer sabia que existia.

Enquanto ela caminhava pela cidade em ruínas, os pensamentos corriam soltos em sua mente, a conversa com os chefes do Governo pela Paz Mundial não saía da sua cabeça, eles sabiam mais do que contavam, e agora, enquanto ela olhava ao redor daquela cidade esquecida, começava a entender o porquê, o passado havia sido enterrado, mas não apagado, eles escolheram esconder a verdade, acreditando que era o melhor para a paz, mas com o ressurgimento da violência, parecia que o passado estava lutando para ser revelado.

Elara parou em frente ao que parecia ser o centro da cidade, uma praça em ruínas se estendia diante dela, com estátuas quebradas e placas corroídas pelo tempo, ela sentia um peso no ar, como se aquele lugar estivesse carregado de história, mas era uma história que ninguém mais conhecia, uma história que havia sido deliberadamente esquecida.

Elara -Será que o que estamos enfrentando agora está diretamente conectado ao que aconteceu aqui?, perguntou a si mesma, seu tom era de reflexão.

Ela continuou caminhando, seus passos ecoando nas ruas vazias, até encontrar uma entrada para o que parecia ser uma antiga estação de metrô, a escuridão era assustadora, mas ela sabia que precisava continuar, descendo os degraus de concreto, ela se viu em um túnel abandonado, o cheiro de ferrugem e mofo enchendo o ar, a luz da lanterna iluminava os vagões de trem abandonados e cobertos de poeira, símbolos estranhos adornavam as paredes, e grafites desgastados ainda podiam ser vistos, ecos de uma era antes do Fim de Todas as Coisas.

Elara parou em frente a uma inscrição gravada na parede, as palavras gastas pelo tempo, mas ainda legíveis:

Inscrição - "Aqui caiu o último bastião da violência, que este lugar permaneça esquecido, para que o futuro possa florescer em paz."

Ela tocou a parede, sentindo a frieza do concreto sob seus dedos, aquilo confirmava o que ela já suspeitava: o passado havia sido deliberadamente enterrado para que a paz pudesse reinar, mas o que eles estavam tentando esquecer? O que havia sido tão terrível que exigia esse tipo de supressão?

Ao afastar alguns escombros, Elara encontrou uma pequena passagem escondida, do outro lado, ela entrou em uma câmara subterrânea vasta, repleta de caixas metálicas e arquivos antigos, tudo ali parecia ter sido cuidadosamente preservado, documentos, armas enferrujadas, e equipamentos que pareciam saídos de um filme de ficção científica estavam espalhados pelo espaço.

Ela se aproximou de uma das caixas, abrindo-a com cuidado, dentro, encontrou documentos frágeis, datados de 2077, descrevendo algo chamado de "Iniciativa de Contenção", as palavras "arma de fogo" e "supressão de comportamento violento" saltavam das páginas, trazendo à tona perguntas ainda mais complexas.

Elara -Eles sabiam o que estavam fazendo, sabiam o que estavam enterrando aqui.

Ela fechou o arquivo e olhou ao redor, o que Hope dissera agora fazia mais sentido, o passado, com todas as suas violências, poderes e destruições, havia sido intencionalmente sepultado, mas agora, de alguma forma, ele estava ressurgindo.

Lembrando-se das palavras de Hope sobre procurar fora da cidade, ela sentiu uma nova determinação, o segredo da violência não estava apenas na história que os governos tentaram apagar, estava em algo maior, algo que ela ainda precisava descobrir, Elara sabia que sua investigação estava apenas começando e que as respostas que ela buscava poderiam estar nas terras selvagens além dos quadrados.

Elara -Se o passado está realmente retornando... então preciso estar preparada.

Com isso em mente, ela deixou a câmara e subiu de volta à superfície, pronta para continuar sua busca por respostas.

Fim do Capítulo 5 de E se eu soubesse o que é violência?

E se eu Tivesse Poder? VI: AlternativeOnde histórias criam vida. Descubra agora