Capítulo 12

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Era 9:59 da manhã de um sábado e Hugo mandou mensagem dizendo já estar em frente de minha casa

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Era 9:59 da manhã de um sábado e Hugo mandou mensagem dizendo já estar em frente de minha casa.

Estava tranquila, já que enquanto fazia minha maquiagens, bebi três shots da garrafa de vodka que deixo guardada debaixo da minha cama. O suficiente para acalmar meu coração em um primeiro encontro, então abri o portão com um sorriso tímido no rosto pelo fato de Hugo estar em frente do seu carro, me esperando. Ele me encarou da cabeça aos pés, os olhos arregalados.

— Volta pra dentro e coloca um casaco — mandou ele, levantando o braço e apontando para minha casa.

Paralisei, confusa. Baixei para encarar meu look.

— Ué, estou vestindo do jeito que você me alertou, com o corpo todo coberto! — Apontei para meu vestido preto. — Estou até com meia calça! O que acho um exagero, mas enfim...

Hugo respirou fundo.

— To falando sério, Rafaela. Eu tenho certeza de que você vai passar frio, então para poupar você de estragar seu "look" com meu casaco, pega um de sua preferência. 

— Fala sério, onde vamos? Polo Norte?

— Vai logo...

Revirando os olhos, assenti.

— Tá, só segura minha bolsa — joguei para ele minha minúscula bolsa de couro.

Entrei em casa e fui correndo pegar um casaco. Como ele insistia dizendo que eu iria "passar frio", peguei um sobretudo bege liso e um cachecol bege no mesmo tom. Aproveitei para retocar o perfume. Quando fui até seu encontro, continuava em frente do carro de braços cruzados.

Dessa vez sorriu docemente, assentindo com a cabeça.

— Agora sim.

Bufei.

— Vem cá, você é o tipo de cara que diz o que a companheira deve ou não vestir? Pois tenho que te avisar que sou a maior piriguete e....

— Não é nada disso — veio em minha direção, levando suas mãos até os fios de meus cabelos, deslizando para no fim arrumar meu cachecol. — É só que agora eu realmente não queria te ver com frio.

Entortei minha cabeça.

— Onde vamos?

— Surpresa — novamente aquele sorriso perfeito. Abriu a porta do carro para mim, me dando passagem. — Por favor.

Não pude evitar um erguer surpreso de sobrancelhas,

— Uau, que cavalheiro — e entrei dentro do carro, sentindo minhas bochechas pinicarem pela vontade de sorrir como uma boba apaixonada. 

Hugo fez a volta e entrou dentro do carro. Antes de colocar o cinto, pegou do porta copos dois copos grandes do que me parecia café. 

— Eu sei que é uma merda acordar cedo pleno sábado, então acredito que isso vá ajudar — esticou para mim a bebida. — É caramel macchiato, seu favorito.

Doce Como Café PretoOnde histórias criam vida. Descubra agora