Chapter Eight

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Um suspiro suave escapou dos lábios de Tony, enquanto sua consciência voltava lentamente. Ele não precisava abrir os olhos para perceber que a cama estava vazia, seu corpo parecendo sempre saber quando acontecia.

— Você está acordado... — Veio a voz do Alfa que deveria estar dividindo a cama com ele, o fazendo abrir os olhos, se espreguiçando lentamente e mesmo ainda sonolento, ele capturou o olhar do Alfa sobre seu corpo, enquanto os lençóis deslizavam mostrando um pouco de seu corpo nú.

A luz estava baixa, provavelmente para não acordá-lo,  oque não fazia muito sentido porque ele sempre acordava, mas agradecia o carinho no ato.

— E você vai me deixar... — Ele sussurrou, olhando brevemente para o despertador sobre a mesa, meia noite, de acordo com o relógio.

— Eu recebi uma ligação... paciente de última hora, parece que teve um acidente de carro. Ele vai precisar de cirúrgias. — Comentou o alfa, se aproximando, ele não falava sobre detalhes sobre os pacientes, mas sempre dava uma visão geral para Tony, sabendo o quão curioso seu ômega poderia ser.

Tony não o culpava quando ele tinha que sair, desde o momento em que ele o viu, ele soube das possibilidades dos momentos juntos serem escassos.

— No plural? — Ele sentiu, mais do que viu, a cama ao seu lado afundando, o corpo do alfa roçando sua lateral, o fazendo suspirar com o toque delicioso.

— No plural. — O alfa concordou, beijando levemente seus lábios.

— É claro que eles não deixariam meu Alfa ficar ao meu lado no meu aniversário... — Ele resmungou, arrancando uma breve risada do Alfa.

— Tecnicamente, não é mais seu aniversário, é meia noite... e você me teve durante todo o tempo em que esteve livre. Não foi o suficiente? — Ah, claro... os momentos não eram realmente escassos como ele imaginou, seu aniversário, por exemplo, é o dia em que seu alfa desliga o celular de trabalho e era todo dele.

— Nunca. — Ele ronronou, esticando os braços para passar ao redor do pescoço do alfa — Foi pra você? — O alfa sorriu contra sua pele e o beijou.

— Nunca. — Ele deslizou a mão pela lateral de seu corpo nú, em direção ao seu abdômen plano — Assim que a cirurgia acabar eu venho pra casa e podemos fazer o que quiser, o que acha?

— Bom, tecnicamente não é mais o meu aniversário, então eu aceito a sua proposta.

— Sim? Você tem planos?

— Eu não sei... eu estava pensando em aproveitar os móveis da sala que estão fora de lugar para podermos dançar. É um pouco clichê, mas acho que meu Alfa vai gostar, o que você acha? Ele pareceu gostar de ontem.

— Ah, ele vai amar, tenho certeza. Ouvi dizer que ele ama dançar com você.

— Sim? — Ele perguntou, esperançoso, roçando os lábios no lóbulo da orelha do Alfa — E você acha que ele poderia tocar para mim? Eu amo vê-lo tocando. Ele é tão sexy. — O alfa suspirou, quando Tony passou a língua por sua orelha.

— Por você? Qualquer coisa. Aquele alfa não poderia dizer não a você nem se quisesse, você o tem em seus dedos desde o momento em que ele te viu.

— É realmente assim? Eu me lembro dele ter me dito "não"  por alguns anos.

— Só porque ele queria que você tivesse certeza do que queria e mais do que isso, queria fazer do jeito certo com você, para nunca duvidar de que você o ama.

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