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Quando a primeira luz do amanhecer penetrou pelas janelas estreitas da Torre da Grifinória, Harry se levantou da cama, o brilho suave de sua varinha fornecendo uma iluminação quente e dourada. Ele se levantou e se espreguiçou, seus músculos ainda desacostumados com sua força recém-descoberta. Seu olhar caiu sobre a capa da invisibilidade, uma posse familiar e querida de sua vida passada. Ele levantou a capa, sentindo seu material macio e sedoso em suas mãos. A capa o serviu bem em suas aventuras anteriores, e ele não tinha dúvidas de que continuaria a ser útil em seu novo papel. Com a capa firmemente pendurada sobre seu ombro, Harry saiu de seu quarto, caminhando pelos corredores desertos do castelo. Seus passos eram silenciosos no chão de pedra, e ele se movia com a furtividade de um predador perseguindo sua presa. Enquanto ele navegava pelos corredores escuros, os olhos esmeralda de Harry brilhavam com uma astúcia recém-descoberta, seu coração batendo forte de antecipação pelas aventuras que o aguardavam nas sombras de Hogwarts. O ar da manhã estava fresco e fresco, carregando consigo o cheiro de terra úmida e folhas em decomposição. Harry inalou profundamente, seus sentidos aguçados, enquanto ele seguia em direção aos segredos que ele sabia que estavam escondidos dentro das antigas muralhas do castelo. Com a furtividade de um fantasma, Harry deslizou pelo corredor, seus olhos fixos na porta dos aposentos de Ron. Os dedos do alfa roçaram a superfície de madeira e, com um clique suave, a porta se abriu, revelando a câmara mal iluminada lá dentro. O olhar de Harry caiu sobre Perebas, o rato que serviu como um companheiro leal para Ron durante seus anos em Hogwarts. Agora, no entanto, Perebas dormia pacificamente, sem saber das intenções sinistras que o trouxeram a este momento. Com um movimento rápido, Harry pegou o rato em suas mãos, seu pequeno coração batendo contra sua palma. Perebas se mexeu, seus olhos redondos se abrindo enquanto ele sentia a mudança em seu entorno. Os dedos de Harry apertaram em volta do roedor, um sorriso frio brincando em seus lábios.

— É hora de nos conhecermos, pequeno —, ele sussurrou, sua voz um ronronar baixo e ameaçador.

Segurando Perebas firmemente, Harry girou nos calcanhares e voltou para o banheiro abandonado, a câmara secreta escondida atrás do ladrilho esperando para receber seu novo ocupante. Com uma mão experiente, Harry ativou o mecanismo, e a parede deslizou para abrir, revelando o espaço úmido e mal iluminado lá dentro. A câmara úmida e mal iluminada engoliu o som dos passos de Harry enquanto ele se aproximava do rato aterrorizado, os guinchos aterrorizados de Perebas abafados pelo silêncio opressivo. Com um aceno de sua varinha, um feitiço paralisante envolveu o roedor, seu pequeno corpo ficando mole nas mãos de Harry. Os olhos do alfa brilharam com uma luz perversa enquanto ele erguia sua varinha, a ponta traçando um padrão intrincado no ar.

— Peter Pettigrew, vamos nos divertir um pouco? — A voz de Harry era um ronronar sádico e zombeteiro, cada palavra pingando malícia.

O rato, ainda congelado no lugar, pareceu encolher ainda mais, seus olhos redondos arregalados de terror e desespero. Harry se inclinou, seu hálito quente lavando o pelo da criatura enquanto ele provocava:

— Sabe, você fez muitas coisas ruins... Você traiu meus pais, você é fraco, arrogante, insignificante, você nunca agradou Voldemort. — Sua risada era um som frio e sem alegria, ecoando nas paredes da câmara. — Não acho que o Lorde das Trevas sentiria falta de um ratinho, você acha?

O sorriso cruel que se instalou no rosto de Harry era uma visão arrepiante, seus olhos esmeralda brilhando com uma luz escura e distorcida. Com uma risada cruel, Harry pressionou a ponta de sua varinha contra o corpo trêmulo de Perebas, seus dedos apertando ao redor do pequeno corpo do rato.

— Eu estava estudando alguns feitiços novos, eu queria testá-los —, ele sussurrou, sua voz pingando com alegria sádica. Um momento de antecipação passou entre eles, um batimento cardíaco de tempo preenchido com a promessa de agonia inimaginável. Então, com um movimento rápido e implacável, Harry entoou as palavras:  — Rot! Interna Laceratio!

A câmara explodiu em caos quando o corpo de Perebas começou a se contorcer e se contorcer, sua carne ondulando como cera em uma fornalha. Os guinchos do rato se transformaram em latidos e lamentos incoerentes enquanto suas entranhas começaram a se liquefazer e se dissolver, os órgãos antes coerentes agora chapinhando e vazando das feridas abertas que dividiam o torso da criatura. Harry observou com uma fascinação mórbida, seus olhos bebendo na visão da morte agonizante do rato.

— Eu vou gostar de ver você necrosando lentamente enquanto seu corpo é dilacerado por dentro...— ele sibilou, sua respiração quente contra a orelha do rato. — E eu vou garantir que você sofra a cada passo do caminho.

O relógio no corredor bateu seis, seu toque metálico ecoando pela câmara úmida. O olhar de Harry foi atraído para a forma inconsciente de Peter Pettigrew, ainda se contorcendo em agonia pelas lacerações internas. Um sorriso cruel se espalhou pelo rosto do alfa enquanto ele erguia sua varinha, a ponta brilhando com uma luz verde sinistra.

— Avada Kedavra —, ele sussurrou, a Maldição Imperdoável rasgando a câmara.

O raio de destruição envolveu o corpo de Peter, o fedor de carne queimada enchendo o ar enquanto a forma do homem começou a escurecer e murchar. Harry observou com uma curiosidade imparcial enquanto a tentativa de Peter de manter sua transformação de rato vacilava, seu corpo humano agora exposto e devastado.

— Morte? —, o rosto parecido com uma caveira perguntou, emergindo das paredes de pedra como se convocado pela escuridão da cena diante dele. Harry assentiu, um sorriso frio e sem alegria brincando em seus lábios.

— Meu mestre? — Os olhos do crânio, brilhando com uma luz azul assustadora, fixaram-se em Harry, seu olhar cheio de uma inteligência malévola. — Lembra do nosso acordo? Uma alma para o diário de Tom? — o rosto do crânio sussurrou, sua voz como o farfalhar de folhas secas. Harry assentiu novamente, seus olhos brilhando com malícia.

Os dedos ossudos da Morte se fecharam em volta do livro fino, encadernado em couro, o diário que tinha sido o catalisador de tudo. Com uma voz seca e crepitante, o espectro com cara de caveira falou:

— Aqui. — Ele empurrou o livro para a mão de Harry, seu toque frio e insensível, mas de alguma forma imbuindo o alfa com uma sensação de finalidade sombria.

Os dedos de Harry se fecharam em volta do diário, o peso familiar dele se acomodando em sua palma. Naquele momento, ele sabia que o jogo havia mudado, que as apostas eram maiores do que nunca. Com um aceno de reconhecimento, Harry voltou sua atenção para a forma devastada de Peter Pettigrew, ainda se contorcendo em agonia no chão úmido. Um sorriso frio brincou em seus lábios quando ele encontrou o olhar fixo da Morte.

— Leve-o,—  Harry instruiu, sua voz pingando malícia, — mas faça-o sofrer muito.

Com uma risada seca e farfalhante, a Morte reconheceu as ordens de Harry, seu rosto de caveira se contorceu em um sorriso malévolo. A forma ossuda do espectro deslizou em direção à saída da câmara, os gritos miseráveis de Peter Pettigrew desaparecendo na distância enquanto ele era levado para um destino desconhecido. Harry observou até que a Morte desapareceu de vista, uma sensação de satisfação sombria se instalando sobre ele. Com um aceno de sua varinha, o alfa selou a câmara, suas pedras antigas se fechando mais uma vez. As vestes da Grifinória ondulando atrás dele, Harry emergiu do banheiro abandonado, seus olhos examinando o corredor deserto. A luz do sol da manhã parecia muito brilhante, muito alegre, o mundo fora da câmara ainda felizmente inconsciente dos horrores que espreitavam em suas profundezas. No entanto, Harry sabia que não poderia permanecer escondido para sempre. Com uma respiração profunda, ele se virou em direção ao Grande Salão, seus passos longos e determinados. Era hora de retomar seus estudos, de aprimorar a magia negra que agora corria em suas veias. A nova vida do alfa estava prestes a começar, e aqueles ao seu redor logo aprenderiam a temer o nome de Harry Potter.

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