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No quarto mal iluminado, os olhos de Harry se arregalaram quando ele viu o pequeno e inocente basilisco empoleirado em seu colo. As escamas minúsculas da criatura brilhavam ao luar fraco, seus olhos negros observando Harry com uma curiosidade infantil.

— Você é mamãe? — o bebê perguntou, sua voz aguda cheia de confusão e desejo.

O coração de Harry se contorceu com a ideia, o peso das palavras da criatura se acomodando pesadamente sobre ele. Mas então o olhar do basilisco se desviou para um canto do quarto, para uma casca de ovo chocada abandonada no chão.

— Dizem que a primeira pessoa que vemos depois do nascimento é nossa mãe... — a criatura refletiu, sua voz um sussurro gentil que parecia carregar o peso de eras.

A confusão de Harry se aprofundou quando ele olhou para a casca do ovo, sua mente correndo para entender as implicações das palavras do basilisco. Seria possível que a criatura tivesse nascido para ele, que tivesse emergido das sombras de seu passado para reivindicá-lo como seu? A simples ideia lhe causou um arrepio na espinha, um lembrete de que, mesmo nos momentos mais sombrios, havia forças em ação que desafiavam a compreensão. Morte saiu das sombras, sua presença uma força silenciosa e imponente que preenchia a sala. Seu olhar se fixou na criatura no colo de Harry, e um sorriso fraco e sem alegria brincou em seus lábios.

— Você gosta do seu novo companheiro, mestre? — ele perguntou, sua voz um sussurro baixo e grave que parecia ser levado pelo vento. Os olhos de Harry se arregalaram quando ele encontrou o olhar de Morte, uma sensação de desconforto subindo por sua espinha.

— Ele é meu? — a pergunta parecia pairar no ar, um peso que pressionava os ombros do jovem bruxo.

Enquanto Harry olhava para o basilisco adormecido, ele sentiu uma estranha sensação de conexão, um vínculo que parecia transcender os limites do tempo e do destino.

— Ele é uma herança Peverell —, Morte explicou, suas palavras cortando a névoa de confusão. — Ele está adormecido há muitos anos, e como você é oficialmente o herdeiro, o ovo chocou.

A revelação pareceu pesar sobre Harry, um lembrete de que ele era um peão em um jogo maior, que durava séculos e alcançava o coração do destino. Os dedos de Harry acariciaram gentilmente as escamas do basilisco enquanto ele olhava para a criatura, uma sensação de admiração e curiosidade misturada a um profundo senso de responsabilidade.

— Ele tem um nome? — o jovem bruxo perguntou, sua voz suave e quase terna. Os ombros de Morte encolheram, um movimento que parecia transmitir uma mistura de apatia e aceitação. — Quando ele acordar, eu falo com ele —, Harry prometeu, seu coração doendo com o peso do desconhecido.

Como se sentisse seu desconforto momentâneo, Morte deu um passo à frente, sua presença um lembrete silencioso da fragilidade da vida.

— Agora volte a dormir, filhote —, ele instruiu, sua voz um estrondo baixo e suave que parecia ser carregado pelo vento. E enquanto Harry adormecia em um sono inquieto, o basilisco se aninhou mais perto de seu peito, o peso do futuro se acomodando pesadamente sobre seus ombros jovens.

Os olhos de Harry se abriram enquanto ele acordava de um sono agitado, a luz da manhã lançando um brilho pálido sobre seu dormitório. Ele rapidamente vestiu suas vestes, seus movimentos econômicos e praticados por anos de experiência. Enquanto ele corria para os corredores, os corredores ainda estavam quietos, a agitação habitual de alunos ainda para acordar.

— Bom dia! — Harry cumprimentou Pansy, um sorriso caloroso se espalhando por seu rosto enquanto ele observava seu comportamento brilhante e alegre.

Os olhos da garota da Sonserina brilharam com uma pitada de travessura quando ela respondeu,

— Bom dia, Haz!

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