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Sob o manto da escuridão, Harry escapou de Hogwarts, as paredes de pedra e as torres do castelo desaparecendo na noite enquanto ele partia. Seu destino era claro: a mansão isolada de Tom Riddle, o ômega que ele amava e no qual esperava encontrar consolo. A cada passo, o peso de sua decisão aumentava, mas o alfa sabia que não tinha escolha. O plano de Dumbledore precisava ser interrompido, e, com a ajuda de Tom, Harry sentia que finalmente poderia ter a vantagem.

O ar da noite estava fresco quando ele se aproximou da vasta propriedade. As torres góticas da mansão erguiam-se em direção à lua, como dedos esqueléticos. Foi lá que encontrou Tom, o humor do ômega tão sombrio e ameaçador quanto a própria mansão.

— Vá embora, Harry — rosnou Tom, seus olhos brilhando com um ciúme que o alfa mal podia culpar. — Estou ocupado.

Mas Harry permaneceu, seu coração pesado com a certeza de que não tinha outra opção.

— Tom, por favor — implorou, sua voz carregando um apelo desesperado. — Preciso de sua ajuda.

Uma longa pausa se seguiu, e a expressão de Tom suavizou-se ligeiramente.

— Muito bem — concordou ele, com um rosnado baixo e pensativo. — Mas você vai se arrepender disso, Harry. Marque minhas palavras.

A raiva de Tom, embora ainda fervente, deu lugar a uma determinação fria enquanto ele conduzia Harry mais profundamente nas profundezas labirínticas da mansão. O ar ficou denso com o cheiro de livros antigos e magia proibida enquanto desciam até o coração da propriedade, onde a vasta coleção de tomos e artefatos de Tom aguardava.

— Aqui — disse Tom, sua mão pairando sobre um volume de aparência particularmente antiga, cuja capa era adornada com símbolos estranhos que pareciam se mover e contorcer à luz bruxuleante das velas. — Isso contém feitiços que podem nos ajudar em nossa batalha contra Dumbledore e seus seguidores.

Com movimentos deliberados, Tom abriu o livro, seus dedos deslizando pelas páginas amareladas enquanto selecionava o primeiro encantamento para ensinar ao seu aprendiz novato.

— Os Imperdoáveis são o último recurso, mas às vezes são a única maneira de garantir a vitória. Hoje, eu vou te ensinar o Crucio.

Os olhos de Harry se arregalaram ao encarar os diagramas rústicos e o texto enigmático. O próprio nome da maldição enviou arrepios por sua espinha. Crucio, a Maldição Cruciatus, uma tortura tão severa que até a menor pronúncia incorreta poderia resultar em desfiguração permanente ou até mesmo em morte. Mas Harry sabia que não tinha escolha.

— Comece assumindo a postura adequada — instruiu Tom, sua própria postura um exemplo perfeito da formalidade necessária para um feitiço tão complexo e perigoso.

Harry imitou a pose de Tom, seus músculos tensos e prontos enquanto se preparava para canalizar a magia negra embutida nas palavras antigas.

— Lembre-se, não é a força física que dá a um feitiço seu poder, mas a intenção por trás dele — continuou Tom, seu olhar penetrante e intenso. — Você deve querer infligir sofrimento, dominar e controlar.

A respiração de Harry ficou presa na garganta ao sentir o peso daquelas palavras se acomodar sobre ele. A gravidade do que estava prestes a aprender ameaçava sobrecarregar seus sentidos. Mas ele não vacilou, movido pela necessidade de sua busca e pela fé inabalável que depositava na orientação de Tom.

Com uma respiração profunda e firme, Harry começou a entoar o encantamento, sua voz subindo e descendo no ritmo das sílabas antigas. O ar ao redor parecia engrossar, como se as próprias moléculas respondessem à energia sombria que ele estava liberando. E, quando a última palavra escapou de seus lábios, um brilho vermelho intenso envolveu sua mão estendida, a própria essência da dor e do tormento tomando forma diante dele. A lição continuou, Tom guiando Harry através dos encantamentos sombrios que compunham o Trio Imperdoável. Avada Kedavra, a Maldição Mais Mortal, veio em seguida, seu próprio nome uma blasfêmia contra a ordem natural. E enquanto Harry falava as palavras, ele sentiu uma sensação fria e oca em seu peito, um vazio agitado que parecia sugar a própria vida de seu ser. Então veio Imperio, a Maldição Imperius, uma dominação tão completa que poderia reduzir outro a um mero fantoche, seus pensamentos e ações sujeitos a todos os caprichos do conjurador. E a cada novo feitiço, Harry sentia-se mudando, a escuridão infiltrando-se em sua alma como uma névoa gelada que se recusava a se dissipar. Mas mesmo enquanto aprendia esses terríveis encantamentos, Harry sabia que nunca poderia usá-los levianamente. O peso de suas consequências o assombraria para sempre.

A lição continuou, com Tom guiando Harry pelos encantamentos sombrios que formavam o Trio Imperdoável. Primeiro veio Avada Kedavra, a Maldição Mais Mortal, cujo próprio nome era uma blasfêmia contra a ordem natural. Enquanto Harry pronunciava as palavras, sentiu uma sensação fria e oca em seu peito, um vazio inquietante que parecia drenar a própria vida de seu ser.

— Sinta o poder — disse Tom em um tom baixo, observando atentamente. — A morte é implacável, Harry. E este feitiço é sua personificação. Não há volta.

Depois, Tom o conduziu ao Imperio, a Maldição Imperius, uma dominação tão completa que poderia reduzir uma pessoa a um mero fantoche, seus pensamentos e ações completamente submissos aos caprichos do conjurador.

— Imperar não é apenas controlar, é subjugar a vontade — explicou Tom, seus olhos brilhando com uma intensidade perigosa. — Você se torna o mestre absoluto. Não há espaço para hesitação.

A cada novo feitiço que aprendia, Harry sentia-se mudando. A escuridão, lenta e persistente, se infiltrava em sua alma como uma névoa gelada que se recusava a dissipar. Com cada palavra e gesto, ele sabia que estava se afastando de quem fora, mergulhando mais fundo no abismo do poder sombrio.

Mas mesmo enquanto dominava esses terríveis encantamentos, uma voz interior ecoava em sua mente, lembrando-o de que esses poderes não poderiam ser usados levianamente. O peso de suas consequências o assombraria para sempre.

O dia amanheceu, seu calor contrastava fortemente com o frio que percorreu a espinha de Harry enquanto ele antecipava a lição sombria que Tom havia prometido. O coração do alfa disparou com antecipação e um toque de trepidação enquanto ele se dirigia ao local de encontro designado, o pesado tomo contendo os feitiços proibidos firmemente agarrado em sua mão. Mas conforme os minutos passavam e Tom não aparecia, uma crescente sensação de desconforto tomou conta, seus pensamentos imediatamente se voltando para o paradeiro do ômega. Com uma rápida olhada ao redor, o olhar de Harry se fixou na porta do quarto de Tom, uma súbita vontade de verificar seu parceiro superando quaisquer reservas que ele pudesse ter. Ele abriu a porta, o quarto mal iluminado e pesado com o cheiro de suor e excitação. E ali, na cama, estava Tom, seu peito subindo e descendo em um ritmo rápido e trabalhoso. Um gemido escapou dos lábios do ômega quando Harry entrou, sua mão deslizando pelo linho de suas calças para acariciar o comprimento grosso e pulsante que se esticava contra o tecido.

— Harry... — Tom sussurrou, sua voz era um sussurro carente que parecia envolver o coração do alfa.

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