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E cá estamos com mais uma fic de tomarry!

Andando em meio aos esporos e cadáveres Harry Potter cambaleou até onde Voldemort morreu, com um gemido de agonia ele tentou tocar o rosto de seu companheira mas ele já havia se desfeito em cinzas. Um grito saiu dos lábios rachados do garoto, a dor consumia sua alma e dilacerava seu peito, todas as mentiras, as traições... Se ele ao menos tivesse uma chance, uma única chance, tudo seria diferente. Conforme os últimos bruxos vivos da guerra retornavam para o castelo Potter se ajoelhou nas cinzas, que um dia foram seu companheiro de alma, a chuva caia lentamente despertando o desespero do alfa, ele tentou proter o que lhe restava de sua metade mas já era tarde, as cinzas dissolvidas fluíam lentamente para longe. As lágrimas salgadas escorriam pelos cortes em seu rosto os fazendo arder, mas nada se compara com a dor em sua alma, um soluço saiu de seus lábios secos enquanto ele desabava naquela chuva tão forte.

O tempo se tornou frio, as mãos do garoto tremiam tanto enquanto ele tentava afastar os cabelos do rosto, a sua frente uma nuvem de fumaça negra pairava próximo a ele.

— Pequeno mestre... — chamou revelando o rosto de caveira. — Eles lhe negaram o que era seu por direto, te tiraram a chance do amor, mas não por muito tempo, eu não irei permitir. — rosnou, seu tom rancoroso. — Só uma única ordem mestre, é sua chance de se vingar, de escolher o lado certo desta vez.

— Quem é você? — soluçou tentando se levantar.

Uma mão ossuda lhe segurou o braço, o dando sustento.

— Sou a Morte, pequeno filhote. — sorriu acariciando os cabelos do garoto.

— Você vai me levar? — a olhou esperançoso. — E-eu poderei estar com Tom?

— Não, filhote. Não irei te levar, mas há uma maneira de você ficar com sua alma gêmea.

— Qual!? — lhe segurou os ombros, desesperado.

— Uma viagem no tempo, é a opção mais plausível. Trazer ele de volta a vida o faria continuar insano, então há opções... A primeira seria, você voltar aos seus onze anos, roubar o diário de Ginny e então voltar aos quinze anos, ou voltar aos quinze anos e fazer um sacrifício para que o diário volte. — explicou calmo.

— E o que isso significaria, exatamente? — ele perguntou, sua voz tremendo. Morte se inclinou, sua respiração como o sussurro de uma brisa de outono. — Isso significaria que a alma de Tom renasceria, tendo uma segunda chance na vida.

O coração de Harry pulou uma batida, esperança e desespero guerreando dentro dele. Ver Tom novamente, abraçá-lo, amá-lo... era quase demais para suportar.

— Mas a que custo? — ele sussurrou, lágrimas picando nos cantos de seus olhos.

O sorriso de Morte se alargou, seu rosto de caveira iluminado pela luz bruxuleante do sol poente.

— Ah, filhote, isso é para você decidir. O caminho do tempo não é sem suas consequências, seus sacrifícios.

Harry engoliu em seco, sua garganta apertando com emoção. Ele sabia, no fundo de sua alma, que pagaria um alto preço por essa chance de redenção. Mas ele estava disposto a pagar, a arriscar tudo, pela pequena chance de estar com Tom novamente.

A mão esquelética da Morte acariciou a bochecha de Harry, seu toque frio e inflexível.

— Eu ficarei satisfeita com as almas daqueles que fizeram você sofrer, mas por enquanto, você deve fazer sua escolha —, ela ronronou, sua voz como o farfalhar de folhas secas em um cemitério esquecido. O coração de Harry disparou, sua mente cambaleando com o peso de suas palavras.

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