𝑵𝑶𝑩𝑶𝑫𝒀 𝑩𝑼𝑻 𝒀𝑶𝑼, madison beer

thirty-five

m a d i s o n 

   O parque de diversões estava vibrando com as cores e sons típ de uma noite agitada. As luzes piscavam e a música animada preenchia o ar, criando uma atmosfera elétrica. Tínhamos acabado de chegar e o som alegre de risadas e gritos de emoções estava misturado com o cheiro de algodão-doce e pipoca. 

 O portão de entrada, decorado com arcos coloridos e balões gigantes, parecia um portal para um mundo onde os problemas do dia a dia eram deixados para trás. — Principalmente os meus.

— Vamos primeiro na montanha russa! — Hayes, o irmão mais novo de Nash exclamou.

 Com os olhos brilhantes, nos fazendo rir.

 Por um momento, me esqueci de como era passar um tempo com eles. Quase me engasguei de tanto rir no caminho com as gracinhas do Caniff, Jack tinha bons amigos e eles me deixavam confortável.

— Mais uma vez, caso se percam, liguem! — Mahogany instrui, como uma mãe — E chequem se o cinto de vocês está realmente apertado, não quero que ninguém morra.

— Que horror! — Shawn exclama.

 Afinal, alguns minutos atrás ele já estava se recusando a ir em brinquedos altos.

— Vem comigo! — Zara me puxa pelo braço, me direcionando até o trem fantasma e Nash e sua namorada, Taylor, nos seguem.

— Ah não, — resmungo — trem fantasma, não! 

— Deixa de ser medrosa, Beer! —  implica Nash.

— Você é pior do que ela, amor. — a negra ao seu lado rebate, me fazendo rir.

— Relaxa, — Zara pede, olhando pra mim — Eu estou aqui. 

 O pessoal foi em grupos separados até os brinquedos que queriam, assim como nós.

Estávamos em uma das últimas fileiras do trem fantasma, Zara tinha os olhos brilhando de excitação. Enquanto o trem se movia lentamente através dos corredores escuros, ela estava se deliciando com os efeitos assustadores me causando grandes sustos, e os personagens fantasmagóricos que apareciam ao redor.

Cada susto e cada efeito especial eram recebidos com gritos de desespero meus e de Nash enquanto elas gargalhavam.

Não existe mais compaixão! 

 Quando finalmente aquele pesadelo pareceu ter fim, entre as diversas barracas e atrações, me deparei com uma pequena tenda decorada com pelúcias coloridas e grandes placas que anunciavam os prêmios.

— Olha aquele ursinho, Zara! — aponto —  Ficaria lindo em cima da minha cama.

 Faço bico, na intenção de convencer ela a ganha-lo pra mim.

— Ok, — ela fez sinal para o dono da barraca — vou ganhar um pra você.

 O cara de barba grisalha a entregou uma argola após ter pego suas fichas com ela e se retirou da frente dos alvos.

— Sei que você vai conseguir, Z. —  incentivo vendo a negra se preparar para lançar aquela argola em uma das garrafas.