Capítulo 42

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Nossos planos precisaram ser interrompidos e me doeu ver a fragilidade no rosto da Beatriz

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Nossos planos precisaram ser interrompidos e me doeu ver a fragilidade no rosto da Beatriz. Ela estava muito sentida por não estar lá naquele momento e não pensou duas vezes em abandonar suas férias e ficar com a sua família.

Fui com ela para o Brasil, mas não poderia ficar por muito tempo. Eu tinha muito trabalho me esperando e fiquei ausente mais do que eu poderia.

-Tales, o que está fazendo aqui, meu filho? – Meu pai estranhou minha chegada em São Paulo. Eu apenas deixei a Beatriz na casa dela e segui para a casa do meus pais no mesmo bairro.

-Precisei vir para trazer uma amiga que estava comigo.

-Amiga. Que amiga? – Suspirei e convidei os dois para sentar comigo e contei o ocorrido e quem era a mulher que me acompanhava na Suíça.

-Ela é sua namorada? – Minha mãe perguntou.

-Não, mãe. Ainda não. – Completei. Foram tantas perguntas que no final me abri com eles como uma criança desesperada por conselhos.

-E o que você está esperando para pedi-la em namoro?

-Mesmo um oceano nos separando?

-Isso não vai afetar vocês e sabe disso, certo? – Ela respondeu.

-Você falou que conheceu ela a quase nove anos. É muito tempo de sentimento reprimido. – Meu pai completou. – Sua mãe me falou alguns nãos, mas eu fui bem persuasivo. – E piscou para ela antes de deixar um selinho em seus lábios. Os dois são algo que me inspira todos os dias. Foram muitos obstáculos superados por eles. Abaixei a cabeça e entendi seu ponto de vista.

-Com esses problemas acontecendo em sua família, vou dar o tempo que precisa e depois volto para conversar com ela com calma. Eu estou com muito receio dela ainda ter sentimentos pelo ex.

-É sério isso, Tales? – Meu pai falou da mesma forma que meu irmão. Rui era teimoso como ele. – Vocês conversaram sobre esse assunto. – Neguei. – Então não tire conclusões precipitadas, ok? – Eu não comentei que ela tentou se matar por causa desse ex. Era muito pessoal. – Você volta para a França, mas te quero aqui em breve. Resolva isso de uma vez e pare de se frustrar. Eu quero netos. – Comecei a rir e minha mãe deu uma cotovelada nele. – Que é, Amor. Você também quer e não finja que não.

-Vocês têm um filho casado. Peça para ele. – Falei. Minha mãe começou a rir mais ainda. – Vocês pediram? – Ri também. Meu irmão deve estar surtando neste momento. Rui demorou a aceitar o Leandro, os dois querem aproveitar a fase inicial do casamento. Balancei a cabeça e resolvi ir para o meu quarto para descansar um pouco.

Encontrei com Beatriz no dia seguinte, mas não defini nada com ela. Segui para a França e prometi voltar o mais breve possível. Nossa despedida teve um gosto agridoce, mas era o preço que se paga por não ter nada definido.

Em queda livre( Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora