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- Pra onde quer ir? – pergunto

Estavamos no carro, sem rumo.

Lily estava com um vestidinho rosa, ela era baixa pra idade dela o que a deixava fofa, ela se parecia muito com a mãe que descanse em paz, infelizmente ela morreu no parto de Lily. 

Eu estava no com calça jeans preta, uma blusa azul e um contorno de salto baixo. Não é querendo me gabar mas, eu sou muito linda.

– Hum, acho que quero ir ao shopping, – ela fala então eu digo ao motorista o nosso destino que fica no centro da cidade.

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Chegamos a meia hora e a menina já gastou mais de Milão, só comprando baboseira, ela comprou uma bolsa da Gucci, que eu tenho certeza que ela nunca vai usar, comprou um vestido da Prada, perfume da Luis Vitton, um colar com pedras de safira, pares de brinco de Esmeralda, e toda aquela baboseira que gente rica compra. Sem falar na comida.

- O que vai querer? – pergunta pra mim, já com dois hambúrgueres no prato acompanhado de uma cesta de batata frita e um copo grande de Coca Cola zero sem açúcar, por que é importante se manter saudável.

– Eu tô de boa, – Dios mio, não sei como Alexander deixa dinheiro na mão dessa doida, outro dia ela gastou 15 mil, só em roupas pro cachorro, ela tem uma filhote de Pug, e adora comprar coisas pra ela.

Suspiro e pego meu celular atualizando alguns documentos que eu precisava terminar.

Até o momento em que Lily chama minha atenção, 

- Olha, olha, é ele o cara que tava lá em casa que eu te falei! – ela abana as mãos pro meu lado animada então eu olho pra onde ela tá olhando.

E vejo aquele mesmo cara, ele tava acompanhado de três homens, dois pareciam ser guarda costas, e outro não sei talvez amigo, ou algum parceiro de negócio?

- Hum, e daí?– Dou de ombros e volto minha atenção pro meu celular, 

- Como assim!– Ela olha como se eu fosse estranha – Cuidado em, assim nunca vai conseguir um namorado! –

Olho pra ela, com cara feia

- Zitto, (Cala-boca ) você é só uma criança, e tudo bem, até que ele até que é bonito, mas nada  impressionante, e eu não preciso de um namorado tenho objetivos mais importantes. – Digo e ela apenas revira os olhos, e continua olhando pra ele, olhando não, babando nele.

To vendo que essa daí vai dar muita dor de cabeça pro Alexander, tô quase com dó dele.

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- Terminei, – ela literalmente fez a limpa, nos pratos, a menina come e olha que nem é gorda.

- ótimo, enquanto você paga a conta eu vou no banheiro.

Ela ascente, e eu vou ao banheiro.

Quando saio no corredor acabou esbarrando em alguém, 

- Mi dispiace(Me desculpe)...– Paro de falar, pois em que eu esbarrei?

Sim, aquele cara, tenho que admitir que ele é mais bonito de perto, ele é forte, alto com ombros largos.

Ele me encara sem expressão. Apenas encaro aqueles olhos verdes frios, e simplesmente vou embora.

- Che palle!(Que saco!)pra que tanta demora – encontro Lily, parada na porta da lanchonete, Impaciente 

Reviro os olhos e apenas a arrasto pra fora. Pego algumas sacolas, e vamos pra mais um tour de compras. 

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- Tudo bem, chega Lily, vamos embora.

- Ah não só mais uma loja! – Implora, mas nãovou ceder, se eu deixar ela, compra o shopping inteiro 

- Não menina chega, olha só o tanto de sacola, vou chamar o motorista e a gente vai embora. – pego meu celular e ligo pro motorista vir nos buscar.

- Che palle! (Que merda!)– cruza os braços.

Reviro os olhos e ficamos esperando o Motorista chegar, com Lyli ainda reclamando.

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- Alice? – Ouço a voz do Alexander depois de uma batida na porta.

- Pode entrar – Ele entra, fechando-a atrás de si – aconteceu alguma coisa? – pergunto.

- Não, só queria saber como você está Piccola mia (Minha pequena)– Ele cruza os braços se escorando na mesinha

O Alex é um homem muito bonito, ele é alto e forte, hoje mais do que a cinco anos, seus cabelos ficaram grisalhos porém não tanto, mas esses fios brancos da a ele não ar de quem sabe demais, e também o deixa muito... Ah, digamos sexy.

Não me entenda mal, é só atração física, nada romântico. O Alex tem sido como um pai pra mim, ele me ajudou quando eu não tinha ninguém, me deu um lar e me ensinou tudo o que eu precisava saber, ele se tornou a pessoa em que mais confio. A única.

- Estou bem Alex, não se preocupe – me levanto da cama caminho até ele dando-lhe um beijo no rosto.

- Como foi o passeio hoje? – Me segue até a cama novamente se sentando na minha frente.

- Foi bom, tirando o fato de que a sua filha é uma compradora compulsiva, - Cruzo os braços, e ele da risada – Você tem que controlar aquela menina, se não vai acabar falido.

- Você parece o seu pai falando – Ele sorri de canto – Ele também vivia brigando com sua mãe para que ela parece de gastar tanto dinheiro, e isso só piorou depois que vc e seu irmão nasceu 

Fico em silêncio, pois não sei o que dizer. Raramente falavamos sobre a minha família, aquele ainda era um assunto doloroso pra mim.

Ele percebe meu desconforto e se levanta da cama.

- Perdono piccola, (perdão pequena) sei que não deveria tocar no assunto, mas a cada dia que passa você se parece mais com ele.

Ele da um beijo na minha cabeça e vai embora.

Respiro fundo, e me jogo na cama pensando nas palavras dele.

Durante 5 anos tenho corrido atrás de respostas, e tentado encontrar os responsáveis pela desgraça da minha família, mas tudo o que encontro são apenas mais perguntas.

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Mais um capítulo, não sei se esse ficou tão bom, mas espero que gostem.
Desculpe qualquer erro!

Contínua....

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