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Acordei com o som distante de vozes. O sol ainda não havia nascido completamente, mas já era possível ouvir a movimentação dos homens de Vincenzo lá fora. 

Vesti-me, optando por algo que parecesse casual. Fui para porta e adivinha? Estava trancada.

Não acredito que até depois de nos casarmos ele me deixou trancada, mas é um jumento desgraçado mesmo.

Fui até a cômoda e procurei por algum grampo, para abrir a porta.

Quando saí do quarto, os corredores da mansão estavam praticamente desertos. Agora era a hora de observar.

Abaixo do andar, podia-se ouvir vozes.

A equipe de Vincenzo estava agitado havia uma certa tensão no ar, um burburinho incomum. Algo estava acontecendo. Mas o quê?

Passei para sala principal, onde Vicenzo conversava com algumas pessoas.

- Bom dia! – entro na sala, atraindo a atenção apara mim.

Vicenzo olha para mim irritado.
Apenas sorrio para ele.

Havia um homem acompanhado de uma mulher, pela aparência e semelhança, e o jeito que o homem me olhava, julgo ser os pais do Vicenzo.

- Então essa é sua esposa, muito prazer querida sou Jenna a mãe do Vicenzo, e esse é meu marido Mikhael – Ela me abraça, e por educação retribuo rapidamente.

Míkhael me avalia por um instante, até vir até mim, e estender a mão.

- É um prazer conhecê-la, me diga senhorita, a quanto tempo conhece meu filho? – Ele me encara seus olhos duros e severos,sem soltar minha mão, continuo o aperto firme. E olho para Vicenzo, ele está a nós olhar esperando que eu responda.

E o que inferno ele quer que eu responda?!

- Na verdade senhor...o seu filho me sequestrou e me obrigou a casar com ele – Digo tranquilamente, como se aquilo fosse normal, olhando-o nos olhos.

- Você assinou um contrato não esqueça - Vicenzo diz, como se eu tivesse autorizado o sequestro.

- Se você não se lembra eu não tive escolha – Digo ainda olhando para meu sogr- quer dizer pro Mikhael 

Ele me encara e depois de um momento dando um pequeno sorriso.

- Seja bem vinda a família Alice 

Ele vai para o lado da esposa, a abraçando de lado

- Obrigado – eu acho,

- Espero que esteja preparada para entrar nesse mundo. – Diz como aviso

- Eu nasci nesse mundo senhor, não tenho com o que me preocupar, afinal sei me cuidar. – Digo me sentando no sofá em frente a eles, que já estavam acomodados. 

Eu estava estranhando pois o Vicenzo ainda não disse nada, bem, nada depois de me afrontar.

A mãe de Vincenzo ri suavemente, como se tivesse achado minha resposta encantadora, mas claramente subestimada.

- Claro, querida – ela diz. – Eu tenho certeza de que você é uma jovem forte. E bonita, também. Mas, sendo sincera, o que importa aqui é o poder. 

Eu a observo com cautela. Apesar do tom doce, há algo de afiado na forma como ela se porta, como se estivesse sempre pensando alguns passos à frente. Igualzinho ao filho.

Decido que é hora de terminar essa conversa 

antes que se torne complicada.

- Com todo respeito senhora, eu sei o que é importante e o que não é, Faço parte dessa família agora legalmente pelo menos– digo, tentando manter minha voz firme. – Mas isso não muda o fato de que não confio completamente em vocês. 

Ela arqueia uma sobrancelha, surpresa com minhas palavras. Se tem uma coisa que eu não gosto é quando subestimam minha capacidade.

Sem esperar mais nenhuma palavra lanço um último olhar para a família reunida. Cada um deles representa um lado de Vincenzo que eu ainda não conheço totalmente. O pai, rigoroso e controlador. A mãe, manipuladora e calculista. E Vincenzo, preso entre os dois, achando que tem o controle de tudo.

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Estava no quarto, mas já sabia que ele viria me ver logo. Com certeza falar sobre o que aconteceu na sala. Passei um batom vermelho vivo e ajustei meu vestido preto justo, algo que o faria se arrepender de qualquer tentativa de subestimar quem ele tinha ao lado. Não que eu quisesse o provocar é claro.

A porta abriu-se com um clique, e lá estava ele, em sua postura arrogante de sempre. O terno alinhado, aquele ar de superioridade insuportável que parecia colado ao rosto dele.

— O que minha esposa deseja fazer? — Vincenzo perguntou, com um sorriso cínico que me provocava a cada sílaba.

Achei estranha a pergunta, pensei que iria entrar aqui me questionando, mas se ele não quer saber então não tô nem aí. Me virei lentamente para ele, cruzando os braços.

— Além de não querer te aguentar por mais um dia? — O tom de deboche estava claro na minha voz, eu sabia que ele estava testando meus limites, esperando que eu cedesse, mas eu não daria esse gosto a ele.

Ele sorriu mais, seu olhar escurecendo, mas havia diversão ali, e algo a mais.

— Não seja ingrata, Alice. Afinal, não foi esse o destino que você escolheu? Casada comigo, vivendo no luxo, protegida dos seus inimigos. Se eu fosse você, agradeceria.

Eu ri, uma risada fria que ecoou pelo quarto.

— Protegida, vida de luxo? — repeti, andando em sua direção, os saltos batendo no chão de mármore. — Eu já tinha tudo isso antes de você, então não se engane querido – dou um ênfase no querido.

— Ah, então — Ele deu um passo à frente, diminuindo a distância entre nós, a voz baixa e carregada. – Eu não estou oferecendo nada a você?

O que ele tá fazendo?!

—  Por enquanto... Não. - não deixo transparecer o quanto sua proximidade me afeta.

Ele riu, havia algo mais ali, algo que ele estava escondendo, mas era impossível decifrar. Ele deu um passo mais próximo, nossas respirações quase se tocando.

— O que eu poderia fazer para compensar isso? –Vincenzo murmurou, a voz baixa

Me aproximei ainda mais, até estarmos a centímetros um do outro, meus olhos fixos nos dele.

— Primeiro — sussurrei, sentindo a adrenalina subir. — Se afaste de mim, – Ele olha, como se percebesse só agora nossa aproximação, ficando com o olhar duro. - Segundo, quando eu quiser alguma coisa de você, eu peço.

Por um momento, o silêncio caiu entre nós. Ele me encarou, os olhos apertados, avaliando minhas palavra. Finalmente, ele respondeu, a voz um pouco mais fria.

— Não espere ser atendida, pois lembre-se de que aqui quem manda sou eu.— Ele deu mais um passo para trás, se recompondo.

Eu sorri de canto, sem hesitar.

- Se você diz. – continuo sorrindo pra ele – Pra onde vamos? – Pergunto na intenção de sair daquela casa 

Ele me olha de cima a baixo, e vejo que travou sua mandíbula rapidamente desviando o olhar.

- Vamos na  reunião para a anunciação de sucessão, e como você é minha esposa, precisa estar ao meu lado. – Ele sai do quarto e eu sigo atrás.

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Espero que gostem.
Desculpem qualquer erro
Apesar dos capítulo até aqui estarem um pouco...Anh...chatinhos.
A partir do próximo capítulo, prometo que vai começar a melhor.

E também irei mudar algumas coisas da história, estarão na descrição.

Obrigado (⁠ ⁠˘⁠ ⁠³⁠˘⁠)⁠♥

Continua....

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⏰ Última atualização: Oct 03 ⏰

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