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Presente...

Fecho os olhos e sinto minhas forças indo embora, meu corpo está morrendo, ja não tenho forças para lutar.

Mas eu não posso morrer agora, abro os olhos, eu tenho que me levantar e me recuperar, preciso sobreviver para achar quem fez isso e fazê-los pagar por tudo, lento e dolorosamente, fazê-los sentir toda dor que estou sentindo.

Tento me levantar e fazer algum movimento mas não consigo mecher um músculo sequer. O tiro deve ter pegado em algum órgão que paralisou meus movimentos.

Preciso retirar a bala, com muito esforço eu consigo levantar a minha mão esquerda levando-a até o ferimento,enfiando meus dedos devagar, sinto muita dor e tenho que fazer muito esforço para não gritar, vai que ainda tem alguém aqui.

Remecho em minha carne a procura da bala até à encontrar, então a puxo para fora mordendo a língua para conter o grito, quando ela sai sinto um enorme alívio, que logo é preenchido por uma dor muito forte, comigo tendo perdido muito sangue, sinto-me fraca e tenho que lutar para manter os olhos abertos.

Ouço um barulho de passos se aproximando, rapidamente rasgo um pedaço do meu vestido que era comprido e pressiono contra o ferimento

Forço as minha pernas a levantarem mas não tenho forças o suficiente para me manter em pé, então eu apenas rastejo, sentindo como se milhões de facas perfurassem meu corpo.
Estou do lado de fora na parte lateral do salão, onde havia aqueles murinho feito de folhas, me arrasto até lá e passo por cima arranhando um pouco a mão por causa da folhagem. Então me escondo bem no cantinho pra caso de alguém vir pra cá.
O muro não era tão alto mas era o suficiente pra esconder meu corpo pequeno.

Fico ali por alguns minutos, deitada de costas, rezando pra que eles tenham ido embora... Apenas... Rezando.

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No Salão...

- Senhor, estão todos mortos. – um dos homens de Alexander Sota, declara.

Alexander Sota faz partes das 10 famílias mais influente da máfia, estando logo atrás da familia Martin, que está em 1°lugar.

Ele não diz nada, apenas observa o local massacrado, seus olhos param nos corpos na porta lateral. Ele caminha até os mesmos e sente-se triste.
Seu grande amigo, Matthew Martin estava lá junto com sua esposa e seu filho, uma cena de partir o coração de qualquer um que o tenha. Porém ele achou estranho pois não viu o corpo da garota.

- Encontraram a garota? – Ele pergunta,

Sua voz ressoa pelo salão grave e severa.

- Não senhor! – Respondem em uníssono

Ele apenas olha ao redor.

- Procurem de novo! – Ele manda e os homens se espalham novamente pela casa.

- Vocês, levem esses corpos com cuidado. – Manda ao um grupo de homens, que obedecem rapidamente.

Ele desvia dos falecidos e sai pro lado de fora, olhando para o chão vê um rastro de sangue como se alguém tivesse sido arrastado.
Ele segue o rastro que leva para um muro de folhagem, devagar observando o outro lado.

Uma parte sua ficou aliviada, a outra ficou triste com a situação presente ali.

Ele vai até a garota atrás da moita, checando seu pulso, ela estava com um ferimento no estômago e tinha perdido muito sangue, era um milagre ela ainda está viva.

- Pobre garota... Não se preocupe, irei cuidar de você agora– sussurra.

Ele vai pra dentro as pressas, carregando-a firmemente nos braços.

- Vamos embora! – Diz autoritário.

Alexander não demonstrava suas emoções na frente de seus homens, então ele apenas manteve a expressão fria ao entrar no carro.
Mas em seu interior expressava, sua dor, prometendo a si mesmo que faria de tudo para proteger a filha de seu amigo, e encontrar o responsável por esse desastre.

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Desculpe qualquer erro
Espero que gostem do capítulo
Me contem o que acharam e não esqueça de votar.
Obrigado!

Continua...

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