Capítulo XVI

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A saída daquele que atormenta,

Alivia, a quem busca descanso.

Mas, como tudo nesta história,

A paz falha, a esperança desaba.

Um novo amor surge,

O outro luta pela própria paixão.

Se parar, o destino o esmagará.

Pois, enquanto o bom perde a coroa,

O mal triunfa sobre o trono.

       Indignado pelo o que ocorrera na noite anterior, o esbranquiçado não se deus ao trabalho de despedir-se dos outros, partindo cedo pela manhã enquanto praguejava maldições a quem o quisesse ouvir. Enquanto o ruivo, apesar de preocupado com a futura situação de seu alfa pelo o que fizera, adormeceu ao lado do maior e, ao não encontrar Foka pelo castelo na manhã seguinte, não hesitou em pular de maneira aliviada pela saída do homem.

       Aos poucos, o moreno abria os olhos por perceber a presença que o tomava sol pelo quarto, espalhando raios claros demais, mas nada era mais confuso para o mesmo quanto não ver o ruivo à seu lado, rapidamente o moreno se levantou e seguiu até o banheiro para se arrumar, saindo novamente em poucos minutos em direção ao salão, onde imaginara encontrar o mais novo.
       Ao adentrar o enorme cômodo, os olhos do alfa brilharam juntamente as bochechas que assumiram um tom rosado, em uma perfeita expressão tímida ao ver o ruivo poucos passos a frente de costas para si, ainda com as roupas do pijama, ajudando a preparar a mesa para o café. Claramente, o menor fazia tudo inocentemente, não tendo ideia de que alguém o observava atentamente, mas ainda assim nada pode impedir Lg de observar especialmente o short apertado que o ruivo usava, que o fazia sobressair o tamanho de seu traseiro.

       Talvez ele não pensasse direito ao que malícias involuntariamente tomaram sua mente, enquanto a bunda do rei mais novo se locomovia por entre as cadeiras da mesa, mas a situação da noite anterior não o impediria de apreciar o corpo do próprio marido.
Mas, ligeiramente vozes ecoaram pelo salão:

-Apuh, acho que temos um observador.- a loira dissera ao menor, que até o momento não percebera a presença do outro. Rapidamente, o ruivo se virou e ao recair o olhar sobre o mais velho, não hesita em correr até o alfa, pulando em seus braços e colando ambos os lábios em um beijo carinhoso.

       Ao sentir os lábios alheios nos seus, Lg deixou os devaneios que tomaram sua mente, e permitiu-se aproveitar o gosto dos lábios do ômega, abrindo um largo sorriso ao que separaram e o mesmo pode encarar os abismos que residiam no olhar do ruivo.

-Bom dia.- o moreno sussurrou para o menor, beijando-o novamente.

-Fiz seu café hoje, espero que goste.- disse Apuh deixando os braços do maior, e começando a puxá-lo suavemente até a mesa.

-Eu morri?- o moreno perguntou em um tom brincante.

-Eu não sei. Talvez? Me diga por que acha isso?- o ruivo respondeu, em um tom provocativo.

-Acho que estou vendo um anjo.- tal frase fez o mais novo soltar breves risos, enquanto suas bochechas assumiam um tom avermelhado.

       Mas então, a bolha em que o casal se aconchegava estourou, e no salão irrompeu um Tuguim ofegante:

-Apuh!- o garoto exclamou, recaindo o olhar sobre o outro, sem deixar de lutar por um pouco de ar.

       Ao recair os olhos sobre o amigo, o ruivo levantou da mesa m um sobressalto, correndo eufórico até o outro:

Bound to Fall in LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora