Capítulo IX

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Agora ele se abriga,

Em uma casa amiga

Suplicando por segurança

Sentimentos fluindo,

Pela culpa distraído

Um coração ferido,

Pelo amado querido

Mas, ainda assim

O olhar dos fortes,

Brilha em vingança

Por um desejo suplicante.

       Rapidamente, o ruivo tentara ajustar a própria respiração, antes ofegante, e então seguindo até a porta da pequena construção e, apesar de saber que não seria possível haver alguém em no interior da mesma, o ômega apenas suplicava mentalmente para que a porta estivesse aberta, para que ao menos o garoto pudesse abrigar-se lá dentro.

Esconder-se de seu temível destino.

De seu suposto "marido".

E talvez até de si mesmo, que dizia para voltar aos braços do alfa.

       E, pela primeiro vez, o destino parecia estar à seu favor, uma vez que, a porta se permitiu abrir facilmente ao toque do ruivo, revelando um interior muito diferente dos palácios em que se acostumou a ficar, mas capaz de levar-lhe a segurança que o mesmo tanto precisava no momento. Ligeiramente, o ruivo adentra a casa e ao chegar ao que parecia ser a sala, o mesmo se senta em uma pequena poltrona que residia ali, permitindo-se abraçar as próprias pernas e deixando as lágrimas rolarem livremente por suas bochechas.

E ali, o recém-coroado permaneceu.

No calor que o interior da casa mantinha. E, no conforto de suas próprias lágrimas.

       Por uma, duas, talvez até mesmo três horas. Mas, ele não pensava nisso tudo o que rodava em sua mente era o sangue que se alastrava pela grama do grande jardim, mas havia mais alguém com quem o ruivo gastara suas lágrimas. Tuguim esteve lá, não como no outro dia olhando-o furiosamente como sua cabeça pudera projetar, mas para salvá-lo de seu pesadelo. E se ele houvesse se ferido?

       Mas logo, algo o tirou de sua prisão de pensamentos, pois alguém havia adentrado a casa.

-Tudo bem, irei verificar, apenas me dê um minuto.- dizia uma voz familiar, era ayu que dizia algo à alguém que deveria esperá-la ao lado de fora da casa.

       A loira adentrou a casa e, arregalou os olhos ao ver Apuh sobre uma das poltronas de sua sala, mas logo pode reparar em algo mais preocupante, as bochechas avermelhadas de inchaço, e os olhos vermelhos, que supôs ela ser de tanto chorar, mas logo ela tornou a porta com um semblante tristonho.

-Sinto muito, mas ele não esteve aqui.- a mesma fingia um grande pesar na voz.

Aos poucos, o ruivo podia ouvir os passos na grama se afastarem da casa. Rapidamente, Ayu correu até Apuh e o puxou para um abraço:

-Oh, querido o que faz aqui?- a loira perguntava preocupada, mas logo soltando o ruivo para que ele respondesse.

-M-me desculpe, m-mas eu não sabia para onde ir.- o ômega dizia com a voz embargada- e-ele matou alguém Ayu, eu vi o sangue.
O garoto estava traumatizado, e aquilo cortava o coração da amiga, que não disse mais nada e, apenas permitiu que o ruivo se afundasse em seus braços.

Bound to Fall in LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora