Capítulo XIV

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A felicidade antes construída

é ruída, pela carta

que chega ao palácio

daqueles que um dia

abriram uma ferida

Uma visita inesperada 

Se aconchega

Trazendo consigo

Um cruel destino

E a confiança antes depositada

Se sente ameaçada

pela insegurança

que traz a verdade

       Na manhã seguinte...

       Aos poucos os raios de sol invadiam o quarto do ruivo, mas desta vez, ele encontrava-se sozinho sobre a imensa cama que o cômodo abrigava, onde o ômega dormira com o mais velho na noite anterior.

       Percebendo que a luz já havia adentrado o quarto, o ruivo ponderou sobre o quão poderia estar atrasado para o café da manhã. Em um breve sobressalto, o ruivo se levantou rapidamente da cama, arrumando-a e seguindo para o banheiro, penteando minimamente os cabelos avermelhados que insistiam em cair sobre seu rosto, escovar os dentes e vestir uma roupa mais decente para qualquer que fosse a atividade que pudesse surgir para si, pondo assim uma calça em tons pratas e uma camisa branca com meros detalhes em botões de paleta escura.

       Terminando de arrumar-se, o ruivo deixou o quarto, fechando a porta e seguindo em direção ao salão para a refeição, costumeiramente, não deixando de admirar os corredores imensos que o rodeavam, mas logo ele já se encontrava em frente as grandes portas do lugar, e logo ao adentrar o mesmo, o ruivo pode avista-lo.

       O moreno de olhos rosados se encontrava sentado à mesa em sua cadeira costumeira, segurando elegantemente em uma das mãos uma taça, enquanto sobre a mesa repousava um papel de um possível branco agora amarelado pela poeira ao que fora exposto, mas o moreno desviou rapidamente os olhos ao perceber a presença do ruivo na sala:

- Bom dia docinho!- o moreno sorriu ao ver o menor cumprimentando-o, enquanto o ruivo se aproximava e puxava uma cadeira para si, sentando-se à mesa.

-B-bom dia- o ruivo gaguejava intimidado pelo apelido que o maior lhe dera.

-Dormiu bem?- o moreno lhe perguntara enquanto o ruivo apenas acenara positivamente com a cabeça,  ao lembrar-se que ambos dormiram juntos- que bom, fico feliz em ouvir isso.

       Após aquela breve conversa, o ruivo pegará o prato posto à sua frente e colocou sobre ele algumas torradas, ovos e uma pequena porção de bacon.

-Não vai comer?- o ruivo perguntou, ao ver que o maior não havia pego nada, apenas continuando com bebendo o líquido da taça.

- Ah docinho sinto em lhe dizer, mas não como este tipo de refeição.- o moreno dizia calmamente, enquanto o ruivo permanecia a lhe encarar confuso.

- Então, você só bebe vinho?- o menor perguntou, referindo-se à taça nas mãos do mais velho.

- Isto não é vinho, querido...- o moreno soltou um breve riso- vampiros se alimentam de sangue, gracinha.

       Tal resposta do rei fizeram o corpo do ruivo estremecer e seus olhos se arregalaram, porém o menor não conseguia temer o ser próximo à si.

Bound to Fall in LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora