O desespero é contado
O antigo reino é disputado
Entre o mal e a verdadeira coroa
Porém, o perverso não perdoa.
O conflito é explícito
E a guerra do início
Trazendo consigo,
Um cruel destino- Apesar de tudo o que ouvi, não pude evitar em ficar um pouco mais com a pouca família que me restava...- o garoto dizia tudo calmamente.- Eu sinto muito Apuh...
O ruivo nada dizia, pois sua mente estava em um constante colapso com tudo o que ouvirá da boca do esverdeado.-Eu não quero causar mais problemas...- ao dizer tal frase, o mais novo se retirou, deixando o lugar em um completo silêncio , enquanto o ômega ruivo estava ali, estático.
De repente, pode-se ouvir um estrondo, ruivo desabara, deixando as forças se esvairem de seu corpo e cair sobre as próprias pernas, levado por lágrimas estridentes, que seriam capazes de magoar até a última alma presente.
Rapidamente, Lg correu até o ruivo, abaixando-se à sua frente e abrigando o ruivo em seus braços.
Uma inútil tentativa de confortar o outro.-Docinho, tenha calma, vamos resolver tudo...- mas as palavras do moreno não conseguiam chegar ao ouvido de Apuh, porém ele sabia que havia alguém o abraçando fortemente, e tal coisa o fazia chorar cada vez mais.
Não se sabia quando ou como, mas as lágrimas do ruivo cessaram, enquanto ambos permaneciam ali, envoltos na bolha que eles criaram somente para si mesmos.
Estáticos.
Tentando incessantemente afugentar as dores um do outro.- Lg...?- o ruivo chamou quase em sussurros pelo maior.
-Sim?-
-Eu quero ir até lá...- aquelas palavras atordoaram o alfa, que há minutos não ouvia algo sair da boca de seu ômega.
-Docinho, eu não acho que isso seja uma boa id-
-Eu estou pouco me fodendo se é uma boa ideia, aquele reino é meu, caralho!- ligeiramente o moreno arregalou os olhos com a força que saía da boca de Apuh, enquanto o mesmo se levantara para gritar.
“Parece que meu garoto está de volta", o alfa pensara, enquanto fitava o ruivo em pé, com um sorriso nos lábios.-Tudo bem, então...- o moreno por fim disse- vamos arrumar nossas coisas então, docinho...
Com um olhar determinado, Apuh se virou e seguiu para o quarto, enquanto o alfa falava às empregadas para que preparassem uma bolsa com alimentos para a viagem de ambos.
Após uma hora, ambos já estavam prontos em frente aos portões do palácio de Lichenya, enquanto a brisa fria batia em seus rostos. Logo, o ruivo deixou escapar um suspiro, mas não pensando em desistir, começou a caminhar juntamente ao moreno.
O caminho até lá fora pouco barulhento, nenhum dos dois se atrevia a dizer algo, exceto por Lg que às vezes jogava cantadas descaradas para o ruivo, algo que o deixava corado constantemente.
Aos poucos, o ruivo reconhecia algumas das coisas que levavam ao começo do reino, porém nada o preparou para o que vira em seguida. O reino antes tão colorido pelas flores e árvores, agora estava desértico e sem vida, algo que o garoto tanto adorava em seu lar.
As lágrimas ameaçavam descer novamente, fazendo seus olhos arderem, mas o ruivo não permitiu que às mesmas descessem suas bochechas, respirando fundo e seguindo em frente. Enquanto Lg, que observava tudo curiosamente, seguia o outro de forma atrapalhada.
Logo, já era possível avistar o palácio de Ameritya, mas outra vez o reino em péssimas condições chamou a atenção do mais novo, o vilarejo antes tão alegre agora estava deserto e as casas pareciam muito bem trancadas.
-Olá?- o ruivo chamou por alguém em voz alta, e pouco a pouco olhos curiosos porém desconfiados deixavam as janelas das casas que ali haviam.
Ao verem o rosto de seu amado herdeiro novamente, os moradores do lugar logo saíram de todos os lugares, com um sorriso esperançoso, algo que certamente não davam a algum tempo. Mas, pela primeira vez em meses, os Amerityanos viram no ruivo uma esperança para que a felicidade voltasse a florescer, assim todos o cumprimentavam.
Mas, a alegria durou pouco, e logo o guarda que patrulhava a área para garantir a ordem de reino, chegou:
- Ei vocês...- o guarda berrou- o que pensa que estão fazendo aqui fora!? O rei proibiu expressamente a entrada de forasteiros.
- Pois então...- o ruivo começou em um tom autoritário- vá e diga aí rei que o herdeiro está aqui.- o homem em cima do cavalo estremecer a ao ouvir a palavra " herdeiro" mas seguiu para o castelo para avisar o rei, dando espaço novamente para a felicidade dos moradores do vilarejo.
Pouco tempo se passara, e o guarda que antes deixará o lugar voltou, trazendo consigo outros dois homens, robustos pelo que parecia ser resultados de árduos anos de treinamento.-Aí!- o homem berrou novamente para o ruivo- o rei quer vê-lo.
O ruivo não se pronunciara sobre tal coisa, apenas seguindo os guardas no caminho ao palácio que tanto conhecia, enquanto os moradores voltavam rapidamente para suas casas.
Aos poucos, a colina até o lugar parecia cada vez mais longa, prolongando a tensão que corria nas veias de Apuh, deixando-o temeroso.
Logo, o casal se vira em frente as grandes portas do castelo do reino, enquanto outros dois soldados tratavam de abri-lo, o ruivo sentia o estômago embrulhar-se e, por um segundo, ao adentrar a sala do trono onde o novo rei residia, o ômega pensou ter um vislumbre do reino em ruínas, enquanto o homem a sua frente ria de forma impiedosa.- Então... Apuh, não é?- o acastanhado chamou pelo ruivo, desprendendo-o de seus devaneios- ao que devo a honra de ter o tão fracassado antigo herdeiro vir ao meu encontro?
Naquele momento, a raiva ascendeu no olhar do mais novo, e ao percebê-lo, Lg logo tomou a frente para evitar que o marido causasse algum problema, antes que complicasse ainda mais a atual situação.
- Viemos até aqui para conversar com a corte, se não se importar.- o alfa disse e, então um riso ecoou pelo lugar.
- Por favor estamos entre amigos, não é preciso do conselho para qualquer que seja o assunto.- a fala do acastanhado fez o moreno posicionar Apuh atrás de si.
- Vamos diretamente ao assunto, Juliano...- o moreno estava receoso em dizer o nome do outro mas mesmo assim o fez- nós viemos aqui para negociar, este trono é por direito de meu marido, e tanto eu como ele, o queremos de volta.- tal frase fez outra risada e ecoar.
- Vamos concordar que foi o seu "maridinho" que não cumpriu com os deveres dele, não é?- aquilo fez o alfa ranger os dentes brevemente, logo retomando a calma.
- Não procuramos problemas, só queremos o que é dele por direito.
- Eu jamais pensaria que querem problemas comigo...- em seu rosto residia um sorriso cínico- mas se não quisessem um, não estariam aqui.- logo, Lg formou um rosto sério.
- Acredito que você também não deseja problemas, então façamos o seguinte, você irá renunciar o título de rei e não sai ferido, boa oferta não?
- Você pode até tentar me tirar daqui, mas não será tão fácil, seu monstro híbrido.
- Então é isso, quer guerra?
Estamos em guerra...
Continua.................
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Bound to Fall in Love
RomansaUm lindo príncipe ômega ruivo, sonho de qualquer alfa, herdeiro do trono do reino de Ameritya, conhecido por sua amabilidade e felicidade constante, porém que travava uma guerra de anos com o famoso reino de Lichenya, conhecido por sua brutalidade p...