Bound to Fall in Love

Capítulo X

Ele sabia do ódio que supria.

Mas por um momento,

Ele desejou não saber.

Desejou não ter o sangue em suas mãos,

Para não matar seu amado por dentro.

Mas sua mente o enganara,

E, com a dor das lágrimas.

O sangue correu por suas mãos gélidas.

       Tão poucas lembranças e, ainda assim ele se permitia suspirar, mas os suspiros logo foram trocados por um sorriso triunfante se alargando no rosto anguloso do alfa.
       E, certamente o moreno se permitiria abusar da ironia disposta à seu favor, usando da mesma estratégia, subir pela janela do ex príncipe para infiltrar-se no grande palácio, os reinantes de tal reino poderiam ser mais amáveis, mas certamente não seriam mais fortes ou até mesmo inteligentes, pois mesmo após o sequestro de seu querido herdeiro, a guarda não tratara de reforçar a segurança da floresta pela qual poderia se acessar facilmente o antigo quarto de Apuh.

       Rapidamente, o moreno sinalizou para o acastanhado, que se encontrava alguns metros atrás de si, enquanto o mascarado fazia o mesmo com os guardas próximos a si, que agora se encontravam em quantidade bem maior.

Com a breve ajuda de alguns de seus guardas, o alfa se encontrava de volta ao quarto, onde certa vez teve a sorte de encontrar seu ruivo sobre a cama, e sem se importar com quaisquer outras presenças no quarto o moreno se debruçou sobre a cama, sentindo levemente o cheiro do ruivo nos lençóis intocáveis desde o dia do sequestro, mas ao perceber o que fazia, o alfa se levantou drasticamente.
Ele não se deixaria levar.
O ruivo não estava ali.

       Porém, diferente da última vez em frente a grande porta do cômodo, não haviam guardas então, ligeiramente o alfa verificou o corredor ao lado de fora do quarto, e ao não avistar ninguém próximo, voltou até a janela e sinalizou novamente à Phantom que aguardava um sinal do alfa, para que alguns de seus homens adentrassem consigo para ajudar em qualquer possível batalha que ocorresse dentro do castelo, enquanto os outros garantissem a vitória ao lado de fora, prezando por um fuga segura.

       Com poucas dificuldades, Phantom e alguns guardas já se encontravam junto ao moreno:

-Uau...-Phantom sussurrou impressionado enquanto, Lg lhe dirigia o olhar rapidamente.- então foi aqui que seu ômega cresceu, cheira à...- o acastanhado cheirou brevemente o lugar.-simpatia e amabilidade, eca.- o homem brincou soltando risos baixos, enquanto o rei se permitia soltar breves sorrisos.

-Pode até parecer nojento, mas devo admitir que os pais dele fizeram um bom trabalho.

-Como assim?- o mascarado o encarou confuso.

-Em criá-lo, apesar de terem sido cruéis pra cacete, eles o criaram com amor, diferente do meu pai, que me forçou a ser "forte" desde o começo.

-Mas isso não é bom? Ser forte?- o outro perguntou.

-Talvez, mas eu gostaria de ter recebido carinho, o amor incondicional de minha mãe, mas ao invés disso eu apenas recebi um pai insensível e uma mãe morta...- o moreno soltou o ar pesadamente- mas nós não viemos aqui para isso.

-Certeza?-o amigo colocou a mão no ombro do outro, esperando pela desistência do alfa.

-Chegamos aqui por um motivo...- ele disse friamente, apertando a mão sobre o próprio peitoral, tentando ocultar o próprio coração- e eu cumprirei minha promessa.