CAOS. Era uma palavra que definia bem a minha vida nos últimos tempos, não consigo mais focar em absolutamente nada. Não consigo mais me concentrar como eu fazia antes, tudo pelo motivo de eu ser um babaca insensível, que pouco se importou com a mulher que eu dizia amar, e mesmo assim agi como se ela não fosse o meu mundo. o tempo tem passado e eu só tenho me afundado mais. Não consigo sair do buraco em que eu mesmo me enfiei.
Isso afetou até o meu rendimento, Abel já chamou minha atenção diversas vezes, e infelizmente ele está certo. Afundei-me em uma ilusão de outro mundo.
- terapia Richard, eu já te indiquei um bom. - Gaby fala enquanto me entrega a caneca de café - não pode se deixar assim.
- mas, eu não sei se vou conseguir falar com alguém Gaby - suspiro logo após dar um longo gole no café
- você já testou? - nego com a cabeça - então pronto, só vai saber se testar.
É, o pior é que ela realmente está certa. Não posso dizer que não vai dar certo se eu não testei.
- tudo bem Gaby. - dou um suspiro longo e olho para a caneca - vou marcar um horário.
- tenho certeza que vai ser a melhor coisa que você vai fazer por você Richard. - fala sorrindo e eu forço um sorriso
- obrigado por me ouvir Gaby, sabe tem doído tanto. - falo concentrado na caneca de café em minha mão
- sempre estou aqui para vocês ! - fala sorrindo e eu finalmente consigo olhar diretamente para ela
- Endrick é um rapaz de sorte. Você é uma grande querida! - falo dando um sorriso simpático para ela
- tento ao máximo. De hate já basta o que eu tomo nas redes sociais. - fala em um tom engraçado e eu solto uma risada
- é só porque não tiveram a oportunidade de te conhecer, pode ter certeza. - falo e ela suspira
- já não me importo mais. Eu estou feliz e ele também, então não me afeta. - fala se levantando e consigo escutar barulho da porta - amor, que bom que chegou
- estou esgotado loira, sério mesmo. - fala logo após dar um beijo na loira. - oi Richard, não sabia que estaria aqui
- se atendesse uma das minha cinquenta ligações, você saberia - falo num tom irônico e ele da uma risada
- tem razão, eu nem vi suas ligações. - fala colocando a bolsa por cima da mesa
- a Gaby me ofereceu uma xícara de café e uma psicóloga - falo brincando e ele da uma risada alta
- deveria ter oferecido um psiquiatra, teu caso não é mais psicólogo não.
- que amigão você ! - falo num tom divertido e recebo uma camiseta sendo jogada na minha cara - ai caralho
- fica quieto um pouco colombiano, tá sugando todo o nosso ar - fala rindo e eu o olho incrédulo
- meu Deus, duas crianças? - Gaby fala rindo e eu a encaro
Endrick abraça ela e manda um beijo debochado para mim, o que me faz revirar os olhos. Termino de tomar a minha caneca de café e me levanto devagar da cadeira pegando o meu celular e guardando no bolso. Detesto invandir a privacidade dos outros, então sei quando é o momento de sair de cena.
Me despeço dos dois e saio do apartamento de Gaby sem rumo algum. Já fazia algumas semanas que eu não tinha notícias de Alicia, e isso me matava muito. Não conseguia mais lidar com a distância em que nós nos colocamos. É sufocante está longe dela, e eu só percebi isso agora. Sou um babaca !
Paro na frente do prédio dela, já era rotina, vinha aqui quase todos os dias na esperança de sei la o que. Sempre fico uns quinze minutos apenas observando o movimento, talvez com um pouco de esperança que eu consiga a ver saindo ou entrando no prédio.
Sempre mantenho distância dela, sei como fui ruim com ela e com as minhas atitudes, não consigo nem dormir as vezes por conta disso. Olho para a tela do meu celular que tinha o nome de Piquerez nela, eu decido apenas ignorar a chamada.
Observei o celular até a chamada cair na caixa postal e tomo susto ao ouvir uma batida no vidro da janela do passageiro.
Não poderia ser. Eu devo está delirando.
Abaixo o vidro respirando fundo e criando coragem para encarar Alicia.
- queria saber quando você vai parar de estacionar na frente do meu prédio todos os dias. - fala nun tom divertido mas sua expressão continua séria
- então você sabia? - falo me encostando no banco outra vez
- e quem não saberia? Você é o único em um raio de 30km com uma bmw azul titânio. - fala e abre a porta entrando no carro
- deveria ter pegado um mais simples né? - brinco e ela da uma risada
- o porteiro já estava pronto para chamar a polícia, sua sorte é que eu reconheci a placa e o modelo do carro.
- salvadora da pátria você - falo brincando
- o que você faz aqui nas últimas três semanas? Sim, eu notei a sua presença aqui. - fala e eu permaneço em silêncio tentando formular uma resposta
- está tudo bem Richard. Eu já perdoei vocês, e já superei. - fala baixo e finalmente me olha - agora está na hora de você se perdoar.
Eu talvez não esperava por isso, essa afirmação dela. Olho para a janela segurando o choro que insistia em querer sair. Nunca imaginei que alguém tão boa esperaria que eu me perdoasse por algo que eu fiz a ela
- eu demorei pra entender que realmente não aconteceria daquele jeito. E entendi depois de um longo tempo. - pega a minha mão e faz carinho de leve
- está tudo bem chorar, isso não é uma fraqueza richa. - fala baixinho e eu começo a chorar
Ela me puxa para um abraço e eu desabo mais ainda nos braços dela, sinto a mão dela passar pelas minhas costas em forma de carinho e eu soluço
- você é um homem bom Richard, não se culpe mais por algo que você quis. - faz carinho em minhas costas novamente
- eu estou bem, pode ficar em paz agora - da um beijo no topo da minha cabeça e eu respiro fundo
Ela não era nada diferente da mulher que eu me apaixonei, totalmente bondosa e se importa mais com as dores dos outros do que a dela. Ela é uma ótima mulher ! Tenho inveja do homem que um dia a terá como mulher dele.
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Estamos chegando na reta final galera...
Eu detesto histórias longas, então não me julguem por isso.
Eu espero que não surtem muito pelo próxima passos da fanfic.