𝟬𝟯𝟳'

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𝘕ã𝘰 𝘮𝘦 𝘪𝘯𝘤𝘭𝘶𝘢 𝘯𝘰 𝘴𝘦𝘶 𝘥𝘦𝘴𝘢𝘱𝘦𝘨𝘰.

𝘕ã𝘰 𝘮𝘦 𝘪𝘯𝘤𝘭𝘶𝘢 𝘯𝘰 𝘴𝘦𝘶 𝘥𝘦𝘴𝘢𝘱𝘦𝘨𝘰

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São Paulo

Sai completamente diferente do apartamento do Richard, ele está se depredando e não pedindo a ajuda de ninguém, me senti completamente incompetente, não pude o ajudar em nenhum quesito.

Quando os meninos falaram que ele estava indo para casa, eu sai correndo para conseguir encontrar com ele antes que ele conseguisse fugir de mim novamente, e depois dessa conversa eu realmente acho que era melhor ter o deixado fugir, o caos que ele se tornou é deprimente demais.

O desapego que ele projetou é sufocante, e eu não quero ser incluída. Eu o adoro demais para ver ele nesse estado sem agir.

Estaciono meu carro na minha vaga ainda pensando sobre ele, e eu não consigo relaxar. Ele precisa de ajuda, mas jamais pediria a um de nós e isso é triste demais.

Saio do meu carro e vejo o carro de Piquerez ocupando a segunda vaga do do meu apartamento e eu suspiro.

Conversar com ele era a última coisa que eu queria após encontrar com o Richard.

Subo para o meu apartamento já pensando no que falar a ele, e eu não consegui pensar em absolutamente nada.
Abro a porta do meu apartamento e respiro fundo olhando para ele assim que entro

— amor, que bom que chegou – fala sorrindo e vem em minha direção e eu abro meus braços me rendendo a ele

Ele me abraça e eu desabo nos braços dele, ele realmente é o meu porto seguro e eu não consegui me conter.

— ele está pior do que demonstra pi – falo e ele beija o topo da minha cabeça

— eu sei, hoje ficou mais visível. – fala e suspira frustrado

— ele não quer conversar, mas eu não vou desistir de entender o que está acontecendo Piquerez. – falo e me afasto devagar passando a mão pelo rosto

— você está certa amor, precisamos ser o apoio dele mesmo que ele não peça ajuda. – faz carinho no meu cabelo e suspiro

— o que tá acontecendo? – Raphael fala entrando no meu apartamento e eu me viro encarando ele

— eu realmente preciso tirar a cópia da chave de vocês. – falo fingindo está brava e Raphael revira os olhos

— eu nem usei a chave, você largou a porta aberta jumenta. – fala me provocando e eu taco a bolsa nele — ai cara.

— era pra machucar mesmo. – falo saindo da sala correndo — sai caralho – grito assim que ele me agarra

Ele me joga por cima do ombro e eu bato na costas dele com a mão

— Raphael, me solta pelo amor de Deus – falo brava agora

— não, você foi falar com o Richard? – pergunta logo após me colocar sentada no sofá

— fui, por que caralhos você fez isso? – esbravejo e ele ri alto

— quer conversar sobre? – nego com a cabeça e ele suspira nervosamente — tudo bem entao.

— o que vocês acham de saímos hoje? – Piquerez fala tentando quebrar o clima e eu me viro para ele

— para onde? – questiono o uruguaio e ele da um sorriso

— que tal um parque? – fala sorrindo e eu ergo as sombrancelhas

— e enfrentar uma multidão de pessoas? Não, obrigada! – falo rindo e ele revira os olhos

— você sempre empata os bagulho cara. – fala bravo e Raphael gargalha ao meu lado

— vamos jantar, num restaurante legal. Se arruma bonita nena – Raphael fala e eu sorrio

— vai ser difícil pra ela viu – Piquerez fala e eu taco a almofada nele, olho de relance para Raphael que segura a risada e eu belisco eu

— vai a merda caralho – esbravejo me levantando

Vou em direção ao quarto, e fecho a porta e  sequência, mesmo sabendo que eles entrariam aqui com ela fechada ou não.

Foi somente falar para que eles abrissem a porta, olho para eles e os dois sorriem descaradamente

Apenas os ignoro e vou em direção ao banheiro para trocar de roupa. Coloco um pijama já que passaria o dia em casa e respiro aliviada por me livrar das roupas apertadas

— vocês tem que me aproveitar mesmo, pois já começo a trabalhar semana que vem, ai é tchau tchau liberdade – falo saindo do banheiro

— eu acho besteira você trabalhar, eu posso facilmente te bancar – Raphael fala sorrindo e eu reviro os olhos

— é aquele bagulho de independência financeira e bla bla bla – Piquerez fala e meus olhos quase entra para dentro da minha cabeça de tão forte que foi a revirada de olhos que eu dei

— nessas horas ela poderia ser menos feminista e aceitar ser bancada pelos dois homens que a amam – Raphael fala rindo e eu apenas os ignoro

Saio do quarto cantando e ignorando os passos logo atrás de mim

— vocês já almoçaram? – me viro para eles assim que chego na entrada da cozinha

— ela vai realmente ignorar a solução que demos para ela? – Raphael pergunta enquanto olha para Piquerez

— vai sim, ela é dessas. E sim, já almoçamos mass podemos fazer companhia a você – fala e da um sorriso presunçoso

— vão a merda quando estiverem com tempo – falo dando as costas novamente para eles e voltando a prestar atenção na cozinha

Desde ontem o cheiro de queimado está impregnado em tudo, dois cérebros juntos e nenhum conseguiu pensar em marcar o tempo e olhar o forno a cada dez minutos. O resultado foi o meu forno todo sujo de bolo e a cozinha com cheiro de queimado.

É ai que o meme faz jus, cês acham que homem pensa? Homem não pensa, só faz. Por isso na maioria das vezes da merda

— para de pensar mal da gente – Piquerez fala e eu me viro olhando incrédula para ele — isso é feio, sabia?

Solto um riso debochado e ele sorri debochado. Ele tinha essa também, de ler as minhas expressões e saber exatamente o que se passa na minha cabeça. Odeio isso, mas é tão bonitinho ele me conhecer como ninguém.

Irei deixar algumas pontas soltas para vocês se morderem de curiosidade 👻

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Irei deixar algumas pontas soltas para vocês se morderem de curiosidade 👻

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