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São Paulo
CARÊNCIA Necessidade de alguma coisa básica; falta, privação.
Eu voltei finalmente a trabalhar, não pelo Palmeiras, já que Leila bateu o pé dizendo que não me queria mais por perto, já que eu tive a coragem de me envolver com seus jogadores. Eu definitivamente não me importei com essa decisão, por mim ela que se exploda!
Quando eu recebi a proposta do São Paulo, senti meu coração explodir de felicidade, no fundo eu sempre torcia para eles conseguirem me notar. Estou em paz, trabalhando bem pelo São Paulo, mesmo sendo considerada "traidora" por alguns Palmeirenses, enquanto a torcida tricolor me abraçou.
Abro a porta do meu apartamento respirando fundo, o dia foi cansativo, já que a lista de jogadores no departamento médico é enorme. O time para ter lesionados. Estamos trabalhando o mais rápido possível para que eles consigam voltar o quanto antes.
Adentro o meu apartamento, e coloco as chaves e a bolsa sob a mesa de canto. Me viro indo em direção ao quarto quanto escuto um barulho na cozinha. Travo na mesma hora e não consigo raciocinar muito, meu subconsciente fala para não ir até o barulho, mas meu corpo segue o caminho até o barulho.
— que porra é essa? – falo assim que consigo visualizar de onde veio o barulho
Piquerez e Raphael Veiga NA MINHA COZINHA, DE BOA. Que saco, por que parece que eu sou a última a saber das coisas? Eles já voltaram a ser bests e vieram atormentar a minha vida?
— porra, eu vou tirar a chave de você ! Quase morri – esbravejo o vendo rir e vindo até mim
— estávamos fazendo uma surpresa para você – fala e me da um leve beijo no topo da cabeça
— foi ideia dele, se quiser matar alguém. – Raphael fala e eu não consigo conter a risada
— pera, vocês estão aprontando o que na minha cozinha e por qual motivo esse cheiro de queimado? – falo olhando para o forno e vendo a fumaça mais escura sair fo forno
— PUTA MERDA RAPHAEL – Piquerez grita e sai correndo pra desligar o forno
— Jesus, eu não quero nem ver isso. – falo dando as costas e seguindo rumo ao meu quarto.
Fecho a porta ainda escutando os dois colocando a culpa um no outro por causa da tal surpresa queimada na minha cozinha. Aproveito para tomar um banho e relaxar, passei um longo tempo no banho. Sai do quarto enxugando meu cabelo ainda quando dou de cara com Piquerez e Raphael no corredor.
— droga, tinha até esquecido de vocês. – falo passando a mão pelo peito simulando um susto e vejo Raphael revirar os olhos
— esquecido de nós, nena? Poxa – Raphael fala e eu reviro os olhos ignorando eles e seguindo para a cozinha ver o estrago que eles fizeram
Passo pela porta da cozinha e me surpreendo a ver tudo limpo e ajeitado, vejo um bolo de chocolate, matcha e café espresso, ainda acompanhado de um buquê e uma caixa de presente.
— o que é isso? – falo alto para que eles possam me escutar e me viro vendo eles parados na porta
— é para você amor – Piquerez fala e da um sorriso convencido
— lógico que é né, sou a única aqui – rebato e eles reviram os olhos, solto um riso baixo e me aproximo mais da bancada para analisar melhor
— vocês são fofinhos quando querem. Estão carentes? - provoco pegando o buquê de tulipas e cheirando
— é nosso pedido de reconciliação – Raphael fala e é inevitável não olhar surpresa para eles
— sim princesa, isso mesmo. – Piquerez fala sorriso
— o que a carência não faz, né? – brinco pegando o copo de matcha e dando um longo gole em sequência
— que carência o que vagabunda – Piquerez esbraveja e eu solto uma risada — eu te amo princesa
— um fofo você gringo, um fofo! – debocho enquanto me sento admirando o bolo — não tá envenenado não né? – olho para eles por cima do ombro enquanto corto um pedaço e coloco no prato
— não está, vamos comer tranquilo – Raphael fala se sentando ao meu lado direito e Piquerez ao esquerdo
Sirvo um pedaço de bolo para ambos e começo a comer quieta aproveitando o momento.
Está na companhia deles sempre foi reconfortante, eu sempre disse a eles, mesmo que eles nunca falassem o mesmo.
Me sinto abraçada, não só no sentido físico, no sentido emocional também. Eles se tornaram meu porto seguro, e ver eles brigados acabou comigo. Pois éramos um conjunto, uma só carne.
Ainda sinto saudades do Richard, ele tem se distanciado a cada dia mais e eu não consigo entender. Achei que nossa reconciliação no dia do carro o traria mais para perto mas só o afastou.
Vive indo e vindo da Colômbia, não se abre mais com ninguém, vive calado e nunca de enturma nos assuntos. Ele mudou demais nos últimos meses e isso é tão perceptível, queria que ele se abrisse comigo, queria entender o porquê de tudo.
Termino de comer e percebo que estava alheia a conversa dos dois, pois assim que voltei a realidade ouvi os dois chamando por mim. Me levanto devagar ainda tentando afastar os pensamentos sobre o Richard, mas não consigo.
— está bem Alicia? – Piquerez pergunta segurando minha mão e eu olho sorrindo para ele
Apenas aceno com a cabeça em concordância e me afasto ajeitando a postura
— só estou cansada, acho que vou ir me deitar. – falo e respiro fundo
— nós vamos embora para te deixar descansar então. - Raphael fala calmo enquanto coloca a louça suja na lava louça
— n-não – falo baixo e eles me olham — será que vocês podem ficar comigo?
Eles se entre olham logo após a minha fala, e um silêncio de apenas um momento, pois ambos sorriem após o silêncio
— vou só ajeitar aqui a cozinha e já vou deitar com você – Raphael fala sorrindo e eu aceno com a cabeça
Saio da cozinha e sigo em direção ao quarto suspirando. Eu preciso deitar com eles mas do que eles precisam se deitar comigo.
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A reta final chegou !!!
Terça sai o último capítulo dessa saga linda e espero que gostem 🥹❤️
