CAPÍTULO 01

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O acidente - 🥀

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O acidente - 🥀

O vento rugia implacável, e a chuva caía em torrentes, aumentando a cada segundo

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O vento rugia implacável, e a chuva caía em torrentes, aumentando a cada segundo. A tempestade impiedosa açoitou a carruagem, que balançava violentamente, oscilando perigosamente enquanto lutava contra o furor da natureza.

Penelope, agarrada com força ao lado de sua criada, sentia o corpo sendo sacudido a cada solavanco. Elas estavam a caminho da casa de campo dos Featherington, uma jornada necessária, já que sua mãe e suas irmãs haviam decidido ir antes para evitar a infecção de uma virose que assolava Penelope. A preocupação com a saúde delas era tão grande que preferiram adiar a viagem de Penelope, para a segurança delas.

Enquanto a carruagem balançava descontrolada, Penelope sufocou um grito ao ouvir um estrondo ensurdecedor, seguido pelo som de algo quebrando. O barulho era tão forte que parecia penetrar até os ossos. Os cavalos relinchavam com desespero, seus sons agudos misturando-se ao caos ao redor.

Penelope, lutando contra a fúria da tempestade, olhou pela janela em um esforço desesperado para entender o que estava acontecendo. O cenário que se desdobrava diante de seus olhos era aterrorizante. Uma árvore, que o vento parecia ter arrancado do solo, se partia ao meio e caía na direção da carruagem. A visão da árvore despencando ameaçadoramente provocou um grito involuntário de Penelope.

Os cavalos, em um frenesi de pânico, tentaram se soltar das amarras e fugir do perigo iminente. O esforço para controlar a situação parecia inútil. A carruagem fez uma virada abrupta, e a sensação de perda de controle tomou conta de Penelope. O mundo ao seu redor girava, a visão se tornava turva e confusa. A última coisa que ela viu foi a escuridão engolindo tudo, sem conseguir distinguir mais nada.

O som do estrondo final foi abafado pela tempestade que continuava seu furor implacável. A última coisa que Penelope sentiu foi um frio cortante, e a consciência se desvanecia à medida que a carruagem tombava, imersa na fúria da tempestade que parecia não ter fim.

***

A escuridão se fechou ao redor da ruiva, como se a tempestade tivesse engolido não apenas a carruagem, mas também suas esperanças. Quando finalmente despertou, o som da chuva era mais distante, quase um sussurro, e um frio profundo penetrava suas roupas encharcadas.

Tentando se lembrar do que havia acontecido, ela abriu os olhos lentamente. A luz fraca da manhã filtrava-se por entre as nuvens pesadas, revelando o caos ao seu redor. A carruagem estava de lado, seus veículos tombados e as rodas quebradas. O cheiro de madeira e terra molhada invadia suas narinas.

Penelope moveu-se lentamente, sentindo dores agudas pelo corpo. Olhando ao redor, não viu sua criada. A angústia a invadiu. "Rae!" gritou, a voz falhando. Nenhuma resposta. O silêncio do local era opressivo, quebrado apenas pelo eco distante da tempestade que se afastava.

Com esforço, Penelope se arrastou até a porta da carruagem e a empurrou. A saída era estreita e repleta de destroços. Quando finalmente conseguiu se libertar, foi recebida por um cenário desolador: árvores caídas, galhos espalhados e uma estrada que parecia irreconhecível. O pânico a dominou ao perceber que estava sozinha.

Determinada a encontrar Rae, ela começou a andar, seus pés descalços sentindo a lama fria. A cada passo, a preocupação crescia. O mundo estava envolto em um silêncio inquietante, e a única companhia era o farfalhar das folhas e o farpado do vento que ainda persistia.

Após alguns minutos de busca, Penelope avistou uma figura caída entre os detritos. Com o coração acelerado, correu até lá, reconhecendo a silhueta familiar de sua criada. Rae estava deitada, pálida e imóvel. O desespero a tomou, e ela se ajoelhou ao lado da amiga.

- Rae! Por favor, acorde! - Penelope implorou, sacudindo-a levemente.

Após alguns momentos que pareceram uma eternidade, os olhos de Rae se abriram lentamente, focando em Penelope. Uma expressão de alívio cruzou seu rosto, mas logo foi substituída pela dor.

- Senhorita Penelope... - ela murmurou, tentando se levantar. - O que aconteceu?

- A tempestade... a carruagem tombou. O cocheiro sumiu. Precisamos sair daqui! - respondeu Penelope, ajudando-a a se apoiar.

Elas tentaram se erguer, mas as pernas de Rae estavam fracas. Penelope a sustentou, decidida a levar sua criada para um lugar seguro. Juntas, começaram a caminhar em direção a um casarão que avistaram ao longe, seus corações cheios de esperança em meio ao caos.

Após uma caminhada extenuante, Penelope e Rae se aproximaram do imponente casarão ao longe, parcialmente oculto pela neblina que ainda pairava no ar. As janelas, emolduradas por cortinas escuras e sedosas, pareciam observá-las com olhos curiosos. O lugar exalava um ar sombrio, mas era sua única esperança.

Penelope bateu na porta e aguardou alguns momentos. Logo, um mordomo de expressão severa abriu a porta, avaliando-as de cima a baixo.

- Com licença, senhor, precisamos de ajuda. Sofremos um acidente; nossa carruagem está destruída e estamos machucadas - pediu Penelope, a voz trêmula.

- Aqui não fazemos caridade! - rosnou o homem, começando a fechar a porta.

A ruiva pressionou a porta com a mão, determinada a não ser rejeitada.

- O senhor não tem um pingo de sensibilidade? Não tem sentimentos? - questionou, elevando a voz, enquanto a irritação a fazia sentir-se tonta.

- Senhorita, é melhor irmos embora. - sugeriu Rae, olhando preocupada para a amiga.

- Não, Rae! Ele vai ter que nos ajudar! Eu não sou uma mendiga, seu tolo! Sou Penelope Featherington! - exclamou, a raiva quase a fazendo desmaiar.

- Olhe aqui, senhorita...

- Srta. Penelope, está tudo bem? - perguntou uma criada, notando a palidez da jovem.

- Quem está aí, Hermes? - uma voz grossa e arrastada ecoou do interior da mansão.

Penelope viu o mordomo empalidecer. A última coisa que percebeu foi uma sombra imponente se aproximando, antes de tudo escurecer.

 A última coisa que percebeu foi uma sombra imponente se aproximando, antes de tudo escurecer

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BRIDGERTON - 🥀

THE LIGHT IN THE FIRE - POLINOnde histórias criam vida. Descubra agora