dama e o Vagabundo

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S/n vivia uma vida confortável em um bairro nobre, cercada pelo luxo e pela expectativa de perfeição. Ela sempre foi educada para seguir as regras e manter as aparências. Filha única de uma família rica, ela era o orgulho de seus pais, sempre impecável e educada, mas, no fundo, S/n se sentia presa. As festas da alta sociedade, as conversas superficiais e o controle rigoroso sobre suas escolhas a sufocavam.

Rodrick, por outro lado, levava uma vida completamente diferente. Ele era um espírito livre, morador de um bairro mais humilde, onde não seguia regras, nem se preocupava com as aparências. Rodrick era conhecido por ser um “bad boy” no bairro, sempre arranjando confusão, mas com um coração gentil que poucos viam. Ele preferia a liberdade das ruas, andando de skate, fazendo amigos por onde passava, e vivendo cada dia como se fosse o último.

O destino dos dois se cruza quando S/n decide, numa noite de frustração, sair para caminhar sozinha pelas ruas da cidade. Ela já não suportava a pressão de sempre ser perfeita e queria, por um momento, sentir como era ter liberdade. Rodrick estava naquela mesma noite andando de skate pelas ruas desertas, quando, ao virar uma esquina, quase tromba com S/n, que distraída olhava as vitrines.

— Cuidado, princesa, tá meio distraída, hein? — disse Rodrick, sorrindo com um toque de sarcasmo.

— Não sou princesa, e você não devia estar andando de skate por aqui a essa hora — respondeu S/n, claramente irritada, mas curiosa com a ousadia daquele garoto.

Rodrick parou e olhou para ela com mais atenção. Ela era claramente de um mundo diferente, mas algo em seu olhar a traía. Havia um cansaço, uma vontade de escapar que ele conhecia bem.

— E por que uma garota como você está aqui, sozinha, a essa hora? — perguntou, desafiador, mas com um tom suave.

— Porque... às vezes, eu só quero fugir de tudo isso — confessou S/n, sem perceber que estava se abrindo para um completo estranho.

Rodrick, intrigado, decidiu acompanhá-la pela noite. Eles caminharam juntos pelas ruas da cidade, conversando sobre suas vidas tão diferentes. S/n começou a se abrir mais, revelando o quanto a pressão de sua família a sufocava, enquanto Rodrick contava sobre sua vida livre, mas solitária.

— Você acha que liberdade é tudo? — perguntou ela, enquanto olhava para as estrelas.

— Não sei se é tudo, mas é o que me mantém vivo — respondeu ele, com um sorriso sincero. — E você, Dama? O que te mantém viva?

— Acho que eu ainda não descobri — respondeu S/n, desviando o olhar.

Ao longo dos dias que seguiram, eles começaram a se encontrar mais vezes, cada vez se conhecendo melhor. Rodrick mostrava a S/n o lado da vida que ela nunca conheceu, cheio de simplicidade, mas também de alegria genuína. Ele a levava para ver o pôr do sol na parte mais alta da cidade, a andar de skate, a sentir a brisa da liberdade que tanto lhe faltava. Em troca, S/n o ensinava a valorizar coisas que ele nunca tinha percebido, como o prazer de uma boa conversa ou um momento de silêncio compartilhado.

Apesar de todos os obstáculos — a diferença de suas vidas, os olhares julgadores da sociedade, e até a resistência dos pais de S/n quando descobriram sobre Rodrick — os dois não conseguiam ficar longe um do outro. Eles eram como dois opostos que se completavam.

Em uma noite especial, Rodrick a levou para um pequeno restaurante no bairro dele, onde serviam uma massa incrível. Eles dividiram um prato de espaguete, e, sem perceber, acabaram comendo o mesmo fio de macarrão, o que fez com que seus rostos se aproximassem e seus lábios se tocassem levemente. S/n corou, enquanto Rodrick apenas riu.

— Não sabia que você corava, Dama — provocou ele, enquanto S/n ria com a espontaneidade da situação.

— Você tem esse jeito de fazer tudo parecer tão... simples — respondeu ela, sorrindo, deixando-se levar pelo momento.

Ao longo do tempo, o relacionamento dos dois se fortaleceu. Rodrick mostrou a S/n o valor da liberdade e da autenticidade, enquanto ela o ajudou a ver que, às vezes, é preciso permitir que alguém entre em sua vida, mesmo quando se está acostumado a viver sozinho.

No fim, apesar de todas as diferenças e desafios, eles provaram que o amor verdadeiro não conhece barreiras, seja de classe, de estilo de vida ou de expectativas. Juntos, S/n e Rodrick encontraram um equilíbrio perfeito entre liberdade e amor, vivendo uma vida que, embora imperfeita aos olhos de muitos, era exatamente o que eles precisavam

𝑰𝒎𝒂𝒈𝒊𝒏𝒆𝒔/𝑹𝒐𝒅𝒓𝒊𝒄𝒌 ENCERRADOOnde histórias criam vida. Descubra agora