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✩ Boa leitura! ✩
Taehyung não sabia se estava fazendo o certo. Quem visse de fora a situação, concordaria que o certo era fazer queixa de Seung-ho ao diretor da faculdade. Entretanto, saber que este poderia espalhar por todo lado que era trans, algo que tentava esconder dos desconhecidos, ainda o atormentava.
Por isso, ainda refletia se deveria bater à porta diante de si, que tinha três palavras exaltadas em dourado: sala do diretor.
As suas mãos suavam dentro dos bolsos do casaco, tal como tremiam, transparecendo o seu nervosismo. Não tinha falado com ninguém sobre aquilo. Aliás, não tinha conversado com alguém no geral.
Depois que apanhou o ônibus, Jungkook foi a única pessoa que realmente tinha tido uma verdadeira conversa. Ao chegar a casa, apenas respondeu com monossílabos às perguntas dos pais e do irmão mais velho. Evitou qualquer aprofundamento de diálogo que pudesse acontecer, seja ele de qual assunto fosse.
Sentiu-se mal quando viu que tinha mensagens de Jimin, perguntando se ele queria conversar, se estava bem, e que ele poderia contar-lhe qualquer coisa. Não conseguiu responder e até agora, Park estava no vácuo.
Taehyung sentia que se começasse a falar, não conseguiria parar até desabafar sobre tudo o que tinha vontade.
ㅡ Pense bem. ㅡ Seung-ho apareceu atrás do Kim, que se virou no mesmo segundo. ㅡ Fiquei à espera que me mandasse mensagem.
No dia anterior, apercebeu-se que aquele homem alto, tinha deixado um bilhete com o seu número, para que pudesse lhe enviar uma mensagem. Essa mensagem, que estava pendente até àquele instante.
ㅡ Me deixe em paz. ㅡ Murmurou, desviando o olhar do outro, que segurou o seu braço, no mesmo local de ontem.
Ao chegar a casa e erguer a manga da blusa que vestia, Taehyung viu claramente o hematoma negro em volta da pele, que era acompanhado por cortes superficiais, pelas unhas que tinham sido espatadas igualmente. Então, ao sentir o seu braço ser tocado naquele local, foi impossível não sentir uma dor aguda, e arfar em resposta.
ㅡ Você é assanhada, não é? ㅡ Sussurrou no seu ouvido, cruelmente, e Taehyung quis gritar por estar sendo tratado no feminino. ㅡ Eu tenho você na palma minha mão. Se eu fosse você, tomava cuidado para não me irritar.
ㅡ Eu vou gritar se não me largar. ㅡ Ameaçou, travando o maxilar, sem o encarar.
A raiva que sentia, não estava escrita. O pequeno bullying que já tinha experienciado, não se comprava com aquele. Taehyung já tinha noção que Seung-ho não teria pudor em evitar bater-lhe, tendo em conta o hematoma que já tinha sido provocado em seu corpo.
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Noite Estrelada | jjk + kth
Romance[EM ANDAMENTO] No auge dos seus trinta e um anos, Jeon Jungkook, tinha uma vida relativamente estável, com o seu filho autista de apenas dez anos e com o seu emprego ㅡ professor de pintura numa universidade ㅡ, o que nem sempre foi assim. Felizmente...