Acordei lentamente com a luz suave da manhã filtrando pelas cortinas do quarto. O corpo de Chan ainda estava junto ao meu, seu braço firmemente envolvido em minha cintura, como se, mesmo dormindo, ele temesse me deixar ir.
Olhei para ele, os cabelos desgrenhados e a respiração calma, e me peguei sorrindo. Era difícil acreditar no quanto quase perdi tudo isso por medo e insegurança. Ele parecia tão pacífico agora, alheio a toda a turbulência que passamos na noite anterior. Ver Chan assim, em um momento de pura vulnerabilidade, me lembrava do quanto ele significava para mim.
Eu deslizei delicadamente do abraço dele, tentando não acordá-lo, e me sentei na beira da cama. Sentia como se um peso tivesse sido tirado dos meus ombros, mas ao mesmo tempo, sabia que as decisões que tomamos ainda trariam desafios.
Levantei-me em silêncio e fui até o espelho, observando meu reflexo. Meus olhos estavam um pouco inchados pelas lágrimas, mas, de certa forma, eu parecia mais leve. Enquanto prendia o cabelo, ouvi Chan se mexendo atrás de mim.
Chan: Bom dia… — Ele murmurou, a voz ainda rouca de sono.
— Bom dia, Channie. — Respondi, sorrindo enquanto me virava para ele.
Chan se sentou na cama, esfregando os olhos antes de me olhar com um sorriso suave. Ele parecia mais tranquilo, mas ainda havia um brilho de preocupação em seu olhar, como se ele quisesse se certificar de que eu ainda estava ali, que não havia mudado de ideia.
Chan: Você... tá bem? — Ele perguntou, a voz ainda baixa, mas com um tom de cuidado que me tocou profundamente.
— Estou. — Assenti, caminhando de volta para perto dele. — E você?
Ele respirou fundo, olhando nos meus olhos por um momento antes de abrir um sorriso genuíno.
Chan: Agora estou. — Ele estendeu a mão, e eu a segurei, sentindo o calor reconfortante do seu toque. — Eu tava com medo de acordar e você ter mudado de ideia.
Me sentei ao lado dele na cama, segurando sua mão firme.
— Eu não vou a lugar nenhum, Chan. Prometi, lembra?
Ele sorriu, puxando-me suavemente para o seu colo. Seus braços me envolveram novamente, e senti seu peito subir e descer lentamente, como se o contato físico fosse a garantia de que estávamos juntos.
Chan: Obrigado por não desistir da gente. — Ele sussurrou contra o meu pescoço, e eu senti seu abraço se apertar um pouco mais.
Ficamos ali em silêncio por mais alguns minutos, aproveitando o momento tranquilo antes que o mundo lá fora exigisse nossa atenção. Mas, por mais que quiséssemos prolongar aquele instante, sabíamos que o dia já tinha começado e que tínhamos responsabilidades a cumprir.
— Você vai ter ensaio hoje, né? — Perguntei, afastando-me apenas o suficiente para olhar para ele.
Chan: Sim... — Ele suspirou, parecendo meio relutante. — Mas eu posso remarcar, se você quiser que eu fique.
Balancei a cabeça, sorrindo levemente.
— Não, você deve ir. Eu também tenho que ir pra cafeteria hoje... Mas podemos nos encontrar mais tarde.
Chan pareceu ponderar, mas então assentiu.
Chan: Tudo bem, mas me promete que se sentir qualquer coisa estranha, vai me ligar? Não importa o que eu estiver fazendo.
— Prometo. — Ri baixinho, tocando seu rosto com carinho. — Não vou desistir de você.
Ele sorriu satisfeito com minha resposta e então me puxou para mais um beijo suave, como se quisesse prolongar aquele momento íntimo antes que a realidade do dia a dia nos separasse.
Quando finalmente nos levantamos para nos arrumar, o clima entre nós parecia mais leve, apesar da intensidade da noite anterior.
Após me levantar, fui até o guarda-roupa para escolher algo confortável e em seguida tomei um banho. Quando voltei, Chan ainda estava sentado na beira da cama, me observando com um sorriso suave, meio sonolento.
— Por que não dorme mais um pouco? Ainda não está na sua hora de ir trabalhar.
Chan balançou a cabeça suavemente, ainda com aquele sorriso sonolento nos lábios.
Chan: Não dá... — Ele murmurou, se espreguiçando lentamente. — Não consigo dormir sem você do meu lado agora.
Ri baixinho com a resposta dele, me sentindo aquecida por dentro. O jeito como ele falava, sempre tão honesto e carinhoso, me fazia sentir que o mundo ao nosso redor podia esperar um pouco mais. Caminhei de volta até ele, me sentando na cama por um momento, enquanto o observava.
— Você é impossível, sabia? — Brinquei, acariciando seu rosto.
Chan sorriu e segurou minha mão, a levando aos lábios para um beijo suave.
Chan: Só estou sendo sincero.
Ficamos ali por mais alguns instantes, trocando olhares e sorrisos tranquilos, até que Chan soltou um suspiro profundo e começou a se levantar.
Chan: Bom, acho que é melhor eu me arrumar logo, senão vamos acabar nos atrasando. — Ele disse, parecendo um pouco relutante em abandonar o conforto da cama.
Eu me levantei também, indo até a janela e abrindo um pouco mais as cortinas. A luz do dia já estava mais forte, iluminando o quarto de uma maneira que me fazia sentir mais desperta e pronta para o que viesse pela frente.
— Vamos fazer o seguinte, Chan: você vai para o ensaio, eu vou para cafeteria, e à noite a gente se encontra e faz alguma coisa juntos. O que acha?
Chan: Parece perfeito. — Ele respondeu, já com um sorriso mais animado. — Podemos jantar juntos mais tarde. Vou pensar em um lugar especial pra gente ir.
— Eu vou cobrar, hein. — Brinquei, rindo, enquanto ele terminava de se arrumar.
Ao vê-lo pronto, me aproximei novamente, ajeitando levemente seu cabelo. Chan me olhou com um olhar contente e grato, como se pequenos gestos como esse fossem significativos para ele.
Chan: Está parecendo que somos casados à 5 anos.
— Então já estamos prontos para o futuro.
Chan: Eu te amo, sabia? — Ele disse, de repente, a voz baixa e doce.
Meus lábios se curvaram em um sorriso, e meu coração aqueceu mais uma vez.
— Eu sei. — Respondi, segurando sua mão. — E eu também te amo, mais do que você imagina.
Com isso, ele me puxou para mais um abraço apertado, nos prendendo naquele momento aconchegante por alguns segundos, antes de finalmente sairmos para enfrentar o dia.
Continua...
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Connected (BangChan & S/N)
FanfictionS/n, uma mulher doce e gentil que sai da Austrália e vai para a Coreia do Sul reencontrar seu irmão mais velho e seu "melhor amigo".