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— Você realmente acha que pode se sair bem assim? — ele desafiou, sua voz transbordando incredulidade e raiva. Eu puxei a corda dos meus pulsos e me levantei, avançando um passo em sua direção, mas ele recuou, claramente intimidado. — Você não sabe com quem está lidando.

— Ah, eu sei! Com a Hidra. — retorqui, a intensidade das minhas palavras fazendo-o hesitar. — Você deveria ter medo, afinal, eles não hesitarão em te descartar assim que conseguirem o que querem.

A menção da Hidra parecia afetá-lo profundamente; pude ver a luta interna em seu olhar.

— A Hidra é fichinha perto de quem está trabalhando comigo. — Ele olhou diretamente nos meus olhos, e a seriedade em seu olhar me deixou arrepiada. — Se você se juntar a mim, eu garanto que terá proteção. Basta me dizer onde está a maldita tábua.

— Não. — Minha resposta ecoou no ar pesado do armazém, firme e irredutível. — Não vou te ajudar a encontrar a tábua. Agora, se me der licença, tenho mais o que fazer do que perder tempo com você.

Comecei a me virar para sair, mas um estrondo vindo do lado de fora me fez parar abruptamente. O som reverberou pelas paredes do armazém, fazendo o chão tremer sob meus pés. Nesse momento, a porta se abriu, revelando duas figuras, e eu reconheci de imediato uma delas; era Adrian, o mesmo sobre quem Loki havia me advertido.

Mas antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, Luke me acertou com um golpe forte na cabeça. A dor me pegou de surpresa. O impacto foi tão intenso que me fez vacilar, e eu rapidamente coloquei a mão sobre a ferida, sentindo a dor explodir em minha mente. A escuridão começou a me engolir, e uma onda de vertigem me atingiu, tornando difícil me manter em pé.

O mundo ao meu redor se tornava um borrão, e tudo o que eu ouvia era um zumbido distante, como se estivesse submersa em água. A desorientação era esmagadora, e a última coisa que percebi antes de desmaiar foram passos se aproximando de mim, misturando-se ao eco da confusão e da vertigem.

•Pov Luna•

O relógio na parede parecia zombar de nós, marcando cada segundo que passava. Já passavam das 16h, e a sala de estar estava envolta em um silêncio pesado, quebrado apenas pelo som dos passos de Julie, que caminhava de um lado para o outro. A ansiedade começava a me consumir, e eu podia sentir a frustração estampada em seu rosto. Ela parecia uma tigresa enjaulada, seus passos rápidos e nervosos ecoando no ambiente, enquanto eu tentava conter a inquietação que crescia dentro de mim.

— Ela deveria ter voltado há horas! — exclamei, a inquietação tomando conta de mim. Cada toque no meu celular, cada vibração, era uma esperança que se despedaçava quando via que a chamada não havia sido atendida. Já havia perdido a conta de quantas vezes tentei ligar para o celular de Astrid, mas a resposta sempre era a mesma: caixa postal.

— Não podemos ficar assim. Precisamos fazer algo! — disse Julie, parando de caminhar e encarando-me com um olhar decidido. O desespero em sua voz era palpável, e eu sabia que ela estava tão preocupada quanto eu.

O silêncio na sala se tornava cada vez mais opressivo, e a sensação de impotência me deixava ainda mais nervosa. O que poderia ter acontecido com Astrid? O que ela estaria enfrentando? Eu não conseguia parar de pensar em todas as possibilidades, e isso só aumentava minha ansiedade.

Foi então que a porta do elevador se abriu, e Clint e Tony entraram na sala, visivelmente apressados. A tensão em seus rostos fez meu coração disparar.

— O que aconteceu? — perguntei, levantando-me imediatamente, a adrenalina começando a fluir em minhas veias.

— A SHIELD está sob ataque. — Tony disse, com a seriedade que eu nunca tinha visto antes. — Agentes da Hidra estão infiltrados por toda parte, e a situação está fora de controle.

Tyrsen - A filha da guerra Onde histórias criam vida. Descubra agora