Astrid Tyrsen, filha de Tyr, a Deusa da Guerra, e uma orgulhosa Asgardiana, seus cabelos dourados, como os raios do sol, e seus olhos azuis, profundos como o vasto cosmos, são testemunhas da sua linhagem divina. A força sobre-humana, resistência e l...
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Já eram nove da manhã e eu estava pronta para sair com Luna. Vestida com uma legging preta e uma blusa de manga longa com gola alta, já que o dia prometia ser fresco. Depois de um café da manhã apressado, esperei Luna aparecer. O silêncio na torre era inquietante; quando acordei, todos tinham saído, exceto, claro, Julie e Luna.
O tempo lá fora não estava dos melhores. As nuvens carregadas pairavam no céu, como se refletissem meu estado de espírito. Olhei pela janela e vi as primeiras gotas de chuva começando a cair, formando pequenas poças que pareciam se acumular, assim como as preocupações na minha mente.
— Astrid!— a voz de Julie cortou o silêncio, trazendo-me de volta à realidade. Ela entrou na sala com uma expressão preocupada, os olhos arregalados.— Você viu a Luna? — perguntou.
— Não, ainda não. Ela deve estar se arrumando — respondi, tentando esconder a inquietação que crescia dentro de mim. Julie se aproximou da janela, olhando para fora.— Você sente isso? Algo está diferente — falei, minha voz quase um sussurro.
— Não, não sinto nada — ela respondeu, balançando a cabeça, mas seu olhar estava pesado. — Você está muito estranha.
Senti minha expressão se fechar. Era verdade; algo dentro de mim estava fora do lugar, mas eu não sabia o que era.
— É só que… — comecei, hesitando. — Eu ando muito cansada ultimamente.
Julie cruzou os braços, seu olhar se suavizando, mas a preocupação ainda permanecia.
— Tá tudo bem, um pouco de ar fresco vai te fazer bem. Vamos sair e aproveitar o tempo, mesmo que esteja nublado.
— Você tem razão — concordei, mas uma sensação de apreensão me envolvia como um manto pesado.
— Oi, meninas! Desculpem a demora, mas estava terminando de me arrumar. Vamos?—
— Sim! Vamos dar uma volta — disse Julie, animada, mas eu não conseguia compartilhar da mesma empolgação. — Podem deixar que eu dirijo, já sei onde devemos ir — anunciou Julie, enquanto dirigia até o shopping mais próximo. Assistimos a um filme que mal consegui prestar atenção, e então fomos até a praça de alimentação.
— O que vocês querem comer? — perguntou Julie, olhando para o cardápio de várias opções.
— Eu estou pensando em um hambúrguer! — respondeu Luna, com os olhos brilhando. — E você, Astrid?
— Ah, não sei... — murmurei, ainda perdida em meus pensamentos, meu estômago roncou, mas a indecisão me consumia. — Acho que um milk shake de menta.
— Certo, vou buscar os hambúrgueres — falou Luna. — Julie, você pode pegar as bebidas?
— Claro! — respondeu Julie, animada. — Já volto.
—Eu vou ao banheiro, já volto.—Falei e me levantei. a fila estava um pouco longa, pois o local estava lotado, então demorei um pouco e depois de sair do banheiro acabei esbarrando em alguém. — Desculpe. — murmurei, levantando o olhar e vendo Luke à minha frente. Automaticamente ascendendo um sinal de alerta. —Que surpresa te encontrar aqui.— Ele se aproximou de mim e segurou meu braço, me afastando um pouco das pessoas.—Eu queria muito falar com você, mas você vai ter que vir comigo um pouco. —Eu não posso.— Olhei na direção de onde as meninas estavam e respirei fundo.—Eu estou com a Luna, ela está me esperando. — Então eu devo chamá-la pra conversar também? — Luke perguntou, a leveza em sua voz agora dando lugar a um tom mais sério. Senti a ameaça em suas palavras. —Claro que não.— Minha resposta saiu imediata, ele sorriu, alisando o meu braço antes de apertar e me puxar em direção a um dos elevadores. Descemos em silêncio e a forma que ele segurava meu braço me deixava desconfortável. Assim que as portas do elevador abriram, Luke me puxou para fora, levando-me a uma área isolada do estacionamento. O ambiente estava quase vazio, e a sensação de estar sozinha com ele era sufocante.—Diz logo o que você quer, Luke!
—Entra no carro. — Eu não vou entrar no seu carro.—Minha voz soou mais firme do que eu me sentia. — O que você quer? —Eu tenho duas pessoas vigiando suas amigas lá encima, então ou você entra na droga desse carro, ou eu não respondo por mim.—As palavras de Luke caíram como uma bomba, e um choque percorreu meu corpo.—Entra no carro, agora.—Fiz o que ele mandou e entrei no banco do passageiro. enquanto ele saia com o carro, eu olhei para a Janela tentando manter a calma. —Para onde estamos indo?—Perguntei, tentando parecer despreocupada, mesmo minha mente estando a mil. Luke me lançou um olhar e sorriu. —Você verá em breve.—A resposta dele era evasiva, e isso só fez aumentar minha ansiedade. O carro deslizou pelas ruas, e eu olhei pela janela tentando encontrar algum ponto de referência que me dissesse onde estávamos indo.