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Se encontrava na  sala , sentado na poltrona de coro assistindo seus seguranças espancarem o tal argiota que estava o devendo , aquilo não o fazia sentir pena e nem dor .  O homem tinha emprestado quinze mil para o cara que havia lhe prometido devolver em quinze dias úteis mas que não cumpriu sua palavra .

A vida do Lee na sua fase dos dezenove anos eram flores quando sua falecida mãe se fazia presente na terra , o homem era focado nos estudos,tinha planos para seu futuro , era orgulho de todos os seus familiares , que saía frequentemente com sua mãe e que era amado por todos a sua volta mas que porém o tal cara ao qual podia chame de " pai " acabou estragando sua bela e boa vida . O homem chegava embriagado em condições de não conseguir ficar em pé todas as noites , as vezes com uma pequena quantidade de pó branco na região do seu nariz , seu marido era controlador e abusivo , extorquia sua mãe , a maltratava de todas as formas possíveis , a humilhava e o humilhava de todas as formas dizendo que quem era o homem da casa era ele , quem quem os sustentava era ele, que se não fosse pelo o mesmo os dois estariam passando fome e morando de baixo da ponte . O mesmo sempre deixava claro que nunca gostou do Lee como filho , na época onde suas condições não eram tão boas como antes , no período onde sua mãe quase não parava em casa , o pequeno passaria fome  se dependesse dele .

A mulher acreditava que aquilo era apenas um fase difícil, uma forma de seu marido descontar o seu estresse do trabalho. Que aquilo era uma forma de carinho e que logo logo iria passar .

Quando o garoto voltava do seu curso de enfermagem a casa se encontrava silenciosa demais , sabendo que aquilo não era normal e significava algo nada bom . Correu depressa para dentro da casa se deparando com a cena do homem prensando sua amada mãe contra a parede , os olhos e rosto  da mesma se encontravam vermelhos , suas mãos tentado se soltar . Com sua presença no local o homem havia a soltado e assim a mesma caiu no chão tentando recuperar todo o ar possível , o garoto sentou-se no chão checando sua pessoa e a abraçando o mais forte possível .

— Mamãe , me desculpa — disse checando mais uma vez seu rosto e com lágrimas se formando em seus pequenos olhos.

A mulher não o respondeu e apenas sorriu o puxando para um abraço novamente. O garoto o desfez e levantou-se ficando de cara com o homem .

— Está maluco seu babaca , como pode fazer isso com a sua mulher !! — exclamou segurando as lágrimas não querendo mostrar fraqueza. — A mulher que te ama na verdade que te amou a vida toda .

O homem apenas riu — Isso aí ? — apontou o dedo indicador em direção a mulher de cima a baixo — essa daí deixou de ser minha mulher a um tempão , minha mulher nao anda esfarrapada desse jeito não . — riu dando mais um gole na garrafa que estava em suas mãos . — minha mulher usa vestidos justos caros , maquiada e tem uma ótima aparência, isso daí é meu brinquedinho só serve quando eu estou carente .

O garoto não conteve sua raiva e partiu pra cima do mesmo , os objetos que ficavam em cima dos móveis se encontravam no chão , ambos segurando a gola um do outro , socando a cara um do outro , a mulher tentava separar os dois daquela situação porém era fraca demais para aquilo . Os dois estavam com sangue em suas vestimentas , se ajeitando para se atacarem novamente mas o homem não pensando duas vezes , sacou uma faca de sua cintura e logo a apontou em direção ao garoto .

— Vai vir agora seu desgraçado — dizia com o instrumento chegando cada vez mais perto — não gostou dos comentários que eu fiz dessa aí — disse rindo .

— Vem para cima se tem coragem seu babaca — o garoto naquele momento sentia medo de que toda sua vida e esforço fossem em vão naquele exato momento — Não tenho e nunca vou ter medo de você , não acredito que minha mãe confiou e amou uma pessoa como você , eu sinto nojo de ter você como pai, de chamá-lo dessa forma — disse da forma mais prudente possível .

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