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Maria

O ficante de Angélica é divertido e bem humorado, minha amiga pode até esconder, mas está bem satisfeita por estar com ele. Percebo que estou atrapalhando pois os dois se tocam a cada segundo como se fossem transar na minha frente.

— Vou voltar para o hotel, juízo vocês dois, hein.

— Prometo que vou tentar, mesmo que seja difícil. Foi um prazer conhecer você, Maria, sua primeira rodada de cerveja no meu bar, será por minha conta.

Agradeci indo na direção do hotel, foi quando os vi, a mulher que é dona do bar e um homem ao seu lado, são parecidos, com certeza tem algum parentesco. Ela sorri para mim, e resolvo retribuir o cumprimento, não fizeram nada contra mim, não tem porque tratá-los mal.

Ao chegar na recepção do hotel, vejo um rosto conhecido, apesar de não saber quem é, meu coração dispara e fico tonta na hora sendo amparada pela mulher.

— Está tudo bem?

— Minha pressão é baixa, acho que exagerei um pouco no chope, estou bem. Agradeço por me ajudar, qual seu nome?

Ela me ajudou a sentar segurando minha mão, parecia emocionada ao me ver. Não entendi porque, mas também estou emocionada por estar perto dela.

— Meu nome é Rosa. É um prazer rever você depois de tanto tempo, posso abraçar você?

Fiquei sem jeito de negar, afinal ela me ofereceu ajuda e foi atenciosa comigo. Deixei que me desse o abraço, sentindo algo tão bom, como se estivesse tomado a decisão certa de estar com ela assim.

— Eu senti tanto sua falta, durante todo esse tempo, fico tão feliz de estar conosco novamente. Dessa vez será diferente, você vai ver!

De repente, a mulher do bar apareceu na recepção olhando para mim e Rosa visivelmente apavorada, não entendo o motivo, Rosa apenas está sendo simpática comigo.

— Não pode ficar aqui, eu pedi tanto para deixar que nós iríamos resolver.

— Querida, agora preciso ir, sei que estará segura pois saiu daquele lugar. Se quiser conversar comigo, estarei no Bar em frente a praça, temos tanto o que falar.

Ela seguiu a mulher, se despedindo e sorrindo para mim. Eu queria segui-la saber porque parece que nos conhecemos, mas meu celular tocou e atendi sem ver quem era.

— Maria, porque não atende minhas chamadas?

— Eduardo, tudo bem? Você anda muito sem educação, o poder subiu para sua cabeça?

Eu não posso ter um momento de paz, coloco a mão na testa percebendo que terei uma dor de cabeça terrível.

— Não estou para gracinhas, você me disse que iria me ligar, e não fez isso. Eu estou indo para Bela Esmeralda, quero acompanhar essa obra de perto.

— Ok, faça o que quiser, Eduardo. Vai perder um contrato vantajoso, já que Pedro não o quer aqui. Será ótimo, venha mesmo, assim eu vou poder ir embora de uma vez.

Desligo a chamada na cara dele. Idiota. Estou exausta dessa maldita cobrança, se ele não confia em mim que venha, mas assim que pisar os pés aqui, arrumo minhas coisas e sumo daqui. Talvez seja até melhor assim, esse lugar está me deixando doente, além do fato de estar apaixonada por um escroto.

O melhor é ir embora e nunca mais voltar, tomara que Eduardo venha mesmo e siga com esse projeto que só me deu dor de cabeça.

Angélica

Kael é tão lindo que chega a ser pecado a existência de um homem gostoso desse jeito. O beijo, o cheiro, os cabelos e até seu estilo me atraem. Esse jeito de rebelde sem causa é realmente o meu tipo perfeito. A forma como parece admirar cada detalhe meu é fascinante, sei que tudo está acontecendo rápido demais, mas não posso esconder como ele mexe comigo.

— Angel, eu gosto de chamar você assim. Angélica parece muito formal, e Colorida, prefiro chamar quando estivermos fodendo.

— Depravado! Você ficou se insinuando para mim o almoço inteiro, minha amiga até ficou sem graça. Precisamos ser mais discretos.

Ele soltou uma gargalhada gostosa de se ouvir. O homem tem uma presença fantástica, se aproximou segurando meu rosto olhando para mim de um jeito que não deu nenhuma opção de desviar. Parecia estar admirado e só mesmo tempo apaixonado, fiquei sem jeito abaixando a cabeça.

— Esperei tanto por você, passei por tanta coisa e do nada você aparece para mim. Por muito tempo deixei de acreditar, mas agora estando aqui ao seu lado, entendo porque passei por uma tempestade para estar aqui.

Fiquei sem palavras, tudo indo rápido demais, mas não consigo ficar longe dele. É como se o meu coração e alma estivessem unidos a ele, Kael é um total desconhecido, ainda assim, me sinto completamente ligada a ele.

— Vamos deixar acontecer. Eu gosto de você, e você aparentemente gosta de mim. Podemos ficar assim abraçados, bebendo uma boa bebida, comendo em bons restaurantes, beijando muito na boca, ficando nus olhando um para o outro e depois tendo o sexo mais gostoso que já tivemos na minha vida. E caso tudo isso acabar, pois tudo nessa vida tem fim, quero lembrar de você e de tudo que vivemos juntos como uma boa lembrança.

Não quero que acabe. Porém sei que tudo tem um fim, quando a obra terminar, vou voltar para o meu sítio no interior e viver o resto da minha vida lembrando da intensidade que foi ter Kael, como ele parece ser tão certo para mim mesmo sendo diferente de mim em tantos aspectos.

— Não vamos nos despedir. Quando eu disse no seu ouvido enquanto comia você de quatro, digo novamente: você é minha. E isso é irreversível, espero que se acostume.

A mordida no meu seio parecia queimar, e começou a me incomodar. Um calor conhecido se espalhou no meu corpo, o mesmo que senti quando me mordeu enquanto sentia seu membro bem fundo dentro de mim.

— Vou pagar a comanda, e vamos para o meu bar. Dessa vez, não vou deixá-la fugir.

Sabia bem que poderia até tentar mais não conseguiria ficar longe dele por muito tempo.

Seu Amor, Meu Destino Onde histórias criam vida. Descubra agora