8

241 59 4
                                    

Maria

A noite foi perfeita, é como se estivesse no céu estando nos braços de Pedro, sei que é cedo, mas é como se algo me ligasse a ele de uma forma poderosa. Acordo revigorada mas um pouquinho arrependida, eu poderia ter ficado e talvez avançado o sinal. Coloco o rosto sob o travesseiro dando um gritinho de frustração, eu não posso acreditar que fiquei entregue daquele jeito para no final negar fogo.

Tenho que manter minha postura, não sou uma boba sem noção que se entrega a desejos sem pensar no amanhã. Pedro é cliente da empresa da minha família, qualquer uma aceitaria ficar com ele sem pensar muito, só que eu não sou uma qualquer. Preciso zelar pelo nome da família como também cuidar do meu nome. Ele pode muito bem querer se divertir comigo e depois dar um belo pé na minha bunda.

Saio do banho indo na direção do guarda roupa, escolho uma roupa confortável para passar o meu domingo em casa lendo e tendo uma boa refeição, vou em direção da sala encontrando meu irmão sentado no sofá olhando para mim de um jeito que fiquei assustada.

— Eduardo, como você entrou na minha casa? Isso é muito esquisito, sabia?

— Eu tenho a chave, voltou tarde ontem, não é? Liguei para você era 23:00 e não me atendeu.

Fui em direção da geladeira para pegar água, não dando tanta atenção ao que falou, mas preocupada pelo fato dele ter entrado na minha casa sem avisar e ainda por cima ter a chave da minha casa, o fato de ter ligado também em um horário impróprio me deixa em alerta.

— Eu não sei o que você veio fazer aqui, não é hoje o aniversário da sua sogra? Não deveria estar aqui e sim com Carina, eu não devo satisfação da minha vida a você. O horário que chego ou deixo de chegar é um problema meu e não seu, ontem vi sua ligação, mas só ia retornar hoje. Porra, cara, me ligou 11:00 da noite, eu não atender você nesse horário.

— Irmã, eu não quero que se machuque, não sabemos nada sobre esse homem e o que soube sobre ele não me deixou confortável. Pedro pediu para que não fosse para obra junto com você ao nosso pai, ficou sabendo disso? Transar com um dos clientes da empresa é muito antiético e pode sujar o nome do nosso negócio perante os demais.

Era de se imaginar. Pedro não simpatizou com meu irmão comentando inclusive isso ontem a noite enquanto estávamos ficando, eu não sei o que pensar dessa implicância mútua, mas não vou permitir que Eduardo insinue nada sobre mim.

— Imaginava. Você não tem nada que criar brigas com o cliente que vai colocá-lo na cadeira da presidência da empresa, o projeto dele é o mais rendável da construtora no momento, pelo amor de Deus, esse é o seu objetivo de vida conquistar o lugar do papai e não brigar com um desconhecido. E eu não transei com ele, apesar dessa informação não ser da sua conta.

— Você tem toda razão. Só que eu não sou obrigado a gostar do cara por causa disso, até o final da semana estará sozinha com um cara desconhecido que é visível está atraído por você, espero de verdade que não misture as coisas.

É um absurdo Eduardo dar lição de moral em mim, justo ele que não tem tanta moral assim.

— Sua memória é fraca, mas eu faço questão de refrescar sua mente: você conheceu Carina enquanto liderava o projeto de construção das filiais da empresa da família dela, detalhe importante: Carina era noiva na época. Tem certeza que está me dando lição de moral tendo trepado com ela mesmo a garota estando comprometida? Sei que mamãe apresentou vocês, mas tenho certeza que não era intenção dela que vocês ficassem juntos com ela estando noiva.

Eu não gosto de brigar com Eduardo, mas odeio que queiram mandar na minha vida, eu não sou nenhuma adolescente inconsequente.

— Isso é passado, Ma! Estou falando do presente e de como você parece estar curtindo muito essa aproximação dele, só tome cuidado para não se prejudicar.

Seu Amor, Meu Destino Onde histórias criam vida. Descubra agora