𝟎𝟓

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CAPÍTULO 5 — ANA CLARA BASTOS

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CAPÍTULO 5 — ANA CLARA BASTOS

       𝗔𝗣𝗢́𝗦 𝗢 𝗧𝗘́𝗥𝗠𝗜𝗡𝗢 𝗗𝗔 última aula, eu e Carolina fomos as primeiras a sair da sala e cruzar a porta de saída da faculdade, a sensação de alívio demorando a chegar. O dia tinha sido longo e exaustivo, como sempre. Entre trabalhos de design, projetos de styling e uma pilha de leituras, parecia que nunca tinha uma pausa sequer. Desci a longa escadaria, olhando pra Carolina ao meu lado, que estava com aquele típico ar despreocupado que eu nunca consegui ter. Sempre foi assim, ela lidava com o caos da faculdade como se estivesse passeando no parque, enquanto eu sentia que estava afundando em areia movediça, mesmo que raramente deixasse isso transparecer.

———— Será que tem algum lugar aberto pra gente comer antes de chegar na sua casa? ———— Carolina perguntou, ajeitando a bolsa nos ombros, sem pressa alguma.

———— Não tinha nada mais interessante pra perguntar, não? ———— resmunguei, tentando focar em qualquer outra coisa que não fosse o frio que cortava minha pele.

O casaco fino que eu tinha escolhido não estava sendo de muita ajuda. Idiota. Eu sabia que deveria ter trazido algo mais quente, mas como sempre, a estética venceu o bom senso. E agora, meus braços estavam quase congelando.

———— Olha quem fala, a pessoa que sai de casa com um casaquinho nesse frio só porque quer estrear a roupinha nova. ———— respondeu, me cutucando de leve. Revirei os olhos, fingindo que não ligava. Ela sabia exatamente o que dizer pra me irritar, mas também sabia que eu não ia admitir que ela estava certa.

———— Você dirige. ———— estendi as chaves do meu carro para ela.

———— Tem seguro? ———— assenti ———— Menos mal.

———— Se quiser tacar ele em um poste não vou reclamar. ———— pegou as chaves.

———— Ih, o que 'tá acontecendo? ———— me cutucou.

———— É mais fácil perguntar o que não 'tá acontecendo.

Segui seu ritmo enquanto descíamos a rua em direção ao estacionamento. O vento frio continuava a cortar minha pele, me fazendo encolher os ombros e acelerar o passo. Tudo o que eu queria era me enfiar debaixo de um cobertor e esquecer a avalanche de responsabilidades que me aguardavam no dia seguinte.

𝐂𝐀𝐎𝐒 𝐏𝐄𝐑𝐅𝐄𝐈𝐓𝐎 | 𝖦𝗎𝗂𝗅𝗁𝖾𝗋𝗆𝖾 𝖠𝗋𝖺𝗇𝖺Onde histórias criam vida. Descubra agora