𝗔𝗡𝗔 𝗖𝗟𝗔𝗥𝗔 𝗕𝗔𝗦𝗧𝗢𝗦 𝗟𝗔𝗦𝗠𝗔𝗥 é tudo o que 𝗍𝗈𝖽a mãe sempre temeu: uma garota desapegada e que vive intensamente cada noite como se fosse a última. Nascida em um berço de ouro, ela carrega o sobrenome Lasmar com o peso de expectativa...
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CAPÍTULO 14 — ANA CLARA BASTOS
𝗔𝗖𝗢𝗥𝗗𝗘𝗜 𝗖𝗢𝗠 𝗨𝗠𝗔 𝗦𝗘𝗡𝗦𝗔𝗖̧𝗔̃𝗢 𝗦𝗨𝗔𝗩𝗘 𝗘 𝗤𝗨𝗘𝗡𝗧𝗘 𝗡𝗢 𝗠𝗘𝗨 rosto, algo que me fez sorrir antes mesmo de abrir os olhos. Pequenos beijos iam se espalhando pela minha bochecha, pelo meu queixo, até a linha da minha mandíbula. Não precisei abrir os olhos pra saber quem era. Guilherme estava praticamente grudado em mim, o corpo dele se moldando ao meu de uma forma tão natural que parecia que havíamos dormido juntos assim a vida toda.
—— Bom dia, princesa. ——— ouvi a voz dele, rouca de sono, sussurrar perto do meu ouvido antes de mais um beijo ser depositado ali.
Eu sorri mais, me espreguiçando devagar, sentindo o peso do corpo dele ainda sobre o meu.
—— Assim eu vou acostumar mal. ——— murmurei, a voz baixa enquanto me virava um pouco pra poder vê-lo. Seus olhos estavam semiabertos e um sorriso preguiçoso estava estampado no seu rosto.
—— Esse é o plano, sabia? ——— retrucou, me apertando mais contra ele, as mãos passeando pelas minhas costas devagar.
—— Sério? ——— arqueei a sobrancelha, uma expressão divertida nos lábios —— E o que você ganha com isso?
Guilherme riu baixinho, beijando a ponta do meu nariz antes de responder:
—— Te manter aqui mais tempo... Aí você não vai querer sair da cama nunca mais. ——— respondeu, com uma voz que transbordava autoconfiança.
—— Convencido... ——— cantarolei.
—— Realista. ——— me corrigiu, com aquela cara de quem sabia exatamente o impacto que tinha sobre mim.
—— Acho que você 'tá esquecendo que eu tenho uma vida fora dessa cama, né? ——— falei, mas ao mesmo tempo comecei a me render de novo ao toque dele. Era impossível não sentir o quão confortável era estar ali.
—— 'Tô não. ——— respondeu, me observando de um jeito que sempre parecia me desarmar —— Mas quem disse que você não pode passar um pouco mais de tempo aqui?
