CAPÍTULO 28 — ANA CLARA
𝗦𝗘𝗡𝗧𝗔𝗗𝗔 𝗡𝗢 𝗖𝗛𝗔̃𝗢 𝗗𝗢 𝗠𝗘𝗨 𝗤𝗨𝗔𝗥𝗧𝗢, 𝗥𝗢𝗗𝗘𝗔𝗗𝗔 𝗣𝗢𝗥 𝗥𝗢𝗨𝗣𝗔𝗦 e sapatos espalhados pelo tapete, eu suspirei com toda a exasperação do mundo. Arrumar malas era uma das coisas que eu mais odiava fazer, e não importava quantas vezes eu tentasse, a tarefa sempre me deixava irritada. Cada peça de roupa parecia se multiplicar só pra me atrapalhar.
Foi por isso que eu praticamente arrastei a Carol e o Rubens pra cá, pra me fazer companhia nessa tortura. Os dois pareciam até acostumados com meu drama, e só riam quando eu reclamava do tédio.
Rubens estava deitado de lado, com a cabeça apoiada nas pernas de Carol, que fazia cafuné despreocupadamente nos cabelos do jogador.
Ele estava analisando o terno que nós duas tínhamos escolhido pra ele usar no casamento. Pelo olhar de julgamento, não parecia ter gostado muito da nossa escolha.
—— Ah, qual é, Ana? —— resmungou, virando o tecido de um lado pro outro —— 'Cês querem mesmo que eu vá vestido de playboyzinho assim? Com essa gravatinha e tudo? Não tem outro?
—— Cala a boca, Rubens. Você vai ficar uma gracinha com esse terno, vai por mim. —— rolei os olhos e, sem nem pensar duas vezes, peguei uma meia enrolada e joguei na direção dele.
Ele pegou a meia no ar, fingindo uma expressão de horror. —— Aí é que 'tá o problema, Ana. Não quero ficar uma “gracinha”. —— disse, fazendo aspas com os dedos —— Quero ficar aquele cara trajado, entende? Tipo, bonito, charmoso… Sei lá, vocês são mulheres, devem saber de que cara eu 'tô falando.
Carol riu, balançando a cabeça, mas logo entrou na conversa. —— Ah, me poupe, Rubens. Você não tem nem moral pra falar de traje charmoso. A última vez que a gente saiu, você 'tava usando aquela camisa xadrez horrorosa de três anos atrás.
—— Que absurdo, Carolina. —— protestou, apontando pra ela com uma expressão ofendida —— Aquela camisa é malada. Você não cursa esse bagulho de moda? Deveria saber.
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𝐂𝐀𝐎𝐒 𝐏𝐄𝐑𝐅𝐄𝐈𝐓𝐎 | 𝖦𝗎𝗂𝗅𝗁𝖾𝗋𝗆𝖾 𝖠𝗋𝖺𝗇𝖺
Fanfiction𝗔𝗡𝗔 𝗖𝗟𝗔𝗥𝗔 𝗕𝗔𝗦𝗧𝗢𝗦 𝗟𝗔𝗦𝗠𝗔𝗥 é tudo o que 𝗍𝗈𝖽a mãe sempre temeu: uma garota desapegada e que vive intensamente cada noite como se fosse a última. Nascida em um berço de ouro, ela carrega o sobrenome Lasmar com o peso de expectativa...