Luthor 7

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Lena Luthor

Eu fiz ela chorar, que droga eu estou me sentindo horrível, olho o colar que ela me deu e coloco, entro em casa segurando as lágrimas, vou na direção do quintal.

- Lena. – Paro assim que escuto essa voz, meu corpo inteiro está tenso, minha respiração fica ofegante. – Quanto tempo. Não me atrevo a virar.

- L-Lex?

- Oi irmãzinha.

- C-Como?

- Acho que conhece seu irmão muito bem.

- P-Por que está a-aqui?

- Nervosa? – Sinto ele se aproximar. – Não vou te machucar.  – Sinto as lágrimas caírem dos meus olhos. – Uma Super, interessante.

- Por favor, não faça nada.

- Não vou, por um tempo, preciso organizar umas coisas, mas queria ver você antes.

- Por que?

- É minha irmã.

- Lilian sabe?

- Não, ainda acha que estou na prisão, não quero que conte, para absolutamente ninguém.

- Não vou. – Ele se aproxima mais.

- Sua namorada?

- N-Não.

- Quer que seja?

- Por favor deixe ela.

- É uma Kryptoniana, Kara né, prima do Clark, Kara Zor-El. – Ele coloca a mão no meu ombro. – Não estou bravo com isso.

- Lex.

- Fico feliz por você, vai ser uma pena ter que matar ela. – Droga, me viro.

- Não faria isso.– Ele sorri, está careca, me lembro dele com cabelo, seu sorriso não é acolhedor e sim assustador, seus olhos verdes como o meu, porém mais escuro.

- Não duvide do seu irmão. – Ele vai em direção a porta.

- Lex, por favor. – Ele sai e me sento no chão, me permito chorar, gritar, e quebrar alguma coisa, como vou lidar com isso? As coisas já não estavam indo mal o suficiente? Droga, vou para o meu quarto, eu poderia ligar para polícia, avisar o Superman, mas seria em vão, não achariam ele, isso se acreditassem em mim, eu preciso pensar em alguma coisa, eu preciso ficar em casa e pensar, pelo menos uma semana, os professores não vão sentir minha falta mesmo, Lex ainda tem muito efeito sobre mim, ele pode ser um ser humano horrível, ter feito atrocidades, mais ainda é meu irmão, ainda me lembro do bom irmão que tive, isso me dói, dói ver ele desse jeito, dói ver a forma que ele me destruiu, a forma que tirou vidas, Lex não é bom, não é puro, é um monstro, que eu ainda considero irmão, seguro o colar que a Kara me deu, não posso deixar ele fazer alguma coisa com ela, com ninguém, eu não tenho super poderes, mas vou impedir ele, eu conheço ele, sei como sua cabeça funciona, eu tenho que achar uma forma de parar ele, só não sei como ainda, mas vou manter a Kara segura, como eu sei que ela faria comigo.

- Lena, menina chegou? – Ouço a voz da Tereza.

- Sim. – Ela entra e me vê nesse estado deplorável.

- Lena o que houve querida? – Ela me abraça e volto a chorar.

- Tudo Tereza, a minha vida inteira.

- Ah menina, está tudo bem, vai passar, você é forte, sempre foi.

- Já não tenho tanta certeza.

- Você é sim, como seu pai foi, não chore. – Me acalmo aos poucos, Tereza sempre foi como uma mãe, cuida de mim desde sempre.

- Obrigada Tereza.

- Não se preocupe, aquilo lá embaixo foi você?

- Sim, eu vou limpar.

- Eu limpo querida.

- Não, eu faço, preciso distrair a cabeça, aliás vou ficar sem ir na escola o resto da semana.

- Está bem, você pega matéria depois né.

- Sim, vamos lá, tenho que limpar a bagunça e você fazer um maravilhoso jantar.

- Claro. 

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