Luthor 4

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Lena Luthor

Oficialmente Kara é maluca, como eu vou controlar ela? Eu mal consigo controlar meu gato, pra que fui ter essa ideia?

- Ei Lena.

- Oi, estava pensando.

- Em que? – Ela se senta e me encara.

- Como vou te ajudar.

- Kal já me disse mais ou menos como fazer isso, ele disse que tenta pensar em coisas que acalma ele.

- O que te acalma?

- Bater em coisas.

- Ok, não vamos usar isso então. – Penso um pouco, começo a andar de um lado para outro.

- Por que está fazendo isso?

- Estou pensando.

- Acho que isso não ajuda.

- O corpo humano tende a liberar substâncias quando em movimento, como adrenalina, isso incentiva o cérebro a funcionar com mais intensidade, então sim, isso ajuda.

- Nossa, você sabe bastante coisa.

- Posso não ter super força como você, mas sei usar o cérebro.

- Então por que não usa para fazer eles pararem de implicar com você?

- Não vale a pena.

- Claro que vale. – Ela levanta. – Prefere que te atormentem a vida toda? Se pode fazer algo para parar eles faça, não pode viver com medo, por isso uso meus poderes. – Encaro ela, ela engole o seco. – O-o que foi?

- Quando meu medo envolve machucar alguém, ele vai parar de ser só meu, se eu fizer o que está dizendo, só vou estar dando mais um motivo para me odiarem, você não pode machucar pessoas Kara, você tem que ser melhor do que aquilo que te fere.

- Você é boa com palavras. – Seguro as mãos dela.

- Aperta.

- Não.

- Aperta Kara.

- Eu não vou fazer isso.

- Por que?

- Não seria justo.

- Não? Eu sou uma Luthor, meu irmão tentou matar o Superman, seu parente, e duvido que vai parar.

- Mas você não é igual a ele.

- Como tem certeza? Que eu me lembre não pode ler mente, na verdade tem os mesmo poderes do Clark? Provavelmente não, descontrola como é não deve ter, seria fácil para ele te controlar né. – Ela começa a apertar minha mão aos poucos. – Deve ser difícil ser o grande Superman e ainda ter que lidar com uma adolescente problemática, dividir seu tempo entre salvar o mundo e cuidar de uma criança. – Minha mão começa a doer. – Você nem tem uma família né, seu planeta já era. – Agora minha mão realmente está doendo, encaro ela e parece com raiva. – Você finge que nada te afeta, que só sente raiva, Kara eu sei que quer chorar e tem nada de errado nisso, mas descontar sua tristeza machucando alguém é errado. – Ela solta minha mão e fica de costas. – Eu quero te ajudar, mas você tem que no mínimo deixar isso acontecer, desculpa o que eu disse, era apenas para te irritar mesmo. – Me aproximo dela e encosto no seu ombro. – Eu sei como é se sentir assim, mas não tem que descontar em outras pessoas, os Danvers podem ser bem intensos, mas só querem ajudar, você tem sorte e nem sabe ainda. – Tiro minha mão do seu ombro e pego minhas coisas. – Ser odiada te faz perceber que o mundo lá fora é pior que uma cidadezinha, aprenda a sobreviver aqui, que vai saber como lutar com o mundo, é por isso que faço nada contra eles, são formigas comparadas ao que vou enfrentar no futuro. – Começo a andar.

- Lena. – Paro e me viro, ela fica de frente, tem lágrimas nos seus olhos.

- Vem cá. – Largo minha mochila e abro os braços, ela me abraça. – Não tem problema chorar.

- D-desculpa.

- Tudo bem Kara, vai ficar tudo bem.

- Não vai.

- Claro que vai, vou te ajudar com isso.

- Por que? Mal me conhece.

- Porque você parece uma boa pessoa Kara, todos merecem uma chance. – Ela me encara.

- Todos?

- Sim, mesmo que seja meio maluca como você. – Ela ri.

- Obrigada.

- Acho melhor irmos, ou sua irmã manda alguém me matar.

- Eu cuidaria disso.

- Kara.

- Tá bem, nada de machucar pessoas mais.

- Vai entrar no time logo assim. – Ela sorri.

- Espero, quero muito isso.

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