TÍTULO MODIFICADO, Adrenalina se tornou: Ruína
Seis anos após a perda dos pais, Morgana Fox tenta deixar o passado para trás, mas a sombra de Logan, o homem que ela abomina, ressurge em sua vida.
O ódio entre eles tem raízes profundas: um acidente t...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
- Martinez! - A voz firme do guarda reverbera pelo refeitório. - Tem visita pra você.
Nem me dou ao trabalho de levantar o olhar ou tentar descobrir qual dos guardas está me chamando. Já não faz diferença para mim. As únicas pessoas que me visitaram durante todos esses anos foram meus irmãos. Suas visitas, embora não mais emocionantes, me ofereciam um breve refúgio da realidade, o que era o suficiente para mim.
- Christian ou Damon? - Pergunto, enquanto me levanto devagar do banco.
- Não sou sua secretária, porra. Descubra você mesmo.
Trinquei o maxilar, mas me contive e continuei caminhando, seguido de perto pelo meu "guarda favorito". Philipe Turner, ou simplesmente guarda Turner para os detentos. Ele foi o responsável por acabar com minha primeira briga oficial aqui dentro. A cicatriz que corta sua testa é um lembrete constante do que aconteceu naquele dia, e desde então, ele não perde a oportunidade de tornar minha vida um inferno.
Mas eu não pedi para ele se meter.
Ele sequer era o meu alvo.
Meus sapatos fazem barulho, batendo contra os ladrilhos do chão. De cabeça baixa, caminho até a sala de visitas, onde dez cabines telefônicas se encontram. Sinto o empurram no meu ombro quando entramos na sala, sinto o mesmo ódio todas às vezes, mas com o tempo aprendi a me controlar.
- Você tem uma hora. - Turner alerta. E caminho na direção da cabine onde meu irmão se encontra.
Sento e tiro o telefone do gancho ao mesmo tempo que Christian o faz.
- É a segunda vez na semana. - Comento, sem rodeios. - Não me diga que está com saudades.
Ele sorri do outro lado do vidro e por um segundo lembro-me da sensação de estar do lado de fora destas grades.
- Você será solto.
Pisco. Uma, duas, três vezes.
Depois enrugo as sobrancelhas processando a informação.
- Faltam dois anos. - Declaro.
- Eles revisam seu caso. Vão te soltar mais cedo por. - Ele solta uma risada, seca e irônica. - Bom comportamento.
Não consigo evitar a gargalhada que escapa.
- Certo. Estou meio perdido com o tempo, mas se não me falha a memória, já passamos do primeiro de abril.
Agora é Christian quem ri, uma risada franca que contrasta com o ambiente austero ao nosso redor.
- Estou falando sério. Cara, você vai ser solto. - Sua voz é firme, mas ainda não sei se devo acreditar. - Claro, Edward deu uma mão nisso. Ele está ficando louco com o atraso do contrato, e os outros sócios também estão pressionando.
