Não Acredito

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Pronto. Agora é só esperar o plano fluir, minha parte já fiz.

De repente meu celular toca dentro da bolsa, reviro ela inteira e atendo.

Ligação On

Eu: alô?

Douglas: Oi amor, acabei de chegar na festa e ainda nao te achei.

Eu: Tô aqui perto do open bar.

Douglas: okay. Já te vi.

Ligação Of.

Eu o vejo e fecho o celular. Ele me vê, sorri e vem até mim. Me dá um beijo de tirar o fôlego.

_Oi amor. - digo sorrindo.

_Oi, está animado isso aqui! - ele fala pedindo um drinque.

_Nem tanto! - falo desanimada.

_Ei que foi? - ele pergunta segurando meu queixo.

_Acho que fiz uma coisa errada...

_O que voce fez? - ele pergunta preocupado.

_Que tal a gente tomar um ar, aí te conto tudo! - eu sugiro e ele assenti.

Entramos no meio da multidão de mãos dadas, ele chega mais perto e gruda na minha cintura. Dou um sorriso e ele retribui.

Chegamos até a varanda e olho na direção do estacionamento, vejo que o carro da Roberta nao está e dou um sorriso triste.

Sério, eu estava obicecada na minha vingança, agora já começo a achar que nao foi uma boa ideia. Talvez, contar para alguém... contar para o Douglas, alivie um pouco.

_E entao, o que está acontecendo? - Douglas pergunta em um tom preocupado.

E entao sou domada por um sentimento de culpa.

_Aih amor... eu sou burra! ... - comecei a explicar tudo o que tinha acontecido e tudo o que eu tinha feito.

Ele ficou de cara, nao sabia o que falar. Por fim acabou me abraçando, me confortou, mas sem falar uma palavra. Me olhou nos olhos e respirou fundo.

_Qual era o carro da Roberta? - ele pergunta com a voz trêmula.

_Ônix vermelho... na verdade é dos meus pais... mas papai emprestou pra ela.

Vi os olhos dele se transformarem em pleno e total medo, sua respiração ficou desajustada e o corpo tremendo.

Ele olhava para o horizonte. Com seu olhar fixo, imóvel e gélido. Olho na mesma direção e fico horrorizada com o que vejo.

Roberta está sentada no colo de um garoto, rindo e bebendo. Olho para o estacionamento, na direção onde o carro estava e realmente ele nao está lá.

Ué!

Pego Douglas pela mão e arrasto ele comigo, me aproximo e vejo a cara dela fechar numa carranca. Por um momento senti um alívio, um peso sair doa meus ombros.

_Pra que pediu a chave do carro? Voce nao ía embora? - pergunto.

_Eu? Querida, só saio daqui quando estiver totalmente bêbada.

_E pra que quis a chave?

_Seu pai as pediu. Sua mãe nao estava bem e ele foi levá-la embora...

Nesse momento, ouvi a música da Maísa tocar na minha cabeça "meu mundo caiu"

_Droga! - exclamo irritada, preocupada, desesperada.

_Amor, calma! - Douglas tenta em vao me acalmar.

Intantaneamente lágrimas começam a surgir, junto com um desespero e sentimento de culpa.

Pego meu celular, ligo várias vezes para o celular do meu pai e... nada...NADA. Caiu na caixa postal.

Meu Deus, o que eu fiz?

O Segredo de Yasmin SwliverOnde histórias criam vida. Descubra agora