Capítulo 2: O Reencontro

62 5 6
                                    

Mystic Falls parecia menor do que eu imaginei. Depois de sair do ônibus, me vi caminhando pelas ruas da cidade, tentando lidar com o turbilhão de emoções que rodopiavam dentro de mim. As pessoas passavam por mim sem nem perceber, enquanto eu lutava para manter a calma. Meu coração batia rápido, e o medo de Liam, mesmo à distância, ainda ecoava na minha mente, como uma sombra persistente que nunca me deixava em paz.

Eu precisava de respostas. E, de algum modo, sabia que elas estavam na Pensão Salvatore.

Parei no Mystic Grill, a única coisa que parecia estar aberta. Assim que entrei, fui recebida pelo cheiro de comida e o som de conversas baixas. Sentei no balcão, tentando parecer tranquila, mas minhas mãos ainda estavam tremendo um pouco.

Um garçom simpático se aproximou, com um sorriso acolhedor no rosto. Seu nome estava no crachá: Matt.

- Posso te ajudar com alguma coisa? ele perguntou, enquanto limpava o balcão com um pano.

Respirei fundo, tentando organizar os pensamentos. -É… eu tô procurando a Pensão Salvatore. Sabe onde fica?

Matt me olhou por um momento, como se estivesse tentando entender o motivo da minha pergunta. Seus olhos se estreitaram um pouco, mas ele manteve o sorriso.

-Salvatore? Ele repetiu o nome. Sim, sei onde fica. Eles não têm muitos visitantes...

-Eu sou... — parei, ainda não sabia como dizer aquilo — É complicado, mas acho que Stefan Salvatore é meu pai.

A expressão de Matt mudou, agora ele parecia realmente desconfiado. Ele deu um sorriso nervoso e respondeu: -É, isso é... complicado. Mas, ok. Eu posso te passar o endereço.

Enquanto ele escrevia o endereço num pedaço de papel, percebi que estava ligando para alguém no celular, discretamente. Fiquei desconfiada, mas não disse nada. Peguei o papel, agradeci e saí do Grill.

***

Cheguei na Pensão Salvatore, o lugar parecia ainda mais imponente do que eu tinha imaginado. A fachada era antiga, mas bem conservada, e o jardim bem cuidado. Meu estômago deu um nó enquanto me aproximava da porta. O que eu diria quando alguém abrisse? O que eles pensariam de mim?

Toquei a campainha. Um silêncio ensurdecedor me cercava, e cada segundo parecia durar uma eternidade.

A porta se abriu, revelando uma mulher morena com olhos gentis. Ela me olhou curiosa e, em seguida, abriu um sorriso suave. Eu sabia quem ela era, sem precisar de apresentações: Elena.

-Oi, disse ela. Você deve ser a garota que o Matt mencionou. Eu sou Elena.

Eu assenti nervosa.

-Oi, sou Sn.

Antes que eu pudesse explicar mais, outro homem apareceu ao lado dela, de aparência imponente e um sorriso malicioso no rosto. Ele me olhou com uma mistura de curiosidade e divertimento. Damon Salvatore, eu supus.

-Bem, bem, bem, ele começou, com aquele tom provocativo. Então você acha que é filha do meu irmão? Isso é novo.

Meu coração disparou.

-Eu... eu não acho. Eu descobri. Li o diário da minha mãe adotiva. Ela fala sobre Stefan e Valerie Tulle... eles são meus pais.

Elena pareceu chocada, enquanto Damon riu, um som que parecia uma mistura de surpresa e incredulidade.

- Isso não faz sentido, Damon disse, cruzando os braços. Stefan é um vampiro. Ele não pode ter filhos. É biologicamente impossível.

Senti o rosto ficar vermelho de vergonha. Eu sabia que essa possibilidade era... surreal, mas toda a situação já era um absurdo. Não podia ser mentira. Não podia.

-Eu sei que parece loucura, comecei, minha voz tremendo um pouco. Mas eu estou disposta a fazer um teste de DNA, se for isso que vocês precisam.

Antes que Damon pudesse responder com mais uma de suas piadas sarcásticas, a porta se abriu novamente e Stefan entrou. Meu coração parou por um segundo.

Ele era mais alto do que eu imaginava. Seus olhos verdes encontraram os meus, e por um momento, o tempo pareceu parar. Ele ficou parado, me olhando, como se estivesse tentando processar o que via.

-Elena... Damon... o que está acontecendo aqui? ele perguntou, sem tirar os olhos de mim.

Elena trocou um olhar rápido com Damon antes de responder.

-Stefan, esta é Sn. Ela... ela acha que é sua filha.

O choque no rosto de Stefan foi instantâneo. Ele ficou parado, imóvel, enquanto tentava absorver o que acabara de ouvir.

-Minha filha? ele murmurou, a incredulidade clara na sua voz. Isso... isso não é possível.

Me aproximei, sentindo a necessidade de dizer algo, de explicar.

-Eu sei que parece impossível, mas minha mãe adotiva escreveu sobre você no diário dela. Ela disse que você e Valerie Tulle são meus pais. Eu... eu só quero respostas.

Stefan passou a mão pelo cabelo, ainda atordoado.

-Eu... Valerie e eu... nós tivemos uma história, mas isso foi há muito tempo.

Damon, sempre pronto para uma provocação, cortou o irmão:

-Uma história antiga que claramente rendeu frutos. Ele olhou para mim, com uma expressão mista de curiosidade e ceticismo.

-Então vamos fazer o teste de DNA, continuei, me sentindo pequena debaixo daqueles olhares. Se não for verdade, eu sumo daqui. Mas... eu preciso saber.

Stefan olhou para mim, seus olhos cheios de algo que eu não conseguia identificar: tristeza, talvez, ou arrependimento.

-Ok! Ele disse por fim, com um suspiro pesado. Faremos o teste. Precisamos de respostas.

Eu assenti, tentando controlar o turbilhão de emoções dentro de mim. A verdade estava mais perto, mas ao mesmo tempo, eu estava prestes a descobrir se tudo o que eu acreditava era uma mentira... ou a verdade mais assustadora da minha vida.

-----------------------------------------------------------

Espero que tenham gostado do capítulo, estou um pouco travada na produção da história.

•Vcs gostariam que eu fizesse a história, na ordem da série?

•Querem que a Sn já vá morar com seu pai?

•Estou anciosa pelas deias, sugestões e comentários de vcss!! 🙈😘

Sangue Salvatore -Klaus MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora