Capitulo 13: Um Encontro Especial

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Após as revelações e o reencontro emocional com sua mãe, Sn vivia uma montanha-russa de emoções. Os dias seguintes foram marcados por uma busca silenciosa por clareza; ela se isolava, tentando entender o significado das palavras de Klaus na carta, enquanto refletia sobre os segredos recém-descobertos sobre sua origem. O peso de ser uma Salvatore e o fardo dos Mikaelson se entrelaçavam, tornando difícil discernir qual caminho seguir.

Na tarde de um sábado ensolarado, Sn recebeu uma mensagem de Klaus. O convite para um piquenique soou inesperado e um tanto fora de lugar, mas havia algo na proposta que a atraía. Talvez fosse a promessa de um momento longe de todas as complicações e do caos que os cercava. Ela aceitou.

Ao chegar ao local combinado, Sn foi recebida por uma visão quase surreal: uma toalha de piquenique estendida sobre a grama, cestas repletas de iguarias — frutas frescas, queijos finos e um vinho que parecia ter sido escolhido com cuidado. O lago ao fundo refletia a luz dourada do fim de tarde, e o som suave das folhas balançando ao vento trazia uma serenidade que ela não experimentava havia muito tempo. Klaus, de pé ao lado da toalha, virou-se para recebê-la com um sorriso que carregava tanto charme quanto mistério.

— Você veio, — ele comentou, com uma leveza inesperada na voz, enquanto os olhos azuis brilhavam de satisfação. — Espero que não seja convencional demais para você.

— Estou surpresa, — admitiu Sn, enquanto seus olhos percorriam os detalhes do piquenique. — Nunca imaginei que o grande Klaus Mikaelson fosse o tipo que faz piqueniques.

Klaus riu suavemente, seu sorriso cínico aparecendo de leve. — Às vezes até os vilões precisam de uma pausa da escuridão. E eu pensei que você poderia gostar de algo um pouco diferente... sem a pressão do sobrenatural ou as expectativas sufocantes.

Eles se sentaram lado a lado, mergulhando em uma conversa casual, que rapidamente se transformou em algo mais profundo. Sn falou sobre sua infância em Los Angeles, momentos felizes e outros dolorosos. Klaus compartilhou algumas memórias de sua juventude imortal, sempre com uma dose de mistério, como se houvesse partes da história que ele preferisse deixar nas sombras. Havia algo tranquilizador em estarem ali, despidos das camadas de segredos e das barreiras que os cercavam, apenas duas almas tentando encontrar algum alívio no meio do caos.

Conforme o sol se punha no horizonte, os tons de laranja e vermelho do céu refletiam no lago, criando um cenário quase mágico. Sn sentiu o calor subir em seu rosto quando percebeu que estava estudando o perfil de Klaus, admirando o contraste entre a luz e a escuridão que parecia existir dentro dele. Ela sabia que havia algo que precisava dizer, algo que queimava dentro dela, mesmo que as palavras fossem difíceis.

— Klaus, — começou, sua voz saindo quase como um sussurro. — Preciso te dizer algo.

Klaus desviou o olhar do lago, fixando os olhos nos dela com uma intensidade hipnotizante. — Sim?

Ela respirou fundo, reunindo coragem. — Acho que estou apaixonada por você.

O silêncio que se seguiu foi denso, quase palpável. Klaus manteve o olhar fixo, sem uma reação imediata. Por um breve momento, o rosto dele parecia uma máscara inexpressiva, até que um sorriso ligeiramente melancólico surgiu em seus lábios. Ele inclinou a cabeça para o lado, estudando-a como se tentasse desvendar seus pensamentos mais íntimos.

— Você tem certeza disso, love? — ele perguntou com uma suavidade que Sn raramente ouvia. — Porque sentimentos como esses podem transformar nossas vidas de formas que você nem consegue imaginar. E nem sempre de maneira positiva.

Sn sentiu uma ponta de frustração, mas também de compreensão. Klaus era um enigma, um homem marcado por séculos de dor e traição. Ela sabia que ele carregava fardos que iam muito além do que ela podia entender. Mesmo assim, não podia ignorar o que sentia.

Sangue Salvatore -Klaus MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora