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[N/A: E vamos avançar nesse plot!]

Uma semana depois...

O tratamento de Arabella tinha se iniciado, e aparentemente, estava dando tudo certo. Apesar disso, Steve nunca tinha se sentido tão cansado na vida. Sentia falta de dormir nos próprios lençois e comer em casa enquanto escutava a filha brincando do que quer que fosse.

Naquela noite de quarta-feira em específico, não conseguia relaxar. Passava das nove, e em dias normais, ele já teria dormido, largado no sofá estreito do quarto, sem se preocupar com mais nada. Naquele horário, porém, já tinha virado de um lado para o outro e nada.

Arabella dormia pacificamente, o som abafado dos monitores era um lembrete constante de que aquela jornada estava acabando, mas ainda tinha água para rolar.

Sabendo que ela não acordaria nem tão cedo, saiu do quarto, deslizando a porta atrás de si e andando poucos passos até o bebedouro para encher a garrafa d'água.

A noite tinha se instalado no hospital, e os corredores estavam silenciosos, exceto pelo ocasional som distante de conversas baixas nas estações de enfermagem. O relógio na parede do corredor fazia um tiquetaque discreto, enquanto Steve sentia os músculos das costas e das panturrilhas se esticarem dolorosamente ao se alongar discretamente, esperando a água terminar de encher o recipiente de plástico.

Pensou em ir até a lanchonete para comprar algo rápido, talvez um croissant ou um café, quando congelou.

À distância, no fim do corredor, viu uma silhueta de moletom. Definitivamente era um homem, mas ele sabia muito bem que o horário de visita já tinha passado e Arabella era a única paciente no andar pediátrico sendo acompanhada pelo pai, todas as demais crianças estavam com suas mães. Também não havia uniformes de funcionários que lembrassem aquelas vestes.

Não tinha visto Brock Rumlow muitas vezes na vida, mas era o suficiente para reconhecer o jeito de andar. A sombra se movia em sua direção, até parar nos próprios passos e resolver dar meia volta. O coração de Steve começou a bater com força, e ele soube naquele instante que as intenções de Rumlow não poderiam ser boas.

Os olhares dos dois se encontraram por um breve segundo quando ele virou no corredor e olhou na direção de Steve. Percebeu que havia sido visto e, em um rápido movimento, deu as costas e começou a se afastar correndo. Mas Steve não perdeu tempo. Seu instinto de proteção e raiva o impulsionaram a agir.

Steve não gritou, apesar de querer. O único som que fazia era o dos próprios sapatos fazendo barulho pelo corredor.

Rumlow acelerou o passo mas Steve o seguiu sem hesitar, seus pés batendo pesadamente no chão do hospital. A perseguição serpenteava pelo labirinto mal iluminado, passando por portas de emergência e escadas de serviço. O hospital parecia sufocantemente claustrofóbico, ao mesmo tempo em que o eco da correria nas paredes dava a impressão de um lugar abandonado.

O invasor olhou por cima do ombro, a raiva visível em seu rosto por um breve instante. Steve estava chegando cada vez mais perto, impulsionado pelo desejo de proteger Arabella, os músculos queimando de tensão.

Rumlow, percebendo que não conseguiria escapar tão facilmente, tentou abrir uma porta lateral para uma escada de emergência. Quando finalmente conseguiu, Steve estava apenas alguns passos atrás. Ao disparar pelas escadas, Rogers seguiu implacável.

Steve finalmente alcançou Rumlow no saguão principal, onde a luz fluorescente o cegou por alguns segundos. Eles se embolaram em uma luta, o som de seus corpos colidindo ecoando no espaço vazio. Rumlow tentou desferir um soco, mas Steve desviou, segurando-o com firmeza e jogando-o contra a parede. O impacto fez o homem exclamar de dor e surpresa, mas não o deteve. Com um movimento rápido, Rumlow conseguiu se soltar e empurrou Steve, levando-os a rolar pelo chão.

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