3. Em frente

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[N/A: Amando escrever essa fic, e amando ainda mais o feedback maravilhoso de vocês! Um beijo grande e espero que curtam mais essa parcelinha da nossa jornada!]


"O que houve? Você esteve esquisita o dia inteiro. Está tudo bem?" Natasha perguntou após sair do banho, ainda com os cabelos molhados e segurando uma toalha que um dia tinha sido branca. Conhecia Yelena do avesso, dessa forma, tinha notado que a irmã tinha ficado muito distraída, mas não sabia o motivo.

A mais nova lançou um olhar rápido para a ruiva, mordendo os lábios por dentro.

"Não adianta eu dizer que não é nada, certo?"

Natasha riu. Os maneirismos continuavam os mesmos de quando a loira era pequena.

"Com certeza não. O que foi?"

Um pouco mais preocupada, ela se sentou ao lado da irmã. Yelena secava as mãos suadas nos próprios jeans, umedecendo os lábios com a língua.

"Olha, eu debati muito comigo mesma a respeito de te falar isso ou não... Pode não ser nada."

Não havia nada que saltasse aos ouvidos de Natasha ao ouvir aquela informação. O medo da irmã ter avistado o ex chegou a passar pela coluna dela, indo embora em seguida. De alguma forma, duvidava muito que Brock se importasse o suficiente a ponto de procurá-la em New York, ainda que em represália à fuga dela. Tinha impressão que o abuso ao qual ele a submetia tinha muito mais a ver com ela ser o que tinha, e não realmente o que queria.

"Fala logo!"

Suspirando, Yelena vomitou as palavras.

"Acho que vi Arabella hoje. A sua Arabella."

Nada, absolutamente nada poderia tê-la preparado para receber aquela informação. Não esperava jamais ouvir o nome da filha dos lábios de outra pessoa, ainda mais para dizer que talvez a tivessem visto. Como previsto, a expressão de Natasha se transformou imediatamente. De curiosa e preocupada, ela foi austera e fechada. Se levantando do sofá, deu as costas para Yelena.

"Nat?"

"Eu não sei do que você está falando." Foi a frase ridícula que saiu dos lábios dela. Não adiantava fingir que não tinha acontecido, chegava a ser risível.

Yelena se levantou, andando atrás da irmã rapidamente.

"Está vendo? Eu não queria te contar por isso! Ao mesmo tempo, jamais me perdoaria se-"

"Se o que? Eu a entreguei para adoção, tá?" Natasha se virou em um repelão, os cabelos molhados chicoteando os ombros. "Além do mais, como pode saber que era ela?"

A loira roía as unhas por nervosismo, tentando não piorar a situação, mas em vão.

"O aniversário é mês que vem, a idade é a mesma, o nome... Além do mais, ela se parece com v-"

"Chega." Nat disse, incapaz de escutar mais. "Não quero ouvir. Esqueça isso. Ela não é minha, eu abdiquei desse direito quando a entreguei no hospital, ok? Não quero saber."

A ruiva foi marchando até a cozinha - o apartamento para o qual tinham se mudado contava com uma área ampla e espaçosa, além de um balcão largo para que ela praticasse todos os dons da confeitaria.

"Nat, desculpe. É que você sempre tinha dito que talvez quisesse manter contato quando as coisas estivessem melhores-"

"É, só que a mãe dela parou de me responder há mais de um ano, ok? Eles não me querem por perto e meu papel é respeitar! Não posso nutrir essa fantasia!"

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