II ● UMA DANÇA POR PENA?

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Lady Danbury estava atônita com a resposta da jovem ao Conde. Não sabia como reagir aquilo. 

— Receio não ter entendido srta. Featherington .. Disse Colin a olhando com curiosidade e confusão.

Portia vendo a cena a sua frente logo interveio.

— Penelope querida, o Conde Bridgerton lhe convidou para uma dança.

Penelope estava atordoada com o pedido do Conde a ela. Nunca fora convidada antes por nenhum lorde para uma conversa, imagine uma dança.

Sabia que o Conde a estava convidando por ela ser uma solteirona, e por pena.. Era a única explicação palpável para tal situação, e não permitiria ser um objeto de pena para alguém!

— Perdoe-me Milorde, creio que entendeu bem a minha resposta. Penelope dizia tentando se manter calma e serena.

— Por acaso lhe destratei srta. Featherington, para que recusasse meu pedido de dança?
Perguntou Colin incrédulo e sem entender o comportamento da jovem.

— Oh, não.. claro que não Milorde, perdoe-me se me expressei mal..

— Então porquê recusou meu pedido Srta?

As duas senhoras e a jovem observavam atentamente a cena a sua frente, nenhuma delas ousava dizer nada.

— Conde Bridgerton eu lhe agradeço pela caridade, mais não precisa me tirar para dançar por pena!
Disse Penelope com um tom amargo na voz.

— Por pena senhorita?
Colin balançou a cabeça incrédulo com a fala da bela jovem à sua frente!

— Sim Milorde, não é necessária tamanha caridade. Já estou acostumada a ficar quieta no meu canto do salão de baile.

— Irmã..
Interveio Felicety na conversa.

— Não acredito que o Conde Bridgerton a esteja convidando por pena, ou por caridade.. Olhe só para você como está linda esta noite. Não acha Conde Bridgerton?
Felicety olhou de relance para o Conde lhe dirigindo a pergunta.

— Certamente Srta..  Afirmou Colin!

— Não a convidei para uma dança por pena ou muito menos por caridade srta. Featherington. Estou aqui de muito bom grado e de livre e espontânea vontade. E receio que não vai me negar novamente sua companhia.
Disse Colin com uma determinação que nem ele mesmo o compreendia.

Penelope estava em choque pelas palavras do Conde e também pela ousadia de sua irmã.

O Conde não havia deixado espaço para mais uma recusa de sua parte!

Logo Penélope  estendeu uma mão enluvada ao Conde, que agora lhe conduzia para o centro do salão.

Ao sair Penelope percebeu os olhares de sua mãe, Felicety e Lady Danbury que a olhavam incrédulas pela sua fala ao Conde.

******

Penelope fez uma leve reverência ao Conde, antes da música começar, era uma valsa.

Quando os instrumentos começaram a tocar e a música começou, o Conde posicionou levemente uma de suas mãos a cintura da ruiva e a conduziu com graça pelo enorme salão de baile da mansão Danbury. 

Colin já havia dançado antes com diversas moças, mais havia algo diferente na mulher à sua frente, era uma linda jovem de cabelos ruivos como o fogo, seus olhos eram azuis como as ondas do mar, era bem mais baixa que ele, e seu corpo.. Por Deus, era perfeito!

Em breves momentos da dança  Colin se pegou olhando nos olhos da jovem, e analisando cada parte de sua fisionomia.

Ela era linda, como poderia achar que ele só a convidou para dançar por pena ou caridade?

Knowing Love ● Polin Onde histórias criam vida. Descubra agora