XVI ● CONFISSÕES!

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O dia já havia amanhecido quando Penelope despertou, na verdade ela mal conseguiu dormir durante a noite, não dormia direito desde o acidente, e depois do que Paôla havia lhe dito a respeito de Colin, ela acabou perdendo totalmente o sono que lhe restava.

A ruiva virava de um lado para o outro na cama tentando achar algum sono, ela queria esquecer toda essa história, mas foi não houve sucesso, ela estava relutante, não queria deixar seu quarto e ter que encarar à Colin, mais sabia que uma hora ou outra isso iria acontecer inevitavelmente.

Diferente do dia anterior que havia chovido, nesta manhã o dia havia amanhecido um pouco quente, já havia se passado das nove da manhã, quando ela observou a vista do lado de fora da casa pela janela do quarto, foi então que decidiu sair um pouco para caminhar, a ruiva sabia que havia um lago próximo da casa, e pensou em dar uma volta para conhecer o local, pois Colin já havia lhe falado a respeito do lugar, ela sentia que era disso que precisava para exparecer sua mente, e mandar qualquer pensamento ruim para longe.

Ela não queria ser vista e nem interrogada por ninguém da casa, então saiu sorrateiramente pela porta dos fundos escondida, e partiu em direção ao lago, que não ficava distante dali.

Ela caminhava, absorta a paisagem ao seu redor: as árvores imponentes, a grama macia que se espalhava pelo chão. A ruiva adorava aquele ambiente, o ar fresco do campo, o som suave do vento sussurrando entre as folhas e a presença tranquila dos animais.

Enquanto caminhava sozinha em direção ao lago, já visível à distância, seus pensamentos se voltaram para Colin. Ela revive o dia anterior, lembrando-se da felicidade que sentira ao seu lado, da sensação de estar realmente viva novamente. O beijo dele ainda a impactava profundamente. Como ele poderia ser o homem que Paôla lhe disse? Penelope se questionava.

Ao chegar perto do lago, Penelope se sentou na grama sem nenhum decoro. O capim, verde e macio, cresceu ao redor do local, envolvendo-a como uma manta. Enquanto observava o cenário, lembrou-se das tardes da infância, quando ela e sua irmã nadavam em um lago da propriedade de campo da família Featherington. A água, naquele momento, parecia ainda mais convidativa, ela olhou ao redor e percebendo que não havia ninguém por perto, decidiu se refrescar um pouco.

A ruiva deslizou o robe de cetim azul para fora do corpo, revelando o delicado vestido branco que usava para dormir, leve e sutil. Não havia se preparado especificamente para o dia, antes de sair, ainda atordoada, apenas jogou o robe sobre o vestido e saiu apressada de casa. E agora sem hesitar, entrou no lago. A água estava na temperatura perfeita, especialmente porque o dia estava mais quente. Penelope se sentiu imediatamente revigorada, como se a frescura do lago lavasse suas preocupações.

Ela sempre adorou nadar e se aventurar em mergulhos mais profundos, e naquele momento não foi diferente. Desceu um pouco mais fundo, prendendo a respiração enquanto observava o movimento das águas ao seu redor. De repente, sentindo uma pressão inesperada, o que a fez se assustar e rapidamente nadar de volta para a superfície.

- Penelope... O que você está fazendo aqui? - Colin falou, surpreso, ao perceber de repente a presença dela ao seu lado no lago.

No início, a ruiva não conseguiu responder, pois estava tossindo. O susto com o impacto de Colin fez com que ela engolisse um pequena quantidade de água.

- Eu que lhe pergunto... - O que você faz aqui? - Disse irritada.

- Vim me refrescar um pouco. - Hoje o dia está ótimo para se refrescar, não acha?

- Não, eu não acho! - ela respondeu, irritada, enquanto começava a sair da água.

- Vai sair só porque eu cheguei? - Colin disse, os olhos fixos nela enquanto observava o corpo de Penelope. O vestido branco, agora encharcado, ficou completamente transparente, colando-se à sua pele e evidenciando suas curvas.

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