XVII ● O ÓDIO É A VINGANÇA DO COVARDE.

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O dia havia se decorrido na mais perfeita ordem. Colin, com algum esforço, conseguiu se concentrar em alguns papéis, mas sempre seus pensamentos acabavam se voltando para Penelope. Ela estava em sua mente como uma presença constante, uma sombra que o acompanhava mesmo nas horas em que tentava se distrair com seus negócios.

Ele sentia-se tomado por um misto de nervosismo e ansiedade. Mal podia esperar para declarar todo o seu amor a ruiva. Já lhe dissera em palavras o quanto a amava, mas sabia que palavras sozinhas não seriam suficientes. Ele queria algo mais profundo, algo que ela pudesse sentir de verdade, sua primeira atitude seria, sem dúvida, fazer dela sua esposa. — A Condessa Bridgerton, sua Penelope.

Colin estava parado em frente a porta do quarto da ruiva, ele estava usando um terno azul-marinho, com uma caixinha contendo o anel guardado no bolso do paletó, e usava também sua máscara preta. O baile já estava prestes a começar, mas ele mal conseguia se concentrar em mais nada além do momento que se aproximava. Seus olhos estavam fixos na porta. Cada segundo parecia mais longo do que o anterior. O que aconteceria naquela noite, seria muito além de uma simples festa.

Penelope entretanto, ainda estava se aprontando, estava no quarto de hóspedes, que ficava próximo ao de Colin, junto a Sra. Marta, e a mais duas criadas que à ajudavam a se preparar.

— Penelope, você está linda, minha querida. — Disse a Sra. Marta enquanto a encarava pelo reflexo do espelho da penteadeira.

Penelope lançou um sorriso suave para Sra. Marta, seu olhar carregado de uma leve inquietação. — Acha que ele irá gostar? — Ela perguntou em um leve tom de timidez.

— Tenho certeza que sim. — Ele já havia me solicitado que encomendasse esse vestido especialmente para a senhorita. — Disse a Sra. Marta alegremente.

Penelope voltou os olhos novamente para a sua imagem no espelho com um sorriso sutil nos lábios, e sentiu-se linda naquela noite. O vestido azul, escolhido por Colin como um presente, realçava sua beleza de maneira simples, mas marcante. O tecido de seda caía com leveza, com detalhes florais discretos e um brilho suave que dava vida ao conjunto. A parte de cima do vestido era ombro à ombro, com a alça levemente caída, deixando à mostra suas clavículas e criando uma elegância sensual. O decote em V valorizou seu busto à medida certa.

Seus cabelos ficaram presos de um lado, enquanto o restante caiu em ondas suaves sobre seus ombros, complementando o visual com uma sofisticação natural. O colar azul combinava perfeitamente com o tom do vestido, os brincos, a pulseira e também suas luvas, simples e elegante. E, por fim, a máscara. Era uma peça de charme e mistério, feita de veludo azul, com pequenas pedras cintilantes ao redor, que refletiam em seus olhos a luz de maneira encantadora.

— Está pronta senhorita! — Disse uma das criadas que à acompanhava no quarto.

Colin estava tenso, como se estivesse esperando há algum tempo, mas ao ver a Sra. Marta saindo do quarto acompanhada das jovens, ele sorriu, sua expressão suavizou, e então se endireitou, tentando esconder sua ansiedade.

Assim que as mulheres se retiraram, Colin entrou no quarto e imediatamente ficou sem palavras, Penelope estava ali à sua frente, a visão dela o havia tirado o fôlego, ela estava deslumbrante.

Colin a prinpício não conseguiu reunir palavras para descrevê-la. Afinal, não haviam palavras que pudessem descrever o quão linda ela era aos olhos do homem.

— Você... — Ele olhou com intensidade. — Está maravilhosa, Pen. — Sua voz era firme.

— Você também está encantador. — Penelope disse, aproximando-se dele e ajustando com delicadeza o terno, seu toque suave revelando a proximidade entre os dois.

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