XII ● VOZES DO PASSADO.

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Já passava do meio dia, Colin havia acabado de retornar, estava seguindo para a entrada da mansão Bridgerton, mais antes que podesse adentrar a casa se deparou com a Sra. Marta logo na entrada, a mulher estava parada e com uma feição de apreensão no rosto.

— Boa tarde Marta. — Colin adentrou à casa passando pela mulher, mal percebendo sua feição.

Assim que percebeu que Colin havia entrado apressou-se em ir atrás dele.

— Colin.. — A mulher dizia andando atrás do homem, que mal havia percebido sua presença atrás de si.

— Colin meu filho, preciso lhe perguntar algo. — A mulher dizia tentando chamar sua atenção.

— Pergunte Marta? — Colin dizia ainda andando em direção ao seu destino.

— Você estava com Penelope?

— Não, a vi brevemente mais cedo, antes de sair. — Agora preciso resolver alguns assuntos relacionados a minha viagem. — Colin dizia agora parando em frente a porta do seu escritório pronto para adentrar a sala.

— Penelope não voltou para casa ainda, achei que estivesse se encontrado com o senhor na feira. — A mulher dizia em um tom de angústia.

Ao ouvir o que a mulher acabara de lhe dizer, Colin virou-se imediatamente para trás para encará-la, e ao perceber a preocupação no em seu rosto, o homem percebeu que havia algo de errado.

— Como assim ela não voltou para casa ainda, onde ela foi? 

— Ela saiu mais cedo para feira, afim comprar algumas frutas e legumes que à solicitei, e não retornou até agora. Estou preocupada. — A mulher dizia com desespero crescente em sua voz.

Colin não fazia idéia da saída de Penelope, e nem onde estava, o homem passara a manhã toda resolvendo assuntos sobre seus negócios, e agora que havia retornado e ouvido as palavras da mulher, sentiu seu corpo gelar.

Ele não queria que Penelope vivesse presa dentro da casa, mas também tinha receio do que poderia acontecer se ela saísse, o homem sabia que seu primo Jack, não iria deixar que as coisas ficassem daquele jeito, e só ao imaginar algo ruim acontecendo com Penelope, o coração de Colin doía.

Foi então que sem pensar duas vezes, Colin deu meia volta e começou a caminhar a passos largos para fora novamente decidido a encontrar a ruiva, seja lá onde ela estivesse. Sua busca não durou muito, pois assim que chegou a entrada da casa se deparou com Penelope, ela estava toda desgrenhada, haviam alguns arranhões em sua pele, o vestido que usava estava coberto de terra e havia também leves rasgões.

Penelope! — Colin dizia com a voz urgente, enquanto corria em sua direção. — O que houve, diga-me?

A jovem não conseguiu pronunciar as palavras, nos últimos minutos havia atravessado uma boa parte de de Mayfair a pé, havia voltado para casa pelo caminho da floresta, e estava sentindo leves dores pelo corpo. Depois que pulou a carruagem a ruiva mal conseguiu raciocinar, correndo o mais rápido que pôde para longe do homem, a jovem não havia se machucado muito, haviam poucos arranhões em sua pele.

— Quem fez isso com você? — Colin dizia se aproximando da jovem e segurando seu rosto sobre suas mãos, havia urgência em sua voz, mas ao mesmo tempo uma  preocupação genuína.

A senhora Marta observa a cena que acontecia em sua frente atentamente, a mulher se sentia aliviada por ver Penelope de volta, mas ao mesmo tempo culpada por vê-la naquela situação.

— Eu.. eu estava na feira, quando meu primo apareceu e.. — Penelope não conseguia processar todas as informações, ainda estava em êxtase por tudo que havia acontecido.

Knowing Love ● Polin Onde histórias criam vida. Descubra agora