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Aika suspirou ao olhar o relógio, que marcava meia-noite. Vestia um elegante vestido preto, justo ao corpo, e um par de saltos prateados. Seus cabelos, soltos, caíam suavemente sobre os ombros. Ela se movia com cuidado, tentando fazer o mínimo de barulho enquanto abria a porta do quarto e a fechava logo em seguida, sem fazer nenhum som que pudesse alertar alguém.

Ela caminhou pelo corredor luxuoso do hotel, os saltos abafados pelo carpete macio. Chegando ao elevador, apertou o botão para descer ao térreo. Seus dedos tremiam levemente, mas ela mantinha a compostura. Tudo o que ela queria era sair despercebida.

De repente, uma voz familiar cortou o silêncio.

Aika? —

Seu coração disparou, as mãos apertaram involuntariamente a pequena bolsa que carregava. Lentamente, ela se virou, rezando para não ter sido descoberta por quem ela achava.

Prota estava parado ali, com uma expressão de leve confusão no rosto. Ele a examinou de cima a baixo, os olhos demorando-se no vestido e nos saltos prateados que ela usava.

— Posso tentar adivinhar? Você está indo para o Cassino, não é? — Ele sorriu, se aproximando com passos largos, seu tom descontraído contrastando com o nervosismo de Aika.

Ela engoliu em seco, tentando manter o controle.

— Prota... — Aika começou, tentando não deixar transparecer a surpresa e a tensão. — Não é o que parece.

— Não? — Prota arqueou uma sobrancelha, claramente divertindo-se. — Porque, do jeito que você está vestida, parece exatamente isso.

Aika suspirou, sentindo a inevitável aproximação dele e a intensidade no ar. Sabia que ele não a deixaria ir sozinha.

— Tudo bem, e se for? — ela cruzou os braços, mas havia um sorriso brincando nos lábios.

Prota sorriu mais abertamente, inclinando-se ligeiramente para ela.

— Então eu vou com você.

— Você estava indo também?! — Aika perguntou, surpresa, mas tentando manter o tom casual, embora fosse difícil esconder o brilho nos olhos.

— Lappy é meu amigo, Aika — Prota respondeu com um sorriso suave, cruzando os braços enquanto se inclinava contra a parede do corredor. — Você não achou que eu ia deixar você resolver isso sozinha, achou?

Aika revirou os olhos, mais em um gesto de costume do que por frustração genuína. A presença de Prota, mesmo nos momentos mais arriscados, sempre a acalmava. Era como se ele sempre soubesse quando aparecer.

— Eu estava tentando ser discreta — ela sussurrou, dando um leve passo para trás enquanto observava o jeito casual como ele a encarava, a intensidade de sempre presente nos olhos dele. — E... como você sabia?

Prota deu de ombros, a postura relaxada, mas o olhar atento.

— Eu te conheço, Aika. PQuando você está tramando algo, seu rosto diz tudo. E, além disso... — Ele sorriu, inclinando-se ligeiramente em sua direção. Aika conheceu prota a dias atrás, como ele a conhecia tão bem? — Não é exatamente difícil te seguir.

Ela estreitou os olhos para ele, tentando manter a fachada de irritação, mas sabia que ele estava certo. Aika era muitas coisas, mas furtiva não era uma de suas maiores qualidades.

𝗝𝗢𝗚𝗢𝗦 𝗗𝗘 𝗟𝗘𝗔𝗟𝗗𝗔𝗗𝗘: 𝗢 𝗱𝗲𝘀𝗮𝗽𝗮𝗿𝗲𝗰𝗶𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼. Onde histórias criam vida. Descubra agora