𝗝𝗢𝗚𝗢𝗦 𝗗𝗘 𝗟𝗘𝗔𝗟𝗗𝗔𝗗𝗘: 𝗢 𝗱𝗲𝘀𝗮𝗽𝗮𝗿𝗲𝗰𝗶𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼.

12.

O grupo atravessou o salão em um silêncio tenso, e logo que as portas de aço se fecharam atrás deles com um estrondo final, todos se sentiram cercados. A insegurança pesava, sem armas ou qualquer proteção, mas seus olhares determinados mantinham a causa viva: Aika.

No centro do salão, um cenário calculado os aguardava. Uma mesa circular dominava o ambiente, com cadeiras dispostas exatamente para o número de integrantes do grupo, como se cada um tivesse um lugar predeterminado na armadilha. Sob a iluminação pálida, uma roleta de ouro reluzia de forma ameaçadora, e ao lado dela repousava uma pistola prateada, seu brilho metálico acentuando o clima de ameaça.

De repente, um som de estática preencheu o ar, seguido por uma voz rouca e carregada de uma calma assustadora que soou pelo sistema de som do salão.

Voz no Megafone

Sejam bem-vindos ao primeiro desafio.

O jogo começa agora, mas saibam: este não é um jogo comum.

Vocês chegaram até aqui confiando um no outro,

mas também acumulando suspeitas, mentiras não ditas e verdades escondidas.

Hoje, todos os segredos virão à tona… ou um de vocês cairá.

A voz fez uma pausa dramática, como se estivesse saboreando o impacto de suas palavras, deixando o silêncio pairar pesadamente no salão.

Voz no Megafone

O jogo será uma versão fatal de Verdade ou Consequência.

Vocês farão perguntas uns aos outros, e cada um terá a chance de confrontar o outro com uma verdade.

Mas saibam disto: o jogo só termina quando cada um de vocês revelar seu segredo mais profundo,

algo que talvez jamais pretendesse compartilhar, mas que eu sei.

Um estalo seco e mecânico interrompeu a voz. Ela voltou a falar, agora em um tom ainda mais sombrio.

Voz no Megafone

E um aviso importante:

mentir não é uma opção. A arma no centro da mesa é o veredicto final.

Qualquer hesitação, qualquer tentativa de enganar, será tratada como traição.

E para traidores… há apenas uma saída.

O grupo se entreolhou, absorvendo o peso da situação. Sabiam que este não era apenas um teste de coragem, mas um confronto psicológico, projetado para forçá-los a se expor e a desconfiar uns dos outros. Os segredos que escondiam poderiam mudar tudo, poderiam destruir a confiança que ainda restava. Mas agora, não tinham escolha.