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No esconderijo, o ambiente era escuro e austero, com um leve som de máquinas ao fundo. O homem que havia sequestrado Aika a colocou cuidadosamente em uma cama. Ele a observou por um instante, certificando-se de que estava estável.

— Isso é o suficiente. Você pode ir. — uma voz firme ordenou.

O homem assentiu e se afastou, deixando a sala silenciosa. O mascarado, uma figura imponente que permanecia à sombra, se aproximou da cama, seus olhos fixos em Aika. Ele se postou ao lado dela, olhando para a jovem com um olhar enigmático, como se tivesse planejado aquele momento há muito tempo.

— Você mudou... — murmurou ele, a voz baixa, mas carregada de uma emoção difícil de decifrar.

Aika continuava imóvel, alheia à presença do mascarado ao seu lado. O quarto parecia conter uma tensão crescente enquanto ele se mantinha ali, apenas esperando.

O mascarado ficou em silêncio por alguns momentos, como se ponderasse suas próximas palavras. Ele deslizou uma mão enluvada pela lateral da cama, observando o rosto inconsciente de Aika com um misto de admiração e algo mais sombrio.

— Você sempre teve esse olhar determinado, mesmo agora... — ele comentou, quase para si mesmo. — Mas no fim, tudo isso é inútil.

Ele deu um passo para trás, afastando-se da cama, mas sem tirar os olhos dela. Aika permanecia imóvel, respirando de maneira constante, alheia ao que se passava ao redor.

— Não adianta lutar. Tudo isso faz parte de algo maior do que você ou seus amigos imaginam. — A voz do mascarado soava calma, quase tranquila, enquanto ele se virava lentamente para deixar o quarto.

Quando o homem finalmente foi embora, Aika respirou fundo. Seu plano havia dado certo. Ela estava exatamente onde queria estar. Lentamente, abriu os olhos, analisando o quarto ao redor. Nenhuma câmera à vista. Ela havia esperado por esse momento com precisão, ciente de que não poderia falhar.

Aika havia acordado do coma em menos de um mês. Para o resto do grupo, porém, ela ainda estava inconsciente, presa naquela cama. Ela soube desde o começo que ele viria atrás dela, que seria apenas uma questão de tempo até que tentassem algo, e decidiu que a única forma de surpreendê-los era fingir.

— Deu certo. — pensou, levantando-se da cama com cuidado. Seus movimentos eram suaves, evitando qualquer barulho que pudesse alertar alguém.

Ela andou pelo quarto, inspecionando cada canto, buscando algo que pudesse dar mais informações sobre onde estava. Seu objetivo agora era claro: descobrir a verdade por trás de tudo e derrubar o mascarado e sua organização de uma vez por todas.

Sabendo que estava sozinha, Aika retirou de seu cinto um pequeno dispositivo, algo que ela mesma havia escondido antes do sequestro, e ativou o rastreador.

— Isso vai levar algum tempo — pensou, mas com sorte, seus amigos logo saberiam onde ela estava. Até lá, ela teria que sobreviver sozinha.

Ela se aproximou da janela, ainda se lembrando da mensagem sinistra escrita em tinta vermelha:

"Cuidado com as janelas".

Aika soltou um suspiro determinado. Não havia tempo para hesitar. Agora que estava infiltrada, era hora de reverter o jogo a seu favor.

— Que comecem os jogos. Mas agora é minha vez. — ela murmurou para si mesma, com um sorriso frio nos lábios, enquanto planejava seus próximos passos.







































𝗝𝗢𝗚𝗢𝗦 𝗗𝗘 𝗟𝗘𝗔𝗟𝗗𝗔𝗗𝗘: 𝗢 𝗱𝗲𝘀𝗮𝗽𝗮𝗿𝗲𝗰𝗶𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼. Onde histórias criam vida. Descubra agora